Capítulo 7 - Benício

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Olá meus leitores queridos :)

Estou tão feliz com as visualizações. Pode não ser muitas, mas é o suficiente para me deixar muito feliz e animada com a história. Continem lendo, comentando e dando estrelinhas, isso é muito importante para o desenvolvimento da história. Beijinhos e boa leitura.

Benício

Liza veio me buscar e imediatamente fomos para o hospital, ela não sabia como tinha ocorrido o acidente e eu precisava urgentemente saber como meu pai estava. Chegamos ao hospital e Eliza conversou com a recepcionista, que disse para aguardarmos na sala de espera, pois o médico logo viria falar conosco.

Sentei-me no pequeno sofá que havia ali, e esperei. Naquele momento apenas meu corpo estava ali. Minha mente foi fazer uma viagem ao passado. Lembrei-me de todos os momentos alegres e animados que vivi com meu pai, todas as vezes que ele me levara para pescar e assistir aos jogos de futebol. Lembrei-me também do dia que ele dissera que nunca iria me abandonar, mas ia chegar um momento em que, sem querer, a vida o obrigaria a fazer isso. Não. Eu me nego a aceitar que esse momento chegou. Meu pai, meu herói está proibido de fazer isso comigo. Não sinto as lágrimas escorrerem e Liza se senta ao meu lado, enxugando-as.

- Benício meu anjo. Acalme-se. – Ouço Liza dizer e apenas afirmo com a cabeça.

Estou longe quando uma voz grave diz:

- Vocês são parentes do Sr. Roni Campos? – O médico nos pergunta. Levanto como um foguete e digo quase gritando?

- O meu pai está bem? Por favor, doutor. Diga-me o que aconteceu? Ele vai sobreviver? Posso vê-lo? – Faço um turbilhão de perguntas desesperadamente sem pensar e Liza me repreende.

- Fique calmo Ben, deixe o médico falar. – Ela me encara com ar de preocupação e depois olha para o doutor. – Diga-nos o que houve doutor, ele está bem?

- Bem senhora...? – Ele fica a olhando e logo ela percebe e responde.

- Eliza Medeiros.

- Senhora Eliza, o Sr. Roni estava parado no sinal e deve ter se distraído com algo, pois acelerou o carro sem que o sinal ficasse verde. Seu carro colidiu com um caminhão e capotou duas vezes. Ele sofreu uma luxação nos ombros e fraturou a tíbia. Ocorreu também uma contusão na cabeça que o fez perder os sentidos, mas seu estado é estável. Neste momento ele está na UTI, em coma induzido, aguardando sua cirurgia. – O doutor ia falando sem parar, mas eu estava confuso demais para entendê-lo. Única coisa que me preocupou, foi a contusão na cabeça.

- Como assim uma contusão na cabeça? Seja mais específico doutor. – Perguntei.

- Quando há um trauma leve na cabeça, células cerebrais são danificadas, provocando um desequilíbrio químico no cérebro e, em geral, um desmaio. – Dessa vez fiquei mais aliviado.

- E quando nós poderemos vê-lo? – Eliza perguntou.

- Assim que fizermos a cirurgia, que será daqui duas horas. Sugiro que vão para casa descansar, e voltem mais tarde.

- Tudo bem, obrigada doutor. – Disse Eliza. O médico se retirou e ela caminhou até a porta. Depois retornou.

- Eu sei que nem seu eu implorasse você iria para casa. – Ela disse preocupada. – Mas você precisa se alimentar. Venha comigo, tem uma lanchonete aqui.

- Estou sem fome. – Liza me lançou um olhar de reprimenda que resolvi não retrucar mais. – Ok, vamos.

Levantei e fomos caminhando até uma lanchonete que havia ali. Comi um pão de queijo e tomei um suco de laranja. Estava tão abatido que nem senti o gosto, apenas engoli para não passar mal.

Do Inferno ao ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora