Domingo, 22 de setembro (anunciação)
Era final de um tedioso domingo, o Sol já ia se pondo, dando espaço a chegada da noite, com sua belíssima Lua cheia e suas brilhantes estrelas, trazia consigo a calmaria e a paz de mais um dia vencido. Não sei vocês, mas pra mim, a noite é a melhor parte do dia.
Sete e meia da noite foi o horário em que a anunciação da minha destruição foi feita (no grupo da minha escola), e nela estava escrito "Haverá um grande show de talentos na nossa escola, espero que todos possam participar, já que, é obrigatório e vai valer pontos para todas as matérias, principalmente Artes!" E agora? Eu estava desesperada, pois eu não conseguia achar talentos atribuídos a mim, na verdade, os meus únicos talentos eram comer, ler e dormir, isso eu faço muito bem e ninguém pode negar.
Fui dormir quase quatro da manhã, ansiosa e preocupada para saber o que vem a seguir, eu já estava acreditando que perderia bons pontos em todas as matérias, principalmente Artes. Agora,
tenho só que esperar o próximo dia para distrair minha mente com os assuntos escolares, visto que, o outro dia já seria segunda e eu teria que voltar para o inferno, que os outros chamam de escola.
Segunda-feira, 23 de setembro (Lembranças)
5:30 da manhã, meu despertador desperta, abro um dos meus olhos, percebendo que já era dia, quase ia fechando-o, mas decidi pular da cama e me espreguiçar, se não, eu perderia a aula de hoje. Desligo meu despertador, e vou direto para o banheiro, opto por um banho quente demorado, a água morna descia pelo meu corpo me despertando, enquanto vários pensamentos invadiam minha mente, lágrimas caem por minhas bochechas, agora a água quente dos meus olhos se misturava com o quente da água do meu chuveiro.
As horas estavam correndo, num instante, já eram 5:50 da manhã, desligo o chuveiro, colocando uma toalha em volta do meu corpo, escovo meus dentes, a essa hora as lágrimas já tinham cessado, depois de meus dentes devidamente limpos, dou uma rápida olhada no espelho, arrumando meus cachos em dois pompons. Chegando em meu quarto, acabo de me arrumar, colocando meu uniforme e um pouco de gloss labial, calço meu tênis All Star preto, ele estava um pouco desgastado, mas não troco ele por nada.
Desço as escadas, indo direto para cozinha, encontro minha mãe já em pé, preparando o cuscuz e o café.
— Bom dia, mainha! – digo logo abraçando ela por trás – O cheirinho está ótimo!
—Você está muito animada, para um começo de semana – ela se vira para mim, e me olha de cima a baixo, me decifrando todinha – Você estava chorando novamente no banho não é, Carol? Irei te levar em um psicólogo!
— Não precisa se preocupar não mãe, eu estou bem – dou um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, em uma tentativa de tranquilizar a mais velha.
— Ok, confio em você, minha pequena – ela diz acariciando minhas costas, como se fosse uma tentativa de me reconfortar.
Desfaço o abraço, indo pegar minha mochila, para seguir meu caminho rumo a escola. Quando estou na porta, ouço minha mãe gritar:
— Não vai tomar café não?
—Não, na escola eu como algo- grito de volta.
Chego na escola, faltando vinte minutos para a aula começar, pego meu fone, logo o plugando em meu celular, colocando na playlist "Músicas para sair desse inferno". Sinto a melodia da primeira música, acalmar meus batimentos cardíacos e me preparar para um longo dia. Vou em direção a sala da diretora, tenho que tentar negociar com ela algum trabalho no lugar do
show de talentos, já que, eu não pretendo participar desse grande evento "grande merda, isso sim", solto um pequeno riso com esse pensamento. Depois de alguns passos apressados, me encontro em frente a sala da pessoa que farei minha primeira negociação de vida ou morte, dou três batidinhas na grande porta de madeira, em seguida ouvindo a nossa ilustre diretora dizer:
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Amor em uma dança
RomanceMinha mente está quebrada, meu coração despedaçado, ainda choro, esperando sua volta. Mas um novo ser a minha vida invade, e, com ele, novos desastres, novas aventuras e uma importante pergunta inunda minha mente: "Porque eu fui aceitar da...