Por que Sempre Rosa?

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Isso me faz ser uma louca, sinto como se fosse a lua que aparece apenas durante o dia. E se eu estivesse sozinha, se não te conhecesse? Talvez eu teria desistido, perdido o mar. Mas, o meu coração ainda está em chamas, com um desejo ardente. Eu quero que você me ame. Não abandone minha mão nunca mais. E toda vez que o meu coração bater, combine-os com os seus passos para que não caminhe novamente sem rumo. Eu sinto o seu destino.

Adaptado, Heartbeat, BTS.

Jinsoul estava preocupada com o pneu, havia acordado já com a terrível notícia que a viagem seria adiada por algumas horas, pelo menos, a cantoria parecia favorável.

"Haseul, está tudo bem?" questionou a companheira quando a encontrou sentada próximo a uma moita cheia de lindas com uma expressão um pouco retraída. "Está pensando nela, não está?" Se acomodou ao seu lado, tombando a cabeça até sentir o carinho de seus ombros. "Imagino que isso tudo seja um pouco a cara dela".

"Kahei iria adorar ler alguma coisa sentada nessas árvores, é o tipo de lugar que ela iria considerar propício para uma boa leitura". Haseul dizia tudo isso com um sorriso fofo nos lábios, contudo, seu olhar era confuso, até um pouco triste. "Me pergunto como ela está, sabe? Tudo acabou de um jeito tão... desconfortável".

Jinsoul permaneceu em silêncio, aquele era um assunto ainda complicado de lidar com a Haseul, mesmo que — de acordo com a própria Haseul — já estivesse todo superado e até um pouco resolvido, sabia que a amada sentia-se culpada. "E não precisa ficar em silêncio se martirizando, garota, sei o que está pensando". Haseul era mais observadora do que parecia, o que poupava muito constrangimento. "Mas, todo dia eu agradeço ela, sabe, acho que sem as palavras de Kahei eu provavelmente não teria me entendido e entendido a atrocidade que estava com ela".

"Lembra-me que prometeu parar de culpar-se por algo que já aconteceu?" Jinsoul buscou os dedos de Haseul para entrelaça-los, tentando fazer sua querida entender que o futuro estava acontecendo agora e seria diferente, com ou sem ela. Haseul não deveria mais sofrer por mais ninguém a inferiorizando, tanto como pessoa, tanto como escritora. "Venha cá, o destino ele..."

"Jinsoul!" Um grito a pegou desprevenida. Seu corpo todo se guiou automaticamente para onde a voz a chamava absurdamente alto, até sentiu certo desconforto e um possível torcicolo futuro. A pessoa que a chamava era o seu velho amigo de infância espalhafatoso, que parecia perdido em entender o que era uma chave de roda. Porém, a mente de Jinsoul foi longe. Não estava mais uma floresta a caminho de possíveis férias, e sim, na antiga cafeteria onde trabalhava.

Jinsoul. Jinsoul. Era aos berros que o seu chefe se comunicava. Ironicamente, no pior dos momentos, ela teve um déjà vu.

O Universo finalmente está pronto. Parece um trecho de um drama que foi criado para este universo. Você me conduzia através do labirinto, é a minha luz e a minha salvação. Está chuva está finalmente parando, e eu não quero mais soltar a sua mão.

Adaptado. Heartbeat, BTS.

Antara, Empório Imaginário Coffee Bar e Bookstore.

... à primeira vista.

O Antara acabou se tornando o Coffee Bar mais popular de toda região e Jung Jinsoul não poderia estar mais irritada com isso. Fazia quatro dias que ela não conseguia sentar para mordiscar um pedaço de pão sem que seu nome fosse esbravejando pelas quatro paredes solicitando os seus serviços. E para piorar, sua dor de cabeça aumentava dia após dia e nenhum remédio estava sendo de muita serventia.

Usava o mesmo uniforme desde que fora contratada, vestido branco com renda e um Antara bordado na parte esquerda em cor salmão, e claro, um avental azul preso na cintura apenas para ser minimamente bonitinho. E o Jinsoul, sim o seu nome, era a única música coerente que o seu querido chefe sabia cantar. Pelo menos o salário era razoavelmente bom e ela ainda estava livre para usar e abusar dos seus patins azuis.

Nunca mais rosaOnde histórias criam vida. Descubra agora