⛓️🖤𝐌𝐞𝐮 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐝𝐨𝐜𝐞 𝐝𝐢𝐚́𝐫𝐢𝐨🧁💋

𝐎𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐂𝐮𝐩𝐢𝐝𝐨*

Estamos em aula de biologia, falando sobre o lindo, maravilhoso, explendoroso, amável, admirável, inigmático, sensacional, explorável, corpo humano. A professora nos passou um trabalho...
-Alunos! Faremos um trabalho de pesquisa e montagem de apresentação sobre o sistema reprodutor humano e sobre genética.
-As duplas serão formadas de acordo com quem estão sentados nesse exato momento! E NEM ADIANTA RECLAMAREM.
-Vocês podem escolher entre fazerem: Trabalhos em formato ABNT, montar Slides, ou Cartazes, e esse trabalho é para semana que vem. Alguma dúvida??
-Sim! Devemos testar o conteúdo estudado de forma prática? - Diz Castiel sentado ao meu lado.
  O Nathaniel o olha com cara de constrangimento. Imagine eu, que eventualmente seria sua dupla...
-Ah, claro, se reproduzir um pequeno serzinho catarrento e chorão for sua intenção, Vá fundo! - Diz ela em tom brincalhão
*TRIIIIIIIIIIIM* - o sinal toca -
-Até a próxima aula, não esqueçam do trabalho!
  Todos foram saindo da sala aos poucos mas Castiel ficou guardando seu material e eu o esperei.
-Ei, podemos fazer o trabalho depois da aula...?
-Acho que não teremos problemas na minha casa... Teremos privacidade o suficiente, se é que me entende. - Eu coro feito um pimentão
-Babaca. - Saio da sala sem dizer nada e me dirijo à sala B onde teremos nossa próxima aula.
  Me sento ao lado de Rosalya, e começamos a conversar, entre nós a conversa flui.
-Rosalya, certo...?
-Sim! Mas pra você é rosa - ela pisca pra mim sorrindo, mas seu sorriso não me convence...
-Está tudo bem??
-Claro! - ela me responde, mas sua expressão não condiz com suas palavras.
-Eu não confio muito nisso, se eu puder te ajudar... - algumas lágrimas ameaçam cair de seus olhos
-Ah... O Leigh... Ele... Não tenho mais certeza do que ele sente por mim...
-Seu namorado...?
-Era, sei lá, é... EU NEM SEI!
-E por que você pensa isso? - Segurei sua mão para que não se sentisse sozinha.
-Ele não demonstra o que sente, e ultimamente está distante... Nós brigamos faz dois dias desde então ele não me procura. Eu sempre corro atrás, dessa vez ele que venha! - não sou a pessoa certa pra dizer se ela está magoada ou com raiva.
  Eu a abraço e a consolo, até o momento em que nossa aula começa, conversamos bastante durante a aula, ela parece ser realmente incrível, mesmo não estando em seu melhor momento.
  A aula acabou, queria eu que fosse hora de ir para casa, mas era apenas o intervalo. No pátio da escola dou de cara com um homem alto, de cabelos escuros e um estilo extremamente parecido com o de Lysandre, nos esbarramos...
-Oh, eu sinto muito!
-Está tudo bem... - embora tivesse derramado um pouco de suco na minha roupa
-Você estuda aqui?- questionei, ele parecia um pouco velho para o ensino médio...
-Oh não, eu vim porque preciso falar com minha namorada - Eu o olhei com uma expressão acusadora, fiz questão de não disfarçar.
-Eiei, calma! Eu não sou tão velho assim... Prazer, meu nome é Leigh.
-Então você é o namorado da Rosa? Ela me falou sobre você...
-Jura??? Ela ta muito chateada?
-Bom, o suficiente pra não querer falar com você.
-Poderia tentar me ajudar com isso? - ele me soltou um sorriso com olhar de cachorro pidão, eu realmente terei de fazer isso, como sempre.
-Tudo bem, o que tem em mente?
-E-eu não sei...
-aff - reviro os olhos, como poderia um garoto tão.... Aaaaaaa QUE RAIVA! - deixa comigo, rs.
  Sai tentando aliviar a raiva, e fui conversar com Lysandre que os conhecia melhor que eu.
-E então o que acha...?
