Love In The Middle Of Crime (G!P)

Sete

Samantha Point Of View.

– Dizemos que somos amigos, mas eu estou te olhando do outro lado da sala, não faz sentido, porque estávamos brigando por causa do que fazemos e não tem como eu acabar com você, mas amigos não olham para amigos desse jeito...

Eu estava paralisada, ela tinha escrito essa música pra mim? Não, não poderia, eu estava ficando louca, não é? Vi que que ela deixou o violão e saiu rapidamente indo para a saída, entrei no meio de algumas pessoas na tentava de alcançar a mulher mais velha, mas falhei.

Quando consegui chegar até a porta, ela já tinha dado partida no carro. Fiquei observando a rua quase deserta e foi bem aí que surtei. Eu tinha cometido um erro em afastá-la? Em meio a esse pensamento, eu entrei de novo na cafeteria e bebi tudo o que eu nunca tinha bebido.

Keyla tentava me fazer parar de beber, mas eu não escutava. Vi que quando um rapaz alto e moreno chegou perto de mim. Ele perguntou próximo ao meu ouvido se eu queria ficar com ele, o encarei por alguns segundos e o beijei, tendo meu corpo colado ao dele. Eu já não estava respondendo por mim, após alguns segundos, eu mesma quebrei o beijo e saí andando, avistei uma garota bonita perto do balcão. Abri um sorriso e fui até ela, conversamos por alguns segundos e quando dei por mim, já estávamos em um beijo lento e molhado. Suas mãos apertaram a minha cintura e inevitavelmente quis que fosse a Heloísa no lugar dela. Quebrei nosso beijo por culpa dessa vontade e a deixei sozinha, andei mais um pouco até sentir uma mão em meu pulso segurando-me delicadamente. Olhei pro rapaz que tinha minha altura e ele sorriu, não fiz nada além de levar minha boca na dele. Fui correspondida imediatamente e depois disso, a quantidade de bocas que beijei só aumentou.

Bom, eu lidaria com as consequências dos meus atos depois.

No outro dia, 14h21.

Despertei e no mesmo segundo já senti a dor de cabeça quase que insuportável de lidar. Abri meus olhos me arrependimento em seguida por conta da claridade, foquei no teto acima de mim e entendi que estava na casa de Keyla.

– Ainda bem que acordou.

Olhei pra ela que estava sentada no pequeno sofá que tinha em seu quarto. Me sentei na cama, minha cabeça ficou zonza no mesmo segundo e um gosto amargo tomou conta de minha boca. Keyla apontou para a cômoda que ficava ao lado de sua cama, tinha alguns comprimidos e água. Peguei dois de uma vez e tomei, sentindo a água limpar um pouco do gosto amargo.

Respirei fundo e a encarei. Eu queria e precisava fazer o que tinha feito, mas ao mesmo tempo, eu estava morrendo de medo. Na minha mente só havia um borrão, a última coisa que me lembrava nitidamente era de Heloísa magoada comigo, dela indo embora e da música... Meu Deus, a música.

– O que eu fiz ontem? – Perguntei, ela suspirou.

– Você bebeu demais e acabou beijando geral... – Fiz uma careta – Te trouxe pra casa, você vomitou no banheiro e chorou.

– Porque? – Ela arqueou a sobrancelha.

– “Keyla, eu fiz merda, não fiz? E se a Heloísa não quiser mais falar comigo? Meu Deus, eu queria beijar a Heloísa agora...” – Senti meu rosto corar – Eu não sei como que consegui te acalmar e fazer você dormir.

– Me desculpa por isso, Key... – Encolhi os ombros.

– Não esquenta, ok? – Assenti.