Não fique nervosa. Calma, é só uma entrevista de emprego. Vai dar tudo certo. Estas são frases ao qual fico repetindo a mim mesma a cada 15 segundos. Tento respirar fundo. Olho para o relógio, notando que já se passava 23 minutos desde que a ultima mulher havia entrado.
Pare de bater o pé, vão pensar que você está com tique nervoso. Repreendo eu mesma. Parando os pés imediatamente, minha atenção é atraída por uma mulher alta assim que atravessa a porta com um grande sorriso no rosto. A cena é engraçada. Quem a visse, acharia que tinha acabado de ganhar na loteria. Volto o olhar para as outras quatro candidatas, solto um suspiro pesado.
Verificando as roupas que visto, concluo pela terceira vez naquela manhã que não estou mal vestida. Na verdade, nunca estive tão bem-apresentada. Uma blusa azul solta de seda que se impregna dentro de minha saia, acompanha um par de saltos da mesma cor que a saia escura. Sim, não está mal. Me convenço.
— Senhorita Vítoria - Uma voz feminina entoa meu nome - Queira me acompanhar, por favor - A assistente indica, mostrando a entrada da grande porta atrás de seu corpo.
Num sobressalto, levanto da cadeira com o pingar do suor em minhas mãos. Pegando a bolsa de modo desajeitado, recebo um sorriso gentil da mulher que me guia corredor a dentro. Felizmente, ela ignora minha falha coordenação motora.
Passando pelo corredor que se estende num enorme carpete vermelho por ele todo, pegamos o elevador, subindo para o quinto andar. A famosa musica do elevador não me soa estranha. Apostava em Bach tocando em SI maior. Uma sinfonia lenta, agradável de ouvir. Poderia ser relaxante, se não fosse pelo barulho das portas se abrindo. Me despertando do motivo ao qual fui até ali.
Outro corredor se abre para nós duas.
O lugar era bem estruturado, disso não há a menor dúvida. O dono daquela empresa não economizou em seu empreendimento. As portas feitas de vidro escuro me impede de enxergar lá dentro, mantendo a privatização de cada sala para o trabalho. Um enorme exagero se for analisar melhor cada ponto.
— Boa sorte - A assistente diz assim que paramos de frente a única porta transparente daquele local.
A única coisa que sou capaz, é de assentir em agradecimento. O nervosismo volta. Há um homem lá dentro. Os batimentos aceleram. Abrindo a porta, adentro a sala em meio a hesitação. Todas as frases de incentivo que havia visto na internet noite passada, ressurgem num manto sagrado.
— Senhorita Vítoria ? - Ouço sua voz grave e rouca.
Deixando de olhar para os meus pés, sigo as regras de entrevistas de emprego. Primeiro, nunca abaixe sua cabeça. Levanto meus olhos quase que imediatamente ao relembrar, vejo um homem em minha frente. Com a presença mais próxima do que tinha ouvido sua voz soar, sorrio em resposta, dando um passo para trás, em defensiva.
Noto seu cenho se franzir levemente, sorrindo discreto por fim.
— Sente-se, por favor - Ele diz, quebrando o breve silêncio - Sou Vitor dono...
— Da empresa de jornalismo e marketing Styles - Respondo na frente, querendo me matar em seguida.
Minha língua começava a me amaldiçoar novamente. Opto por ficar quieta. A merda já estava feita. Mordendo minha própria língua, escolho me sentar e só responder aquilo que quisesse. Sr. Vítor por sua vez, parece achar divertido o que acabara de fazer. O mesmo não reclama ou me repreende por um olhar, apenas sorri brevemente.
Seus olhos verdes me encaram com certo interesse, me deixando desconfortável na cadeira. Por um curto período de olhares, sinto como se estivesse totalmente exposta a ele. Contenho a vontade de rir. Que ridículo, pensar em algo assim.
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Meu Dominador Chefe
FanfictionAssim que termina sua faculdade, Vitória se vê tentada a novas oportunidades em seu ramo. Para progredir viaja para Boston em busca de um trabalho. Porém encontra algo a mais... "-Se você quer brincar retire sua roupa e me espere na sala que te mos...