- Único; Romeu & Julieta -

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Marinette sobressaltou quando sentiu sua cintura ser abraçada. Uma sensação acolhedora e aconchegante subiu pelo corpo, sentindo a respiração quente de quem a abraçava encontrando diretamente a pele de seu pescoço.

Ela virou a cabeça, vendo a cabeleira loira de Adrien quando ele encaixou o rosto no vão do pescoço, deixando selares carinhosos na pele exposta do ombro esquerdo. A Dupain-Cheng sorriu pelo gesto, levando a mão esquerda até os fios loiros do garoto os acariciando.

O Agreste levantou a cabeça. Marinette virou o corpo para ele o abraçando pelo pescoço.

— Você sabe que é muito perigoso fazer isso aqui, não sabe?! — ela sussurrou no ouvido dele e se afastou levemente para olhá-lo nos olhos.

Adrien olhou de um lado para o outro à procura de terceiros no pátio da escola.

— Não tem ninguém aqui, princesa. —  sorriu. — O combinado era que ninguém nos visse. E não tem ninguém aqui para nos ver. —  mordeu o lábio inferior quando viu Marinette vacilar e descer o olhar para os lábios bem desenhados dele.

Os olhos tão verdes como uma verdadeira joia brilharam com uma vontade tão ansiosa de beijar a garota em sua frente.

A franco-chinesa voltou a encarar os olhos do rapaz.

— Mesmo assim, gatinho. É perigoso qualquer pessoa pode aparecer aqui.

Adrien sabia que ela tinha um bom ponto. Todos os alunos estavam em suas salas devido ao horário de aula, mas era possível que alguém poderia aparecer por qualquer motivo, como matar aula de Artes assim como eles estavam fazendo.

Eles não estavam protegidos ali, mesmo que estivessem embaixo da marquise do pátio.

— Você tem razão. Qualquer um pode aparecer de surpresa e nos ver aqui. — sorriu ladino. A expressão provocativa revelava para Marinette que os planos de Adrien ainda não tinham acabado. — Mas, isso não significa que a gente não possa se esconder em algum lugar mais seguro.

— Adrien...Você sabe. É pelo bem das nossas identidades. — suspirou. — Eu não sei o que aconteceu naquela linha do tempo com...Você entendeu! — ela desviou o olhar, mexida ao lembrar dos estragos que Chat Blanc havia causado. — Hawk Moth também pode usar os Miraculous contra nós como já faz.

O de fios dourados reparou em como os olhos azuis escureceram como obsidiana e tremiam.

— Eu sei. — sorriu caloroso, acariciando os fios azuis e ponto a franja de Dupain-Cheng atrás da orelha. — Chat Blanc é um trauma pra você, não é?! Me perdoa Marinette. Eu nunca quis fazer mal a você. — a voz dele tremeu ao final e não pode encará-la. Não quando o responsável pela dor dela era si mesmo. Não quando a viu desabar em lágrimas quando contou a ele o porquê parecia tão distante quando revelaram as suas identidades. — Nós vamos recuperar todos os Miraculous. Você vai ver vai dar certo.

— Eu sei. Eu tenho certeza disso. E tá tudo bem, chaton. Não era você. — acariciou o rosto dele fazendo com que ele olhasse novamente para ela. — Você estava sendo controlado e jamais me machucaria. — sorriu contida. — Nós vamos passar por isso juntos. — encostou a testa na dele. Os narizes roçaram levemente. — Vamos tomar cuidado, ninguém vai saber quem somos e nem que estamos juntos. Mas a única coisa que eu não posso fazer é desistir de você. Eu não consigo. — ela comprimiu os olhos.

— Mas é tão difícil fingir pra todo mundo e até pros nossos amigos que a gente não tem nada. Sendo que eu não consigo esconder que sou completamente apaixonado por você.

Marinette tombou a cabeça apoiando-a na mão dele quando a mesma acariciou a bochecha. Ela sorriu boba pela maneira tão doce e amorosa que o garoto a olhava.

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