Estoy aquí para ganar! | Endi

Capítulo 8

NOTAS INICIAIS

Oii pessu!!
Espero que ainda estejam por aqui... hehe
Então, esse mês foi super corrido por isso acabei demorando tanto, mas cá estou. 
Bora lá então!

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Aquela última tarde de detenção havia passado em um piscar de olhos. As duas garotas conversaram por horas sobre os assuntos mais banais desde memes e músicas brasileiras a como era a infância de Andi na estrada com a banda de seu pai.

— Você só menospreza "Sálvame" desse jeito porque ainda não ouviu a versão em português. - a brasileira afirmou cruzando os braços.

— Não brinca que tem uma versão em português? - a morena devolveu em tom de deboche, prendendo o riso.

— Oi?? Mas é claro que sim, Andrea. Inclusive várias outras músicas do RBD também, porque você sabe né?! Nós brasileiros somos os melhores fãs do mundo, então recebemos estes mimos. - disse de forma orgulhosa, fazendo a outra garota rir. — Você ta rindo do que garota? Vem aqui vou te mostrar. 

Com sua estrelinha ainda na testa, Emília levantou puxando Andi pela mão e a arrastando até o antigo teclado que se encontrava no porão. Parando em frente ao mesmo, ela o assoprou para limpar um pouco da poeira que tinha por cima do instrumento. Em seguida se sentou no pequeno banco, dando pequenas batidas no seu lado para Andi também se sentar. 

— Tá preparada? - a baterista assentiu com um riso preso, ela estava achando graça da idolatria que a outra garota vinha mostrando nesses últimos dias pela antiga banda formada no EWS, uma face totalmente diferente do que Emília mostrava para as outras pessoas. 

Em seguida a brasileira começou os primeiros acordes. 

"O que é que eu faço pra mudar?
Corro atrás da esperança
Porque você não vai voltar

Sobrevivo, mesmo sem tentar
Cheio de nós na garganta
Penso em você ao nem pensar

Pouco a pouco, o coração
Vai perdendo a fé
Perdendo a voz

Salva-me do vazio
Salva-me da solidão
Salva-me desse frio
Vem depressa, vem me salvar..."

Andrea estava hipnotizada. Era por causa da música? Não podia ser, ela pensou. Talvez fosse o português que estivesse dando um charme a mais a brasileira. Pra falar a verdade, provavelmente fosse uma combinação de tudo: Emília, a música, o português e apenas elas duas passando o dia naquele porão que havia se tornado o lugar delas. A morena não sabia explicar o que estava sentindo, apenas que não conseguia tirar os olhos da brasileira e no quão era estranha era aquela sensação de falta de ar que estava sentindo. E até mesmo aquela música que ela achava a mais brega do universo, naquele momento parecia a canção mais linda que ela havia ouvido em sua vida. 

— Ok, parei por aqui. Você provavelmente continua odiando a canetada de milhões da mamacita Colucci. - revirou os olhos.

— Pra falar a verdade eu acho que essa versão acabou de se tornar a minha música favorita do universo... - disse confusa com as próprias palavras, fazendo a loira rir. — Juro! Você devia cantar mais vezes em português.

— Obrigada, gatinha! Sabia que você ia gostar - fez graça batendo o dedo na ponta do nariz da morena. — Sebas prefere que cantemos em inglês ou espanhol porque ajuda na nossa internacionalização. Ele não está errado, olha a Anitta... - deu de ombros.