Capítulo 67

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(C) - Ao ouvir isso me veio uma força não sei da onde, me soltei dos seus braços e disse
- O que o senhor fez?
(Pai) - Nada demais. Bastou um telefonema para meu amigo  o secretário de urbanismo e habitação para que ele mandasse  evacuar toda aquela área.
(C) - O senhor não devia ter feito isso, lá tem crianças, famílias inteiras.
Meu pensamento foi direto a Paulo e Maxwell eles precisavam de mim.
Me recomponho e falo:
O senhor tem razão, eu não pertenço a esse mundo de vocês, pessoas podres que pisam no outro só porque são pobres.
Me dirijo a Lucas e seguro suas mãos.
(C) - Lucas espero que possa me perdoar... Mas o que estávamos pensando... Achávamos mesmo que o nosso conto de fadas ia ter final feliz? Claro que não... É  hora de voltar ao mundo real.
(L) - Preto, por favor... Vida... Encosto minha testa na dele não me deixe eu te amo.
Carlinhos você prometeu.
Você e eu até o fim.
(C) -Eu também te amo vida, nunca duvide disso,mais isso é mais forte que eu,é mais forte que nós.
Você é a minha vida,mas eu não posso lutar contra essa sociedade medíocre me perdoe. Me perdoa mas eu não posso cumprir a minha promessa.
Beijo Lucas e solto  suas mãos.
(Pai) - Ande logo ou será preciso que eu chame os seguranças.
(C) - Não será preciso Senhor, só mais uma coisa antes de eu ir embora.O senhor está aí com sua pose de poderoso chefão e dedo apontado na minha direção mas aonde o senhor estava quando o Lucas ia todos os dias na praça?
Quando foi humilhado e jogado por terra pelo embuste do Ivan?
Aonde o senhor estava quando ele não tinha mais esperança de viver e se sentia perdido?
O senhor eu não sei...
Mas eu estava ali todos os dias,agora eu preciso ir minha família precisa de mim.
Saio sem olhar para trás ouvindo os gritos de Lucas e com o coração sangrando por te-lo deixado sozinho.

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