-A Rosa e meu irmão não tem o costume de brigar... Deve ter sido algo grave. Mas sobre o que ela reclamou mesmo??
-Ah... Ela mencionou que ele não demonstrava o que sentia
-Posso tentar fazer um poema, acho que resolveria o caso.
-Não é uma ideia ruim! Inclusive a única que temos, espero que funcione...
-Darei meu melhor - ele sorri após terminar de falar e eu vejo seu olhar indo em direção aos meus lábios...
  Eu saio da sala com delicadeza para não parecer grosseira e torno ao pátio para contar ao Leigh nossa nova ideia.
-Acho que ela pode gostar! Obrigada pela ajuda - ele me responde de forma grata
-Ta tudo bem... Eu gosto da Rosalya e sei que você a faz bem, espero que fiquem bem!
  Imagino que ainda não tenha dado tempo do Lys terminar seu poema então vou até a Rosa, a encontro sentada na escadaria, eu sento ao seu lado e encosto minha cabeça no seu ombro. Ela me acolhe e então eu começo a falar de forma vaga e amigável:
-Rosa, o Leigh ta lá fora.... Ele quer te ver.
-Como assim??? Se ele quiser, ele que venha até aqui!
-Você sabe que ele não pode entrar né...? - ela pensa de forma confusa.
-Então ele que me espere até a hora da saída! - Ela está irredutível, me dará problemas.
-Você deveria ir com ele - Sussurro em seu ouvido, de forma maliciosa.
  Eu me levanto, sem a mínima vontade e me dirijo para a sala onde Lysandre tinha ficado para escrever, o poema estava completo.
  Eu o levei para Rosa, ela disse que não foi o Leigh que havia escrito, mas mesmo assim disse que falaria com ele. Bom, espero que assim minha missão cupido tenha acabado com sucesso.
  Na hora da saída Rosa estava com Leigh em um braço e um enorme buquê de flores no outro.
  Me despedi de Docete, que iria para casa de Iris fazer o trabalho.
  Me encontrei com Castiel, ele estava junto do Lysandre que faria o trabalho com a Rosa, mas essa tarde ela estava notavelmente ocupada.
  Seguimos os três andando a caminho da casa de Castiel sem muita enrolação e diálogo. Ao entrar em casa e abrir a portinha da cerca para entrarmos o Dragon fugiu, imagino que necessito de caminhar. Castiel teve de ir atrás dele ( esse cachorro corre notavelmente rápido) e ficamos eu e Lysandre sozinhos...
-Você escreve tão bem... - me refiro a seu poema de mais cedo.
-Owhn, obrigada Love! - ele sorri pra mim de forma simpática.
-Me escreveria um desses algum dia...? - perguntei intercalando meus olhares entre seus lábios e seus tão radiantes olhos. Ele com aquela energia tão leve, voz tão baixa... Parece um conto de fadas em si.
-Talvez fizesse uma música... Mereces algo especial. - nossas mãos estão cada vez mais próximas, mas eu quis arriscar um beijo. O tipo de beijo que transmite toda sua insegurança, talvez só não devesse ter o feito... Ele não o retribuiu e eu recuei completamente.

  Meu olhar se abaixou e meu brilho sumiu, talvez eu tenha entendido errado, ou não... Ao perceber minha tristeza ele me puxou pra perto pela cintura e me beijou... De forma suave e doce, do tipo de me prenderia pela noite toda.
  Eu retribui-o da maneira mais intensa que pude, mas não o suficiente pra afogar sua leveza  entende. Em questão de poucos minutos presos um ao outro pelo lábios escutamos o barulho do Castiel passando pelo portãozinho. Não teria hora pior dele vir? Nossos lábios estavam colados em sintonia perfeita, eles precisavam um do outro... E nossas mãos, uma conhecendo o corpo do outro de forma tão suave e ingênua.
  Nós nos largamos imediatamente, ainda com uma tristeza por ter de fazer isso. Não é como se isso fosse um segredo, mas eu e ele... Foi só um momento, entende? Não há porque alguém além de nós saber.