Capítulo 52

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Boa noite, o capítulo de hoje vai começar de um jeito diferente.... "Cleitin, pega o tabuleiro de ouija lá"







Quem é? Não consigo ver, tudo está tão escuro. Meus pés parecem molhados, consigo sentir apenas uma atmosfera fria e sombria. Eu não consigo acreditar, mas parece que estou no mesmo lugar de antes, a rua vazia e o cemitério a minha frente.

Isso parece um amanhecer sombrio de filme de terror, já que a fachada e as ruas estão sujas, as construções com rachaduras e tomadas por ervas daninhas que não deve ser aparadas há tempos. Ouvi um barulho assustador e me virei pra trás tentando olhar o que era, mas só vi escuridão.

— Tô no inferno? — Perguntei baixo.

— Não! — Alguém respondeu. — Ainda não achei um nome legal pra esse lugar... Aí, a gente morreu de maneira parecida né?

— Então eu morri? — Perguntei e vi uma pessoa sentada em cima de um túmulo dentro do cemitério.

— Certamente, eu tô morto e tô aqui, não tinha como você estar viva. — Ele caminhou até mim e parou na minha frente sorrindo, não é possível.

— Mikey? — Perguntei baixo e ele riu. — Não, é impossível. Não acha, Shinichiro?

— Bota impossível nisso! — Ele riu e então parou ao meu lado, observando o cemitério junto comigo, Shinichiro era alto e bem parecido com Mikey mesmo tendo o cabelo preto. — Esse lugar é entediante.

— Vou ficar aqui o resto da eternidade? — Perguntei séria, eu não sentia nada, não sentia dor nem tristeza, nem desespero, não sentia absolutamente nada.

— Não, acho que você deveria voltar, você tem que voltar, seu irmão precisa de você e o meu também. — Falou triste e eu o olhei.

— Seu irmão é um babaca! — Respondi e ele me olhou.

— Eu também era, acho que falhei um pouco na hora de educá-lo. — Respondeu e segurou minha mão. — Vem, vamos sentar.

— Achei que morto não cansasse. — Falei debochada, ele me olhou feio mas depois caiu na risada e eu fui junto com ele.

— Deve ser por isso que o Manjiro gosta de você. — Disse e então caminhamos alguns metros, até vermos o rio que passava ali perto, geralmente ele costuma ter várias flores de cerejeira sobre as águas, mas eu tô na porra do limbo, ou purgatório, sei lá que merda de lugar é esse.

— Eu não esperava morrer pra salvar a Emma, mas eu sempre estou me ferrando pra poder ajudar as pessoas que eu gosto. — Falei cansada e o olhei. — Quem me ajuda, Shinichiro? Quem me salvou quando eu fui abusada? Quem me socorreu quando o seu irmão me humilhou me deixou? Quem sentiu minha dor quando eu levei uma facada e perdi um bebê? Quem vai chorar por mim agora que eu tô morta? Quem, além da minha família?

— Não deveria se sentir mal por ter ajudado pessoa as queridas. Seus amigos, vão sentir sua falta. — Ele respondeu. — Você é muito amada! Igual eu fui pelos meus.

— Eles ainda amam você! — Respondi e o olhei. — Mikey virou uma pessoa diferente por sua causa, eu me pergunto se você estivesse vivo, se ele seria assim?

— Seria. — Shinichiro respondeu firme. — Mikey sempre carregou dentro dele uma fúria inexplicável, quando ele se irrita ela vem à tona, a primeira vez que ele foi tomado por ela eu ainda estava lá por ele.

— Então o que fazer com ele? — Perguntei novamente.

— Eu gostaria de ter como responder essa! — Shin disse e levantou. — Vem, vou mostrar uma coisa pra você!

Reviver - Tokyo Revengers +18 / CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora