Naquele dia

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Jamais esquecerei dos dias que nossas palavras foram banhadas com sombra e alguns poucos raios de sol que competiam com a luz de seu olhar doce.

Lembro-me do inaugural, inclusive. Ocorreu nos primeiros dias em que a distância já não era um problema. Claro que não foi no primeiro dia, afinal nossos corações tinham outras fomes.

Mas foi na primeira semana.
Compramos o essencial para um piquenique e andamos poucos metros até o que agradavelmente chamávamos de "pracinha".

Você estava linda, mais linda que o dia anterior. Seu sorriso mostrava o quanto você estava animada e um pouco (muito) envergonhada.

Jogar palavras ao vento naquele dia só perdeu para o seu beijo.

A pracinha estava calma, a fotógrafa de sempre aproveitava a beleza das flores e as poucas crianças do parquinho brincavam como se não houvesse amanhã.

Tinha muita fartura, desde fruta até Nutella. Você usava aquele vestido verde de alça e eu, aquela polo verde, que já faleceu devido ao seu bom gosto.

Naquele dia tiramos muitas fotos, naquele dia conversamos muito, naquele dia eu já conseguia escrever o milésimo primeiro motivo do porque te amo, naquele dia inundei-me de ti...

Naquele dia e outros contosOnde histórias criam vida. Descubra agora