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Romênia, Transilvânia 1453 d.c

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– O nome dela será Marília

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– O nome dela será Marília...

– Por que Marília, meu amor? – O jovem conde perguntou com um sorriso suave nos lábios, enquanto envolvia a esposa e a filha nos braços.

– Porque, segundo meus livros, significa amor... e soberana... nossa filha será destinada a grandes feitos – respondeu a condessa, os olhos brilhando ao olhar para o pequeno ser em seus braços.

O conde, contemplando sua esposa e a filha recém-nascida, sorriu com uma doçura incomum. O mundo jamais imaginaria que o homem ali presente era o temido Vlad III, cuja crueldade ecoava pelos quatro cantos da Transilvânia, e que mais tarde inspiraria as histórias do conde Drácula. Mas ali, naquele momento, ele não era o Impalador. Ele era apenas um homem, um pai, e o amor que sentia por sua esposa e filha o tomava por completo.

– Sem dúvida... ela será grande – disse ele, seus olhos fixos nas duas, como se desejasse proteger aquele momento para sempre.

Mas no fundo, Vlad sabia que seu destino era outro. Ele era uma criatura das sombras, uma maldição viva que carregava o peso do sangue derramado. Criaturas como ele não deveriam conhecer o amor. Amar significava destruição, condenação eterna para aqueles a quem ele ousasse se apegar. E ele sabia disso desde o início.

Os anos passaram, e com o tempo, sua amada esposa adoeceu e partiu deste mundo. A perda foi insuportável, e Vlad se viu imerso em um vazio que nenhum poder ou imortalidade poderia preencher. Restava-lhe apenas Marília, sua filha, que crescia forte e decidida, a herdeira de seu sangue e de sua maldição.

O nome de Vlad ainda ecoava pelos vilarejos e cidades ao redor de seu castelo, um nome que inspirava medo e respeito. No entanto, ele sabia que, por mais que lutasse contra sua natureza, havia algo dentro dele que não podia ser negado. O sangue doce de sua própria filha, à medida que ela florescia em beleza e força, tornou-se cada vez mais tentador.

Então, numa noite fatídica, a sede o consumiu. Seus instintos o levaram a Marília, e antes que pudesse se controlar, havia cravado suas presas nela. O suficiente para marcá-la, transformando-a na segunda de sua espécie. O horror de seu ato o devastou, e a dor de condená-la ao mesmo destino que o seu foi demais para suportar.

No amanhecer seguinte, com o coração pesado, Vlad se expôs à luz do sol, permitindo que as chamas o consumissem. Sob o olhar incrédulo de Marília, ele se transformou em cinzas, seu corpo se desintegrando diante dos olhos temerosos de sua filha, que agora carregava o legado da família.

Marília sabia, no fundo, que seu pai não estava realmente morto. Ele estava em algum lugar, em paz, ao lado de sua amada esposa. E agora, a condessa Mendonça emergia das sombras, forte e implacável. A perda de seu pai a havia transformado, e os demônios que habitavam sua alma eram muitos. Para protegê-los, ela teve que abrir mão de sua própria humanidade.

Quando finalmente retornou do exílio, liderando um exército, o castelo que um dia fora um símbolo de temor estava em alvoroço. Os servos corriam de um lado para o outro, surpresos com o retorno dela, e mais ainda com o fato de que nenhum dos seus homens havia sido perdido em batalha.

Marília, a nova condessa, olhou para o horizonte, ciente de que o destino de sua linhagem estava em suas mãos. Ela sabia que eram abençoados, mas por quem? Deus ou o próprio diabo? Isso, ninguém poderia dizer.

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𝕽𝖔𝖒𝖊̂𝖓𝖎𝖆, 𝕿𝖗𝖆𝖓𝖘𝖎𝖑𝖛𝖆̂𝖓𝖎𝖆

1562 𝖉.𝖈

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Maraisa

Tres...

Quatro...

Cinco...

Ele estremece sobre mim novamente...

Sinto algo se acumular entre minhas pernas e depois fim. O corpo molhado do senhor Zor sai de cima de mim mais não antes de sentir suas mãos apertarem minhas bochechas se inclinando somente para falar como eu tinha sido boa para ele e como ele planejava me dar de tributo.

Um tributo não acontece a muito tempo, era um presente para as tropas minha mãe contava que davam vinhos, queijos  a comunidade se uniria para receber as tropas com um enorme banquete só que dessa vez o senhor zor tinha decidido me dar mais do que dava para os homens da aldeia.

As mulheres me olham feio se eu sair de casa por que sabem que parte dos maridos estiveram comigo, fazendo o que bem queriam com meu corpo deixando parte do que deveria ser o sustento da casa  nas mãos dele e por falar nele estava irado, não somente comigo por te  me trancado. Estava bravo por que Maiara sobreviveu a guerra e aparentemente com patentes não sei o que patentes significam mais sei que ele estava bravo todos de sua família estavam, os homens podem fazer o que bem entender com as mulheres, senhor zor se certificava que eu soubesse disso quando invadiu nossa casa com seus carrascos e me tomou como dele assim como o pequeno negocio que meus pais tinham.

Maiara e Fernando se apaixonaram desde que me entendo por gente, ele a traiu de maneria vergonhosa e as 16 anos maiara implorou para que a senhora mendonça a aceitasse em suas tropas assim que eles partiram...bem as coisas ficaram diferentes no minimo para mim. Meus pais choravam todas as vezes que o senhor zor permitia que eles viesse me ver...até que pedi para que não viessem mais os machucados não doíam tanto quanto os olhares das pessoas...não doíam tanto quando deixavam o dinheiro sobre a mesa...ou tanto quanto a fome que ele me deixava passar.

Ele balbuciava sobre como eu tinha que me levar e parecer apresentável para as tropas ou tropa não sei bem...

A divida já não deveria estar paga?

Maiara não veio durante esses anos...e eu a odeio por isso.

Sendo a filha mais velha ela deveria ter me protegido...não? ou...me buscado...eu apenas teria ido para qualquer lugar que não fosse esse, a vida não permitia que eu fosse ingenua a ponto de pensar que eles conversariam comigo me dariam comida...vinho ou o que seja..não eles se divertiriam comigo e com sorte me matariam.

Morrer já não me da medo, mais sim alivio. Não posso ir mais a igreja mais acredito que deve doer menos do que tudo isso...não é?

Vejo ele se vestir vagarosamente como sempre fazia apos gemer o nome da minha irmã enquanto estava em cima de mim, com o tempo também a prendi que ele adorava que eu gritasse...que eu pedisse para parar...por isso eu parei e apenas me mantive calada e imóvel contra tudo que ele fazia, me recuso a fazer o que ele gosta que eu faça...simplesmente me recuso.

A porta bate e eu mordo meus lábios com força.

Não...eu não choraria por ele...

Não choraria diante de maiara...

Não choraria pelo que me foi roubado.

Mais eu permito que minhas lagrimas a tanto tempo presas escapem...permito que elas saiam pelo simples fato de que agora me sinto aliviada.

Ele me entregaria como um tributo e então sentiria mais um pouco de dor...então nada.

Finalmente vou poder dormir e ter paz.

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⏰ Última atualização: Oct 22 ⏰

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