Eu costumava pensar que dando o meu melhor, a vida seria generosa de alguma forma.
Com a entrada de uma pandemia na qual todos precisam se adaptar ao isolamento, estar tão imersa nas redes sociais jamais me faria pensar que minha realidade se transf...
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Boa leitura!
[...]
BLAIR
Eu aguardava sentada no sofá enquanto Chuck atendia a porta, pegando as bebidas quentes que havia pedido pelo aplicativo de delivery mesmo que eu tivesse recusado várias vezes.
— Agora sim! — colocou ambos os copos fumegantes sobre a mesa de centro, retirando o próprio casaco e o colocando sob meus ombros. — Disseram que esfriará ainda mais agora no final da tarde.
— Obrigada, você é muito gentil... — sorri de canto, apertando o tecido entre meus dedos e sentindo seu perfume me rodear por completo. — Gosto disso. — sussurrei para mim mesma, suspirando pela sensação aconchegante. Chuck sentou-se ao meu lado novamente, conectando nossos olhares com um meio sorriso nos lábios.
— E você é terrivelmente fofa. Preciso dizer que meus olhos se arregalaram com aquela afirmação, e que provavelmente eu me tornei um pimentão vermelho no mesmo segundo?
— É estranho ouvir você me dizendo essas coisas.
— Por quê? É a verdade. — se aproximou ainda mais, pegando uma mecha de meu cabelo entre seus dedos apenas para acompanhar as ondas. — Não aceite menos do que elogios sobre a pessoa que você é, Blair.
— Nem críticas construtivas? — beberiquei meu chocolate quente duas vezes, ouvindo-o rir baixinho e se afastar.
— Já que insiste nisso, saiba que fica ainda mais linda sorrindo. A tosse me atingiu em cheio, levando-o a me ajudar com o copo em mãos enquanto eu tentava me recompor.
— Pare de graça, Charles Bass! Suas mãos focaram em massagear suavemente minhas costas, mandando arrepios por todo o meu corpo mesmo que sem intenção.
Céus...
— Se sente um pouquinho melhor? Seu tom era preocupado e atento às minhas reações, e depois de respirar fundo, assenti.
— Estar com você torna tudo tão... Diferente, de um jeito bom. — encarei minhas mãos apoiadas em meu colo, sem muita coragem de encará-lo enquanto falava aquilo tudo. — Como se eu pudesse realmente me afastar dos problemas, sabe? — continuei divagando por notar que aquela sensação ruim que sentia horas antes, havia diminuído consideravelmente. — ... Chuck?
Seu silêncio atraiu novamente minha atenção ao seu rosto, que me observava daquele jeito intenso que ninguém mais conseguia.
— Estou te ouvindo.
— O que foi? Falei algo que te incomodou?
— Não... Eu só me distraí. — limpou a garganta, como se escondesse algo que fosse acompanhado de um quase sorriso.