Capítulo 2

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[JEON JUNGKOOK]

— Bom dia, Sr. Jeon.

— Bom dia, Tzuyu. Como ela está essa semana?

— Um pouco para baixo e não dormiu muito bem, mas suas visitas às terças-feiras sempre parecem animá-la. Ela está lá em cima e pronta para te receber. Acho que está na sala principal.

Junghyun parou de varrer a sala quando me aproximei.

— Hyun vai ficar desapontado.

— E essa merda não tem nada a ver com ele não conseguir a bola do jogo esta semana.

Ele riu e estendeu a mão.

— Você estava uma merda lá ontem.

— Você não pode apenas varrer essas porcarias? — eu disse, sorrindo. — Eu deveria falar com o administrador sobre chutar sua bunda velha para fora daqui. Parece que o lugar é limpo por um homem cego. E eu atirei por 228 jardas... isso não parece merda. Isso sou eu sendo espetacular pra caralho.

— Dahyun vai lavar a sua boca com sabão se te ouvir usando essa linguagem.

Ele não estava brincando. Ela pode ter 80 anos de idade, mas a senhorinha ainda me assustava. Quando Luhan e eu começamos a namorar, eu sabia que era Dahyun quem iria cortar minhas bolas fora se eu machucasse seu neto, e não o avô de costas largas.

Passei mais um minuto trocando insultos com Junghyun antes de ir para a sala de estar para ver Dahyun. Eu não tive que procurar muito tempo. Havia apenas algumas pessoas na sala e a velha louca era a única usando um vestido de noite.

— Encontro quente hoje à noite, Dahyun? — ela estava sentada em sua cadeira de rodas. Inclinei-me e beijei sua testa. Levou um minuto, mas depois seus olhos sorriram, e eu sabia que a visita de hoje seria melhor do que a da última semana.

— Nossa, você está bonito.

— Eu sempre estou bonito. — Me virei para um canto da sala e posicionei sua cadeira à minha frente antes de me sentar no sofá.

— Você não deveria estar vestindo um smoking?

Ah, isso explica o vestido de noite. Como de costume, eu a acompanhei.

— Tive que treinar esta manhã. Vou me trocar daqui a pouco.

Ela assentiu.

— Diga a meu neto para usar uma blusa azul. Sempre cai bem nele.

— Eu vou me certificar de que ele vista azul.

Dahyun ficou em silêncio por alguns minutos, e vi sua expressão, sabendo que ela estava indo para outro lugar. Eu só não sabia onde iríamos parar.

— Eu acho que alguém roubou os meus dentes.

Minhas sobrancelhas se ergueram.

— Seus dentes estão em sua boca, Dahyun.

Lentamente, sua mão trêmula se estendeu e encontrou a dentadura branca perolada.

— Droga. Eu estive procurando-os por toda parte para nada.

Minha visita continuou no mínimo por mais uma hora, indo e voltando entre os tópicos, alguns com cerca de trinta anos e alguns atuais. Eu tinha que estar no estádio em duas horas para ver a reprodução do jogo. Não querendo uma multa de dois mil dólares por estar atrasado para uma reunião obrigatória, me levantei para me despedir.

— Você quer que eu te traga algo quando eu voltar?

— O Heidelman fica entre a rua 34 e a Amsterdam. Eu quero o sanduíche Reuben.

— Eu vou te trazer um quando voltar na próxima semana.

Me inclinei e beijei sua testa, sem lhe dizer que o Heidelman fechou há quinze anos.

— E não deixe que o velho Heidelman faça o sanduíche. Aquele velho é muito burro.

Eu ri.

— Entendi. Sem velho Heidelman.

— Dê um beijo no Luge por mim.

— Vou dar, e você não se esqueça de dizer ao Junghyun que seu quarto precisa de uma limpeza melhor, ok?

— Precisa? Ok.

Dahyun queria ficar na sala de visitas, mas eu fui ao seu quarto vazio no meu caminho para verificar as coisas. Como de costume, estava impecável. Inferno, você poderia comer no chão dada a forma como ele mantinha o lugar. Mas eu gostava de fazer Dahyun implicar com ele.

No meu caminho para a saída, o velho bastardo estava lavando as portas de vidro da frente. Eu esfreguei intencionalmente meus cinco dedos lá de ponta a ponta para deixar uma marca de mão na porta impecável.

— Você esqueceu uma mancha.

— Babaca.

— Com orgulho.

— Na próxima semana, eu quero duas bolas.

— As suas murcharam e caíram ou algo assim?

— Vá se ferrar.

— Até mais tarde, Junghyun.

O jogador; taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora