Until the last breath

chapter one

A luz do sol passa pela janela de vidro anunciando que um novo dia está começando, ainda sonolenta juntei forças pra me levantar e abrir a cortina sentindo a brisa fresca da manhã no meu rosto.

Meu momento tranquilo foi interrompido por uma mensagem que recebi, era minha melhor amiga me perguntando quando poderia me buscar no aeroporto, droga, eu tinha me esquecido brevemente que hoje eu me mudo, tá eu sei que eu não deveria me esquecer de algo tão importante, mas aconteceu tanta coisa desde... deixa pra lá, coisas assim não precisam ser lembradas.

Apressada me arrumei o mais rápido possível, tomo o meu café como se fosse o último, arrumo as coisas que faltam e pronto, ja está na hora de me despedir, na saída olho pro meu pequeno apartamento e me despeço, achei que me sentiria mal por não sentir nem um pouco de tristeza ao sair, mas depois de tudo que eu passei aqui isso era muito óbvio, minhas malas estavam exageradamente pesadas, as vezes eu mesma me perguntei se haviam tijolos ali.

O meu táxi chegou e fomos até o aeroporto, eu estava super atrasada e cheguei 10 min antes do voo, que sorte! De Pittsburgh até Paris eram 3.886 km, ou seja, eu teria pela  frente longas 9 horas de viagem.

Entrei no avião ja ansiosa pensando no que estaria por vir daqui pra frente, depois de tudo o que aconteceu eu mereço ser feliz longe de tudo e de todos que me fizeram mal.

O voo foi tranquilo, dormi durante quase toda a viagem e, finalmente posso dizer que estou oficialmente em Paris! Eu não conseguia conter a euforia que eu estava sentindo. Finalmente avisto minha melhor amiga.

- Hayleee - Chamo por ela acenando ansiosa.

- Sofia eu senti tanto a sua falta, vem cá - Ela me abraça como se eu fosse fugir.

- Eu mal posso esperar pra conhece Paris, visitar lugares e conhecer seu apartamento - falo eufórica

- Nosso apartamento amiga, já deve ter esquecido que vai morar aqui agora -  ela ri

- Haha muito engraçado, eu sei que as vezes minha memória não funciona bem, mas é raro.

- Ok, ok, bom vamos indo, tenho tanta coisa pra ta mostrar.

E assim seguimos para o apartamento de Hayle que agora era meu também.

Hayle e eu somos amigas há 10 anos, sempre podiamos contar uma com a outra, saíamos todos os dias, sempre iamos aos bailes juntas até por que nunca tinhamos companhia, até o dia que terminamos o ensino médio e ela veio à Paris para a faculdade. Pra ela era mais fácil pois seus pais são ricos, e assim ela teve melhor oportunidade de fazer a faculdade dos sonhos.

Quando chegamos ao bairro onde ela
morava eu ia me impressionando com cada detalhe, afinal eu estava em Paris e não queria perder nem mesmo os mínimos detalhes.

- Chegamos - ela diz empolgada - vamos  subir, depois alguém busca suas malas.

A recepção era um luxo, obviamente me impressionei, subimos com o elevador até o apartamento, e quando ela abriu aquela porta eu pude ver que era enorme, tinha uma vista linda de Paris, já que estávamos na cobertura. Aquele lugar tinha um ar de paz, coisa que eu não sentia no meu apartamento apertado, só o banheiro daquela cobertura era do tamanho do meu antigo apartamento.

Fique tão impressionada com tudo aquilo que desviei a atenção de todos ao meu redor e não vi que havia mais alguém lá, e era alguém familiar, alguém que mal sabia eu que faria parte da minha vida até o meu último dia.

-Terra chamando Sofi - ela diz rindo do meu deslumbro.

- Eu tinha me equecido de mencionar que meu irmão está morando comigo, Nathaniel se lembra dele?

- C-claro que sim - e como eu poderia esquecer, Nathaniel era meu "crush" do ensino médio, mas ele nunca me deu atenção pois eu era apenas a melhor amiga da irmã dele, e nossa como ele era lindo, mas agora so "lindo" não definia o ser que encontrara na minha frente, aqueles braços fortes, seu cabelo castanho escuro, uau, de repente me sobe um calor e eu fico corada, mas tento disfarçar imediatamente

- Olá senhorita Sofia, quanto tempo não é mesmo?

- Sim sim, você ja está até mais crescido - Ao mesmo tempo que eu dou uma risada irônica eu penso “Sofia sua burra, que mico”.

- E você continua chata ao que parece - ele diz todo engraçadinho.

Acho que vou aproveitar essa nova vida muito melhor do que eu esperava.