𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐 • Para destronar a Rainha

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VIPERINE mau humorada era algo com que Mandragora já estava acostumada a lidar há anos

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VIPERINE mau humorada era algo com que Mandragora já estava acostumada a lidar há anos. As birras da medusa era terríveis, variando de empregados temporariamente petrificados ate copos de vidro sendo jogados contra as paredes velhas e mal pintadas da residência.

            Mandragora esperava que Viperine tivesse aprendido a lição desde sua ultima birra que acarretara em um corte profundo em seu antebraço devido a cacos de vidro que voaram pela sala de jantar. Infelizmente, o incidente não fora o bastante.

            Quando Mandragora abriu a porta do quarto, no instante seguinte em que a Rainha Luna e a sua Guarda Real foram embora, Viperine já havia arrancado a cabeça de sete bichos de pelúcia. Bom, não fazia diferença, de qualquer forma. Ela já estava grande demais para aquele tipo de coisa, mas la no fundo ela sabia que era bom ainda ter preservado uma das únicas partes felizes de seu nascimento.

            — Ela já foi embora? — perguntou Viperine, lágrimas de ódio beirando cair de seus olhos. — Eu a odeio. Queria que ela morresse.

            — Você não e a única — disse Mandragora, sentando-se na beirada da cama coberta por colchas gastas e pesadas. — Fique feliz que ela não vá voltar por mais algumas semanas.

            — Ela poderia nunca mais voltar — bufou.

            Mandragora estalou o pescoço.

            — Um dia, Viperine, você mesma será capaz de matá-la, se e o que seja — a assegurou, maligna. — Não acredito que vou concordar com aquela vadia, mas você precisa de treinamento de combate, e isso eu não posso te ensinar.

            — Sei me defender sozinha — resmungou, abraçando um travesseiro de plumas. — Não preciso que um especialista de ensine a manusear uma espada se posso muito bem petrificar o atacante e quebra-lo em pedaços de rocha.

            — Nem sempre poderá depender de seus poderes — disse a governanta, repudiando as próprias palavras. — Espero que nunca seja obrigada a colocá-los, mas existem algemas com runas que bloqueiam os poderes das fadas.

            — Não sou uma fada — gritou Viperine, com fúria. — Sou uma medusa, e medusas não precisam de príncipes com espadas e escudos para defendê-las.

           Fada. Mandragora nunca entendeu o porque de Viperine odiar aquela palavra. Ela tinha algumas teorias em mente, como o fato de Viperine ser odiada por Luna justamente por não ser da mesma espécie. Ou, talvez, Viperine apenas acreditasse nos contos de fadas que diziam que fadas eram criaturinhas delicadas que conversavam com animais e cuidavam para que gotas de orvalho estivessem nas folhas das árvores para os insetos beberem.

            Pensando por esse lado, Mandragora entendia o ódio de Viperine.

            — Use esse seu pequeno cérebro de psicopata e veja o que esta por trás desses treinamentos — mandou, cutucando a testa dela com a unha longa e afiada. Viperine soltou um pequeno resmungo de dor. — Você e uma assassina de nascença, você mata e não precisa se defender de contra ataques. Você e uma cobra, e mais rápida que seu atacante.

            — Isso só prova que não preciso de treinamento — repetiu, emburrada.

            — Precisa aprender a como manipular as pessoas — revelou. — Homens, principalmente. Eles são criaturas com ego frágeis, Viperine, e daqui alguns anos vai aprender a usar o que a Mãe Natureza te deu em seu favor.

            — Não sou uma prostituta.

            As unhas afiadas de Mandragora beliscaram a pele pálida do braço de Viperine que urrou com a dor, pulando para longe da cama.

            — Você lá tem idade para saber o que uma prostituta? — brigou com ela, sem acreditar no que escutou.

            — Eu ouço as conversas dos empregados, Mandragora, sei de muito mais do que você pode perceber.

            Mandragora se levantou da cama com certo ódio latente em seus pés, louca para sair do quarto de Viperine e se trancar em seu escritório ate amanha. Ela caminhou em direção à porta do quarto, a mão na maçaneta.

            — Se sabe tanto assim das coisas, pirralha, então comece a pensar sobre o verdadeiro motivo por trás de estar em Obsidian.

            — Sou uma ameaça para a Rainha desde que nasci — alegou ela, cruzando os braços.

            — E sabe o que ser uma ameaça quer dizer?

            Envergonhada, Viperine balançou a cabeça negando.

            — Significa que você tem poder em cima dela — respondeu Mandragora. — Quer destroná-la? Então aprenda como afia-lo como um lamina e treine. Você só terá uma chance para golpeá-la, Viperine.


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17.06.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Obrigada pelos comentários e votos no capítulo anterior! O de hoje foi um pouco mais curtinho que o normal, mas vocês já sabem que principalmente nos meus capítulos iniciais eles são assim.

Estão gostando de ver um pouco mais as origens da Viperine? Neste spin-off eu quero que vocês descubram todo o passado dela e pelo o que ela já passou. Um último aviso hoje: ainda não temos uma data fixa para atualizar as obras, mas estaremos vendo isso provavelmente quando conseguirmos deixar um número maior de capítulos escritos.

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2022 ⏰

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