Capítulo Seis: "Desejos, reconciliação e Fim"

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"Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria."

Tati Bernardi

Os dias foram se passando, Teresa e Luisa se encontravam as escondidas sempre em lugares distintos, trocavam cartas e discretos presentes. Era certo que a Condessa havia virado a cabeça da Imperatriz, e era certo que Teresa gostava de ser valorizada e num acréscimo se vingar do marido. Criou-se uma vida paralela, mas a chamada para a vida real não iria demorar. 

Era um dia tranquilo, quase monótono, como todos os outros no último mês. Luisa estava deitada com a cabeça no colo da monarca, esta que lhe acariciava os cabelos longos. A Condessa por sua vez fazia apreciar a beleza da Imperatriz, gravando em suas retinas os traços angelicais da amada. 

— Teresa, tu es si parfeite! Comme peux-tu m'aimer malgré toutes les souffrances que je t'ai causées? - Luisa diz em francês, Teresa ama seu sotaque. 

— Tu es uma cobra, tal qual a serpente que seduziu Eva no paraíso. - a Imperatriz do Brasil tocou o nariz da Condessa com a ponta do dedo, tinha um sorriso de lado. Luisa sorriu e negou de leve com a cabeça. — Aconteceu, não sei lhe explicar! Mas sei que sei arrependimento é genuíno e quem sou eu para lhe julgar por um erro do passado? Conheço seu coração. - ela colocou a mão sobre o coração pulsante da ex preceptora das filhas. 

— Se Deus existe então deveria lhe agradecer, pois sua existência perfeita é a prova da existência Dele! - Luisa falava quase delirante, extasiada. Teresa ainda não tinha se acostumado com aquelas declarações que se não beiravam, eram heresia. — Sou sortuda por tê-la, por me deixar te amar. - sorriu, Teresa lhe retribuiu. 

— Ti voglio. - Teresa sussurra com seus lábios tocando os lábios de Luisa. — Ti voglio. - repete com a voz arrastada, leva os lábios ao maxilar e depois ombro de Luisa. A Condessa se arrepia, arfa. 

— Sabe o que faz comigo quando fala em sua língua? - encara a monarca com luxúria, pura e forte. 

— Ti faccio impazzire parlando cossi. - Teresa segura os cabelos de Luisa os livrando de seu pescoço, então leva os lábios pecaminosos até ele lhe beijando a pele fina e sensível. Luisa arrepia, sente o efeito imediato em seu ventre. 

A monarca sabe o que fazer, bem disse a Luisa que aprendia rápido. Beijou Luisa com gama e foi de imediato correspondida, mas com a Condessa era preciso algum pulso firme pois ela é mandona por natureza. Teresa não dá brechas, quando sente Luisa se afastar de seus lábios buscando por ar então empurra a mulher de leve na cama e a prende com as pernas. A Condessa sorri enquanto Teresa retira novamente a camisola e depois abre os botões da chemise deixando uma grande fenda que expunha todo seu corpo. 

A Imperatriz suspirou e sorriu, levou os dedos a bocas e os passou pelas auréolas dos seios de Luisa que ficaram rígidos, depois entre os seios e desceu parando antes do umbigo. Ela bem tentou tocar Teresa também, mas foi impedida. Teresa mordeu o maxilar de Luisa, depois a veia pulsante de seu pescoço e então o seio direito enquanto apertava o esquerdo. Uma coxa escapou para entre as pernas de Luisa e a Condessa gemeu manhosa, sôfrega. A língua de Teresa se arrastou de um seio para outro, depois por entre eles e desceu com beijos estalados até abaixo do umbigo, no baixo ventre que estava agitado, da Condessa enquanto lhe olhava com olhos luxúriosos. 

Luisa estava desejosa, precisava daquela mulher lhe tocando como só ela sabia. Seu ventre formigava, sua respiração era pesada e ela esfregava um pé no outro como se aquele fosse lhe trazer o alívio que precisava. Quando sentiu a boca de Teresa na parte interna de sua coxa e depois beijando lhe a virilha ela gemeu em frustração, viu como Teresa sorriu. 

A Volta Da Condessa..Onde histórias criam vida. Descubra agora