◌ (Drama) Before everything - Bucky Barnes (Parte II)

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Narrador on:

Steve, Sam, Nat, Bucky e Wanda estavam no jato rumo a Varsóvia, na Polônia para invadirem a base abandonada da Hydra na esperança de que alguns papéis sobre os experimentos que foram realizados com os prisioneiros de guerra.

O local estava muito bem escondido atrás do Gueto e camuflado, pois ficava no subsolo do local.

Como de costume, entraram lentamente e com as armas em punho, para garantir uma defesa caso fosse necessário.
Após checarem todo o local e constatarem que estavam sozinhos, começaram suas buscas, encontrando alguns papéis jogados e sujos, até que Sam encontra o depósito de arquivos do local, onde caixas e mais caixas de papel estavam guardadas. Nelas haviam relatos de cada experimento realizado pela base da Hydra na Polônia, desde o primeiro soro criado por eles e os efeitos adversos em cada uma das cobaias, até experimentos como colocar o prisioneiro a uma temperatura extremamente baixa e analisar seus sinais vitais, para monitorar quanto tempo ele demoraria para morrer de frio.

Os olhos de Nat se arregalaram quando ela leu o nome de S/N S/S e uma expressão de confusão tomou seu rosto.
Indo até Steve, Nat mostra a ele os papéis que continham o nome da mulher e os experimentos que foram realizados nela.

- Steve, é ela não é? - Fala sussurrando, não querendo chamar a atenção do sargento.

- Sim, é ela. Ela... Sobreviveu?

- É o que diz nos papéis.

"S/N S/S, 21 anos, sexo feminino.
Tiro calibre 38 no lado esquerdo do peito, próximo ao esterno, 2mm do coração.
Recuperou-se após cirurgia, mas com algumas sequelas.
O soro de cura injetado, os resultados são promissores."

"S/N S/S, 21 anos, sexo feminino.
Reage bem ao soro e apresenta melhora significativa após 24 horas, podendo curar-se de qualquer ferimento."

E a partir daí não existiam mais registros da mulher. Aliás, todos os registros acabavam no mesmo dia e até onde se tinha conhecimento, aquela base da Hydra havia sido abandonada depois daquele dia.

- Bom, vamos levar essas caixas até o complexo para analisar de forma mais profunda. - Steve fala, fazendo com que todos concordem e comecem a carregar todo o material no jato.

Depois que todo material havia sido carregado, todos estavam prontos para embarcar quando Bucky deu uma última olhada ao redor e vou, de relance uma mulher muito parecida com S/N.

A mulher tinha a fisionomia de S/N, mas seus cabelos estavam lisos e compridos, chegando até a metade das costas, ela usava uma blusa, calça jeans e tênis, com uma bolsa a tiracolo e um livro em mãos.

- Bucky! - Steve chama, dessa vez mais alto.

- Desculpa, disse algo?

- Te chamei três vezes já amigo, tá tudo bem?

- É só que... Eu acho que vi uma mulher igual a S/N...

Steve e Nat se entreolharam, sabendo agora que a mulher não havia morrido, mas confusos.

Será possível que o soro de cura tivesse também impedido o envelhecimento de S/N?

- E pra onde ela foi? - Nat perguntou.

- Ela entrou naquele museu ali. - Barnes disse, apontando para o museu da Segunda Guerra que estava logo a frente.

- Acho que eu estou ficando louco. - James diz sorrindo fraco.

- Na verdade Bucky... - Steve começa.
- S/N não morreu naquele dia.

Sobre o olhar confuso e ao mesmo tempo esperançoso do amigo, Steve e Nat contam tudo o que leram nos arquivos e mostram os papéis para o homem, que agora suava frio e sentia como se a Terra tivesse parado de se mover.

James engoliu em seco e não conseguia proferir uma só palavra. Cenas aleatórias de S/N tomavam sua mente e um calor envolveu seu coração.

