𖤍𖡼↷ 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄

410 80 18
                                    

𝐀𝐋𝐔𝐑𝐀 era apenas uma criança quando viu o fio vermelho do destino pela primeira vez em sua vida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝐀𝐋𝐔𝐑𝐀 era apenas uma criança quando viu o fio vermelho do destino pela primeira vez em sua vida. Não devia ter mais que sete anos de idade, e ela se lembra do quão confusa ficou quando aquele fio surgiu no dedo mindinho de sua mão esquerda. O desespero de Alura foi grande e, por mais que ela puxasse e tentasse desfazer o laço, não saia de forma alguma. Porque aquele fio sequer tinha aparecido em sua mão, afinal? E porque parecia que sua mãe sequer enxergava aquilo?

Alura percebeu que não era apenas ela que possuia aquele fio em seu dedo. Sua mãe também tinha um na mão esquerda e, Alura logo percebeu, seu pai também. O que era mais engraçado para aquela criança de sete anos, era a forma como o fio de sua mãe e o de seu pai era o mesmo, pois ele servia para unir os dois.

-Mãe, o que é esse fio vermelho que tem nas nossas mãos?- ela se lembra de ter perguntado, o cenho se franzindo em uma confusão, os olhos brilhando em curiosidade genuína.

Alura ainda se lembra do sorriso que sua mãe deu ao escutar aquilo. Ainda se lembra do como a mulher tinha pego ela no colo e sentado Alura na bancada da cozinha, do jeito que Alura gostava de ficar quando queria conversar cara a cara com sua mãe.

-Chama akai ito. É o fio vermelho do destino. A lenda diz que ele liga o destino de duas pessoas, são almas gêmeas. - a mãe dela disse, acariciando os fios cor de caramelo do cabelo de Alura. -As pessoas que são ligadas pelos deuses por esse cordão, estão destinadas a ficarem juntas, não importa a hora, o lugar ou as circunstâncias, Alura. Dizem que o fio pode se emaranhar, esticar, ficar invisível, mas nunca vai quebrar. É uma união para sempre.

Alura de lembrava do como tinha ficado completamente deslumbrada com a história. O como tinha se sentido imensamente feliz por ter sorte o suficiente de poder ver o fio vermelho, mesmo que nunca ninguém fosse acreditar nela caso dissesse isso. E Alura queria, tão desesperadamente, descobrir quem era a sua alma gêmea, com quem ela passaria o resto de sua vida!

E a resposta veio mais rápido do que a jovem Alura imaginava que viria.

Kuroo e Alura se conheciam havia tanto tempo que ela sequer era capaz de se lembrar. O pai de Kuroo sempre fora o melhor amigo do pai de Alura, então não era grande novidade que eles tivessem crescido juntos.

Alura sempre havia amado Kuroo com todo seu coração. Quando ela precisou de amigos, ela teve Kuroo ao seu lado. Sempre que queria brincar, era com Kuroo com quem Alura saía, fosse para aguentar ele jogando vôlei ou ir atormentar a vida de Kenma Kozume.

E foi em um dos dias que estava tentando aprender a como se jogava vôlei com Kuroo que Alura se deu conta que o fio vermelho no seu dedo era o mesmo fio vermelho no dedo de Kuroo.

Alura tinha apenas sete anos naquela época, mas sabia que não era uma boa ideia falar para ele "ei, você é minha alma gêmea!". Por isso, tudo o que ela fez, foi se aproximar de seu melhor amigo, o olhar no fundo dos olhos, e estender a mão esquerda.

-Você consegue ver isso?- ela perguntou, esperança brilhando em seus olhos. Espero que ele veja. Espero que ele saiba. Espero que ele entenda. Esses eram os desejos de Alura, mesmo que ainda fosse apenas uma criança inocente experimentando pela primeira vez aquele sentimento de que algo havia de encaixado no lugar.

-Hm? O que? Você se machucou?

A resposta de Kuroo foi o suficiente para destruir o pequeno coraçãozinho de Alura.

Ele não podia ver. E, se não podia ver, também jamais poderia saber sobre eles. Kuroo jamais iria saber que Alura e ele eram almas gêmeas e, quando chegou em casa naquele dia, Alura sentiu raiva.

Raiva pelo mundo ser tão, tão injusto. Porque ela podia ver aquele maldito fio? Apenas para sofrer com isso, sofrer sendo capaz de ver aquilo e não poder compartilhar daquele momento com Kuroo e nem com mais ninguém? Era tão, tão injusto.

Então, Alura, com sua mente puramente infantil, fez algo impensável e que ela sequer achava que daria certo.

Ela apenas pegou sua tesoura e puxou aquele fio, colocando dentro dela. E, mesmo sabendo que provavelmente nada aconteceria, Alura cortou aquele fio.

O que mais a chocou, naquele momento, foi perceber o fio se apagando, se desintegrando em seus dedos, sumindo de seu mindinho.

E, naquele dia, Alura se sentiu completamente e totalmente sozinha. Porque ela não tinha mais uma alma gêmea e, pior do que isso, não tinha mais aquela união com Kuroo.

E Alura se sentiu péssima com isso.

Mas é melhor assim, era o que ela havia pensado naquele momento.

Porém, no dia seguinte, Kuroo tinha invadido o quarto de Alura antes mesmo do amanhecer, fazendo a garota acordar confusa e sonolenta.

Ela lembra do olhar determinado de Kuroo, e até hoje Alura ainda não entendia o porque Kuroo tinha aparecido daquele jeito, as cinco da manhã, na casa dela, no quarto dela.

Alura apenas se lembrava das palavras de Kuroo, do jeito como ele havia a olhado no fundo dos olhos e perguntado:

-Alura, ainda somos amigos?

Ela se lembrava de sua confusão e se lembrava do como seu coração tinha batido mais forte dentro do peito naquele momento enquanto sorria como uma idiota para Kuroo, se perguntando o porque, em algum momento, tinha se estressado e achado que não deveriam ser almas gêmeas.

E, antes mesmo que ela tivesse terminado de responder, ela viu o laço vermelho que os unia voltar. E Alura nunca se sentiu mais aliviada na vida como naquele momento, sabendo que tudo estava de volta ao normal, porque Kuroo era sua alma gêmea e isso jamais deixaria de ser uma verdade!

Mas, às vezes, nos dias atuais, Alura ainda se pegava desejando que não fosse uma verdade.

Porque assim, talvez, ela pudesse parar de sofrer pelo seu melhor amigo que sequer notava o quanto Alura era, inegavelmente, totalmente apaixonada por ele.

Data: 24/02/22Repostado: 22/04/24

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Data: 24/02/22
Repostado: 22/04/24

Akai Ito • Haikyuu Onde histórias criam vida. Descubra agora