➵ 5. "Getaway Car"

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Boa leitura!

Havia se passado uma semana, Josh realmente perdoou Noah pelo lance da aromatização e voltou a ser o diabo da tasmânia que ele era desde sempre. O relacionamento dos dois estava um pouco diferente, o alfa passou horas depois da conversa deles pensando sobre isso, Josh realmente não agia como a maioria dos ômegas, e Noah gostava disso nele, mas ele sabe que Josh também já passou por várias coisas por ser desse jeito.

Ômegas eram pintados para serem calmos, compreensivos, meigos e obedientes. Josh não era nenhuma dessas coisas, ele sentia prazer em ver o circo pegar fogo, gostava de adrenalina demais para o seu próprio bem, ele era espontâneo, desimpedido e parecia ser indestrutível. Josh agia mais como uma criança alfa do que qualquer alfa que Noah tenha conhecido, mas isso era o que fazia ele tão único.

Noah decidiu tentar ser um pouco mais cuidadoso em relação ao ômega. Por ser sempre tão extrovertido e tão presente na vida de Noah as vezes ele esquecia que Josh era um ômega que necessitava de carinho, cuidado e principalmente respeito. Josh queria ser tratado como qualquer outro ômega era, ele queria ser cortejado e desejado como os quietinhos, ao mesmo tempo que era visto como um igual, Josh era confuso, uma completa controvérsia, mas Noah não se importava.

Eles tem se dado bem ultimamente, Noah revidou algumas pegadinhas que Josh insistia em continuar fazendo consigo. Chegou a trancar o ômega dentro do carro um dia que teve que lhe dar carona, só para receber um Josh ainda mais bravo e completamente sem freios em busca de vingança.

O alfa não esperava que fosse vir em forma de um ataque pessoal ao seu uniforme, mas suas bolas lembravam muito bem da dor que sentiram por Josh ter trocado todas as suas calças por uns 3 números menores e sumido com as outras. Demorou 2 dias e um pedido de desculpas regado a chocolate para Noah receber suas calças novamente.

O ômega passeava pelo quartel procurando algo para fingir fazer se Noah viesse lhe perguntar sobre as fichas que pediu para Josh imprimir. O problema é que ele sem querer acabou fazendo uma bagunça quando foi tentar imprimir no trambolho do século passado que era a impressora do quartel. Por acidente Josh imprimiu 99 cópias do que é que seja que estivesse no scaner, não conseguindo o xerox do que o alfa pediu, e acabando com a tinta da impressora.

Em defesa de Josh a impressora era extremamente confusa e toda vez que ele clicava no botão acrescentava +2 cópias a fila de espera, sendo que ele queria só uma e na primeira vez que clicou já apareceram 2, talvez ele tivesse clicado com muita força. O ômega pensou que se clicasse até chegar no final o número voltaria a zero e ele poderia clicar uma vez novamente para obter uma cópia.

Não foi o que aconteceu, a impressora travou no 99, provavelmente era o número máximo que aquela geringonça ia e não tinha UM botão de cancelar. Josh ficou lá dando porrada na máquina até que ela parou de realizar a ação por falta de tinta.

A culpa era daquela impressora burra.

Mas Noah não iria entender, e iria culpar Josh, o inocente nessa história.

Então ele pegou umas pastas vazias e fingia estar lendo alguma ficha quando alguém passava. Enquanto estava escorado na parede do corredor ao lado da porta de saída viu de canto de olho uma movimentação lá fora. Acompanhando uma ômega bater no vidro da porta esperando alguém lhe deixar entrar. Josh como o ômega simpático que era foi abrir para ela.

— Oi. - Ele respondeu curto, não tinha motivos para ser amigável na verdade.

— Oi, meu nome é Alice, eu vim falar com o Noah. - Josh levantou olhar da pasta vazia e analisou a menina.

— Sobre o que?

— É uma conversa privada, eu gostaria de falar com ele, por favor. Fala que é a Ali, ele vai saber. - O ômega não foi com a cara dela, ela analisava Josh de cima abaixo como se ele fosse inferior, enrolando o cabelo no dedo e tentando sair por cima dele.

Chaos Disposition • abo || N.B Onde histórias criam vida. Descubra agora