- Mas como? - Pergunta atordoado.

- Não sabemos, o relatório estava bastante incompleto e nossa teoria é de que talvez o soro tenha impedido que ela envelhecesse. - Steve diz ao amigo.

- Eu preciso ir atrás dela. - Bucky diz, levantando-se e sentindo uma mão segurar seu braço.

- Bucky, acha mesmo que é uma boa ideia? Acha que é ela ou que ela pode se lembrar de você? - Nat questiona, fazendo com que o sargento ficasse pensativo.

- E se eu for apenas olhar de longe, sem me aproximar? Eu preciso tirar esse peso da minha cabeça. - Pergunta olhando para os amigos, que concordaram, desde que fossem junto para impedir que James fizesse alguma besteira.

Eles foram até o museu e entraram, era enorme e estava razoavelmente cheio, mas não demorou para que Bucky avistasse a mulher que estava guiando uma multidão e contando sobre os fatos históricos da Segunda Guerra, com muito conhecimento.

Era ela. Não tinha como não ser ela. O rosto era o mesmo, a voz era a mesma. Steve também a reconheceu.
Eles não sabiam como exatamente, mas era ela.

O mundo parou quando a mulher avistou os dois soldados, seu rosto perdeu a cor e sua voz não saia mais, deixando o grupo preocupado. Com a desculpa de que estava passando mal, a mulher sentou-se e bebeu um copo d'água, passando o grupo para outro historiador do museu.

Quando a multidão acompanhou o homem, S/N e Bucky se encararam por alguns minutos, desacreditados do que seus olhos estavam vendo.

Nenhum dos outros Vingadores ousou dizer nada, nem mesmo interromper o momento, apenas dando alguns passos para trás.

Involuntariamente os músculos de Bucky o fizeram começar a caminhar em direção a mulher, que se manteve sentada.
Quando o sargento chegou perto dela, ela se levantou e ambos olhavam fundo nos olhos um do outro. Nenhuma palavra foi dita, eles apenas abraçaram um ao outro e deixaram que seus corações encontrassem o caminho de volta um para o outro, enquanto lágrimas corriam por suas bochechas.

- C-como? Como você sobreviveu? - Bucky perguntou, ainda abraçado na mulher.

Se afastando lentamente um do outro S/N explicou para Bucky sobre tudo que passou e como a Hydra conseguiu fazer com que ela sobrevivesse, mas não seu pai, a usando como cobaia para o soro de cura, mas também a submetendo a cortes e ferimentos profundos para ver até onde seu corpo conseguiria curar-se. O pesadelo só acabou quando a base da Hydra foi descoberta por um exército russo e todos os soldados foram mortos, assim ela conseguiu escapar, mudando de identidade e vivendo sua vida de forma completamente diferente.

S/N percebeu que o soro a impedia de envelhecer e precisou se manter em constante movimento, mudando de cidade em cidade, para que as pessoas não percebessem sua condição e explicou para Bucky que estava na Polônia apenas como palestrante convidada do museu, já que se tornara historiadora.

- Quando eu vi você na TV e vi tudo que haviam feito com você, eu fiquei em pedaços James, mas assumi que você não iria se lembrar de mim, por isso me mantive afastada. - A mulher diz com lágrimas nos olhos e entre suspiros.

- Boneca, eu nunca, em toda minha vida me esqueci de você. A dor de ter te perdido naquele dia é minha companheira a todo momento. - Bucky conta e seus olhos enchem de lágrimas ao lembrar do pior dia de sua vida.

Ambos concordaram em manter contato e trocaram número de celular, para que pudessem telefonar um para o outro.

O clima ainda estava estranho, não sabiam como poderiam retornar para o que tinham e nem se isso era possível devido ao tempo que ficaram separados e tudo o que passaram, porém só de saber que o grande amor de sua vida não havia morrido, Bucky já sentia seu coração mais completo.



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