Juventude

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-Olá!
-Oi.
-Sou sua fã, você é muito linda, quero ser igual a você.
-Há! Há! Faça-me rir. Uma Nerd como você nunca chegará nem aos meus pés.
-Como é bom ser importante. Essas coitadas me veneram. Né Charlotte e Berenice?
-É sim Deta! Disseram em forma de coral.

Eu era egoísta, vivia maltratando as pessoas, machucando quem me amava, pisava nos oprimidos, e cuspia na cara da sociedade. Vai ver foi por isso que mereci estar desse jeito. Jogada numa merda de asilo. O início da meada veio com um convite inusitado para mim;

Era uma tarde, de sol quente. O meu Telefone toca.
-Deta! Aqui é o agente de uma empresa de publicidade chamada Klick, você conhece?
- conheço sim, é uma das empresas mais conceituada na área de marketing e moda. -Disse com uma vontade louca de pular de alegria.--Pois bem, meu nome é Cristian. Fiquei sabendo das suas vitórias nas passarelas da sua comunidade e quero te fazer uma proposta.

Depois disso marcamos pra nos conhecer e falar a repeito do meu futuro profissional. Estava nas alturas. Como era de menor, convenci meus pais assinarem - fiz biquinho e tudo.
Contei a novidade para todas as minhas amigas, colegas e conhecidas.

Tinha sido chamada para ser a capa de uma revista, claro que eu amei tudo. Só que quando cheguei ao estúdio descobrir que as fotos seriam sensuais - até então os trabalhos que tinha feito era voltada para o público infanti e, passarelas - mas a proposta foi tão boa que decidi tentar, apesar da minha timidez.

-Clic! Click! Clic! Isso agora passa a língua nos lábios, agora pressiona a pélvis no banco da moto e empina essa sua bunda deliciosa. Dizia o fotógrafo safado e experiente.

Os primeiros trabalhos me renderam muitos lucros, com isso passei a usar roupas de marcas, bolsas de grife, perfume importado, até comprei um esportivo da moda. Fiquei me achando a tal.

Tudo isso era muito novo para uma menina de quinze anos, mimada, caloteira, e inocente de certa forma. Meus pais tentaram me avisar, porém cada vez que fazia trabalhos adultos mas ainda queria entrar nesse mundo de pervertidos.

Aos poucos fui parando de frequentar a escola, logo a diretora não entendia o meu trabalho e não tolerava os meus atrasos diários. Diziam que eu era o "mal exemplo da escola".

A PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora