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Saindo do hospital David disse que eu não iria para casa por causa do meu braço. E também disse que não tinha ninguém para cuidar de mim, mas tinha minha mãe, e no pensamento dele minha mãe é uma drogada mas ela e formada em medicina, só não seguiu sua carreira como médica.

- Tudo bem minha mãe ser uma drogada, mas eu sei me cuidar, até bem demais para minha idade, David.- disse com os braços cruzados olhando pela janela do carro.

- Eu já disse, você vai para minha casa e pronto.

- Porque sempre quer que eu vá para a sua casa, acha que eu não posso me cuidar sozinho?

- Olha, eu sou seu melhor amigo. Lembra do contrato que nós fizemos? Um cuida do outro, para sempre.

- Mas em casos extremamente importantes. E esse não é um deles.

- Ata. Um corte gigante no braço e sangue preto? Você só pode estar de brincadeira né?- disse entrando com seu carro na garagem.

- Não, eu não estou, e sabe disso muito bem.- disse saindo do carro e batendo a porta com muita força.

- Cala a boca Timmothy. E vai tomar um banho, esse seu sangue preto na minha blusa tá fedendo pra caralho.- ele disse enquanto estávamos entrando na casa

- Quando fuma seus cigarros eu nunca falo nada. Ah, e desde que eu machuquei o braço você só quer ficar comigo, então eu sei que ama meu cheiro, com sangue ou sem. E não tenta provar ao contrário, você estava com minha blusa ontem a noite.- eu disse subindo as escadas.

eu fui tomar um banho. E David estava certo, o sangue estava fedendo muito, tipo cheiro de animal morto. Quando eu fui tirar o curativo que o médico fez para fazer um novo eu vi que a ferida havia fechado, e só restou a cicatriz enorme em meu braço e sangue preto no esparadrapo que o médico havia colocado em meu braço. Tomei o banho normalmente mas pensando como uma ferida que estava atirando sangue sem parar ter se curado em duas horas. Vesti minha roupa e desci para o andar de baixo, onde David estava.

- David.- eu disse e ele se virou para trás parando de cortar tomates para a salada do jantar.

- Meu Deus, que porra é essa Timmothy?

- E-eu não sei, eu tirei o esparadrapo que estava cheio de sangue para por outro e a única coisa que vi foi a cicatriz.

- Tá bom, sangue preto, feridas que se curam em menos de três horas. Você não acha isso estranho?

- Eu não acho, isso é estranho.

- Senta na mesa que eu já estou levando a salada para a mesa.- obedeci e me sentei na cadeira. Ele estava com roupas formais, calça jeans e blusa de mangas preta com botões. Aquelas roupas eram todas de marca, inclusive eu estava com uma roupa dele. Uma regata branca, bermuda social bege e meias brancas.- Timmy, enquanto você estava no banheiro seu pai ligou.

- O que aquele babaca disse?

- Porque chama ele de babaca? Ele não fez nada.

- Ah, ele fez, muitas coisas ruins para minha mãe.

- Tá, mas direto ao ponto. Ele me ligou e disse para você tomar cuidado. E também disse que um amigo dele que estava aqui, em Hastiview foi ferido por um morcego, e aconteceu a mesma coisa que aconteceu com você, sangue preto e desmaio. E depois disso nunca o viu.

- Eu pensei que fosse um morcego normal.

- É mas um morcego normal já transmitem muitas doenças.

- Mas morcegos normais deixam o sangue preto?

- Acho que não, com certeza não.

- David.

- eu

-nada, deixa pra lá.

-me Deus, que grande conversa estamos tendo na mesa não é?

Esperei David terminar de jantar para eu poder sair na mesa. Seria muito mal educado por eu sair da mesa e deixar ele lá sozinho.
Quando ele terminou ficamos na sala assistindo Titanic, bem dramático, mas é um clássico, e clássicos são bons. Não temos como negar.

- David, vamos dormir. Já está tarde e eu presciso descansar.- eu disse enquanto me levantava do sofa.

- Tá bom, mas de onde que surgiu tanto sono de você hein? Você tá dormindo mais do que uma pessoa que toma uma cartela inteira de comprimidos para dormir.

- Isso é mentira.- eu disse gritando das escadas enquanto ele arrumava a sala, ele tinha a mania da organização extrema, chega a ser irritante. Cheguei no quarto e troquei de roupa por uma mais confortável. Ele subiu para o quarto depois de ter arrumado a sala e desligado todas as luzes da casa, a única ligada era a da luminária de seu quarto, no caso o nosso quarto no momento. Ele trocou a roupa formal que estava vestido por a regata dele que eu estava e uma bermuda de pijama. Ele se deitou a meu lado e ficou de frente para minhas costas.

- Posso?- ele disse querendo analisar meu braço

- Uhum.- eu disse com voz de sono pois eu estava cochilando sem nem mesmo ter entendido o que havia dito.

- Eu tenho tanto medo de te perder, eu pareço não me importar mas eu me importo com você.

- Isso foi meloso pra caralho.

- Espera aí, você está consciente?

- Porque eu não estaria?-me virei a ele e dei de cara com o seu rosto

- Por que você está com sono.

- Para de besteira e dorme David.

- Não antes de te dar um um abraço.- ele me abraçou de um jeito muito forte e ficou rolando comigo para um lado e para o outro.

- Tá bom, chega. Eu estou com sono, e amanhã temos aula, esqueceu?

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NOTAS DO AUTOR

esses dois são tão lindinhos AAA.

desculpem qualquer erro de português.

AMO VOCÊS 💜💋

the love of vampiresOnde histórias criam vida. Descubra agora