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Faziam horas que os garotos estavam ali na sala de espera. Já era de madrugada, nenhum tinha pregado os olhos.

Aika havia passado por uma cirurgia, e era só isso que eles sabiam até agora. Nem o estado dela ele sabiam. Uma das coisas que o Katsuki sentia seu coração doer mais só de lembrar, ela e aquele sangue todo em sua cabeça. Poderia acontecer o pior, ela ficar em coma, perder a memoria, ou o movimento de alguma parte de seu corpo.

Já tinham avisado aos seus amigos, o celular do Bakugou não parava de apitar, o que o deixava com mais raiva ainda. Quando eles menos esperavam, a porta da sala foi aberta, e um médico entrou no local.

Pelo médico já saber que eles estão a espera dos resultados da Aika, falou logo.

— a garota vai ficar confinada alguns dias. A cirurgia ocorreu bem, e desde então não tem riscos de perda de memória, ou perder movimento de algum membro. — infirmou. — o machudo em sua cabeça não foi nada bom. Ela perdeu muito sangue, bem provável que acorde bem fraca, mas já estamos dando um jeito nisso. Com licença. — o homem se inclinou um pouco, e depois saiu da sala.

O loiro respirou fundo, sentindo seus ombros ficarem pelo menos um pouco mais leves, ele se encostou na poltrona e passou as mãos no rosto. Agora com o coração calmo, finalmente pôde afirmar que ela estava bem.

— vamos bro, eu te levo pra casa. — Kirishima colocou a mão no ombro dele, e apertou. — ela está bem, não é? Quando ela acordar a gente vem visita-la.

Ele já havia se acustumado em dormir junto com ela. Nem se estivessem separados, mas aquela madrugada foi tão fria e solitária pra ele, que só conseguiu dormir quando o sol estava amanhecendo.

Não iria ser nada facil ficar longe dela esses dias.

𝐪.𝐝.𝐭
[duas semanas depois]

Não foi nada fácil pra ele.

Sentia falta dela toda hora, no trabalho, quando saía pra comprar alguma coisa, quando ia dormir, quando ia assistir algo na sala. Não era algo que ele estivesse em tristeza profunda, sabia que estava bem, mas sentia falta dela, queria vê-la nem se ainda estivesse dormindo.

Saindo do banho enquanto amarrava a toalha na cintura, ele ouviu o seu celular tocar. Era um número desconhecido, então simplesmente ignorou e foi secar os seus cabelos.

Mas a pessoa não parecia desistir, ela ligava até a chamada cair, e depois ligava mais uma vês. E isso aconteceu umas cinco vezes.

Já fervendo de raiva, ele pegou o celular e atendeu.

— o que é hein porra?! olha se for essas puta que fica me ligando pra mudar o plano eu vo-

boa tarde senhor Katsuki gostaria de renovar o seu plano? São apenas duzentos reais por semana e se pagar com o cartão fica apenas cento e noventa e nove. — ele conhecia bem essa voz, a única coisa de diferente era que estava fraca. — olha, pra você, posso fazer até até graça mas o meu chefe não deixa...

puta merda eu não acredito que você me ligou em vez de pedir pra algum médico me ligar. Eu tenho o número de um deles aí! — o Bakugou falou nervoso. — não fala mais nada!

vem me ver logo, por que de não eu vou dormir de novo... Acabaram de me dar uma maconha aqui, olha eu tô muito mal. — a voz dela continuava fraca e preguiçosa, mas mantendo o tom brincalhão. — chama o Kirishima, Izuku e... Shoto, não era? eu lembro que eles estavam lá...

tudo bem, eu estou indo! — desligou a chamada.

Se vestiu rápido enquanto falava pelo celular com os garotos. Estava nervoso, queria vê-la logo e segurar a sua mão.

𝖙𝖍𝖊 𝖚𝖓𝖑𝖔𝖛𝖊𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑 | 𝔎𝔞𝔱𝔰𝔲𝔨𝔦 𝔅𝔞𝔨𝔲𝔤𝔬𝔲 × 𝔬𝔠Onde histórias criam vida. Descubra agora