8- Loucura

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--- Peter, você pode ir para seu quarto? Eu tenho algo para esclarecer para meu amigo aqui. --- Tony declara ao garoto.

Peter confirma com a cabeça. Ele detestou a maneira como isso o fez sentir como se fosse uma criança de 8 anos. Mas ele também não podia negar a sugestão e ariscar parecer rebelde. A contra gosto o garoto se afasta e vai em direção ao corredor onde ficava seu quarto, mas antes de ir parar lá ele teve uma ideia. Ele tinha super audição e poderia se grudar nas paredes, ele poderia muito bem escutar toda a conversa. Tudo bem que isso não era muito educado, mas eles iriam falar sobre ele de qualquer forma. Ele merecia saber o que iriam falar dele.

O garoto se gruda no teto se locomove até se aproximar mais do sala e poder escutar a conversa com mais clareza. Peter tentava se convencer de que o que ele estava fazendo não era errado, ou pelo menos não tão errado assim.

--- Desembucha, Tony. De onde saiu esse garoto que eu nunca vi na vida? --- A voz do coronel ecoa nos ouvidos de Peter.

--- É uma longa historia, mas para não tomar muito do seu tempo. Eu resolvi adotar uma criança a alguns dias. Então eu fui até um orfanato e agora estou no periodo de adaptação para oficializar a adoção do Peter mais para frente. 

--- Você está planejando adotar um adolescente?! Isso é loucura, Tony! 

Peter sente um certo incomodo ao escutar isso. Apesar de Happy ter dito o mesmo.

--- É, você tá certo, isso foi uma loucura, uma completa loucura, talvez uma das maiores que eu já fiz. --- Tony fala com um leve sorriso.

Mas Peter não podia ver esse sorriso, só escutar aquelas palavras que pareciam ter perfurado seu jovem coração. O garoto sentiu vontade de voltar para seu quarto e parar de escutar tudo aquilo. Mas por alguma razão ele decidiu permanecer ali.

--- Mas parece que foi uma das melhores loucuras que eu já fiz. --- Tony fala sorrindo. As palavras surpreendem Peter. --- Lembra quando eu cancelei a produção de armas na empresa? Todos disseram que eu estava louco, como pode uma empresa de armas não produzir armas? Sim, era loucura, mas era a loucura mais certa que eu já fiz. E nesse momento não parece ser muito diferente. É louco pensar que eu, Tony Stark, estou no processo de adoção de um adolescente de 15 anos, mas isso me parece cada vez mais certo. Você tem que ve-lo, Rhodes, ele é brilhante e super inteligente. Ele se parece tanto comigo que mesmo se fosse meu filho biológico não se pareceria tanto. Mas ele se parece só com o lado bom, entende? Ele é super inteligente, um verdadeiro gênio, mas é gentil, responsável e um bom garoto. Parece até que ele nasceu para ser meu filho. E eu acho difícil eu desistir dessa loucura toda.

Peter se via com os olhos marejados depois de escutar tudo aquilo. Tony Stark estava realmente decidido em o adotar, isso parecia tão reconfortante. Mas o garoto detestava que ainda existisse uma parte da sua mente que dizia que tudo pode mudar se ele cometer algum deslize.

Rhodes olhava surpreso para o amigo. O coronel não era tão acostumado a ver seu amigo falar daquele jeito, com seriedade no olhar, mas com um sorriso no rosto. Ele nunca viu Tony tão firme sobre uma decisão como naquele momento. Seria mesmo verdade que seu amigo tinha mudado daquela maneira com a chegada da paternidade? Para falar a verdade, ele esperava que sim, já tinha passado da hora de seu amigo ganhar algum tipo de juízo.

--- Ok, você parece muito firme nessa decisão. Mas lhe desejo sorte, nunca cuidei de um adolescente, mas acho que pode ser complicado. 

--- Até o momento, está mais fácil do que eu pensava, Peter é um ótimo garoto. --- Tony sorri quase que com orgulho, o que deixa Rhodes aliviado.

--- Bem, eu queria conversar outra coisa com você. Antes de vir eu descobri que você conseguiu desfazer os acordos de sokovia.

--- Sim, agora todos podemos agir com mais liberdade e sem grandes restrições. Mas se for algo grande ou que pareça ser destrutivo, os vingadores tem que comunicar ao governo que ele vai mandar auxilio para que possamos cuidar da segurança das pessoas.

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