3

161 7 0
                                    

Tata

tava andando pelo beco morrendo de medo apesar de ser de dia, nunca se sabe o que vai se encontrar né

resolvi ir comprar um caldo de cana pra mim pra matar esse calor do Rio de Janeiro

senti alguém puxar minha cintura e eu logo me virei pra dar um tapa mas a pessoa segurou meu braço

quando eu vi quem era fechei mais ainda minha cara revirando os olhos

Coringa- ainda vou te fazer revirar os olhos na minha cama - falou na maior cara de pau ainda me segurando

Tata- pelo amor de Deus Coringa, o que você quer meu? que susto - tentei me soltar e ele me apertou mais me encostando na parede - me solta

Coringa- o que você tá fazendo sozinha aqui em? - filho da puta se aproximou falando no meu ouvido me fazendo suspirar

Tata- eu tava indo comprar caldo de cana mas você me parou, me solta por favor, Coringa - falei manhosa e ele cheirou meu pescoço me fazendo fechar os olhos e eu senti ele sorrindo

ele beijou o meu pescoço me soltando e eu soltei o ar que nem sabia que tava segurando

Coringa- vou contigo, aonde é?

falou como ce nada tivesse acontecido, que ódio

Tata- ali na outra rua

fomos andando até o carrinho de caldo de cana, pedi um pra mim, Coringa pediu outro pra ele que acabou pagando também

voltamos pra praça e dessa vez ele sentou do meu lado no banco ainda em silêncio

Cabelinho sumiu, nem sei aonde ele se meteu, na hora que tem que ficar ele não fica

contei pra ele sobre o que aconteceu ontem com o TZ e ele só riu falando que eu sou foda

brinca demais

Tata- o que você foi fazer atrás de mim em? - perguntei já me incomodando com o silêncio e ele sorriu de lado - tava me encarando aí foi atrás de mim me agarrar no beco

Coringa- e você gostou né? - falou olhando nos meus olhos e desviando pra minha boca, virei a cara e ele riu

que ódio desse homem

Tata- você não respondeu minha pergunta

Coringa- na real eu nem sei o porque, te vi indo pra lá e quis ir - me encarou - por que? quer me dar um beijo?

Tata- não tem nada a ver uma coisa com a outra, para de ser assim

Coringa- assim como, pô?

Tata- assim, me agarra no beco, fala que quer me beijar e some

Coringa- mas eu tô aqui carai, não sumi não

Tata- não sumiu... ainda - falei bebendo meu caldo de cana e ele respirou fundo

Coringa- qual foi, Thaina?

Tata- a não Kevin, não vou nem continuar essa conversa - ia me levantar mas ele segurou meu braço me fazendo sentar de novo - sério, cara?

Coringa- vamo conversar Tata

Tata- conversar sobre o que cara? nós nem vamos nos falar mais amanhã mesmo - ri sem humor e ele continuou sério

Coringa- sobre qualquer coisa caralho, tô numa boa e quero conversar contigo, mas sem brigar

Tata- quer conversar? então vamos - me virei pra ele - por que você sumiu?

Coringa- não quero falar sobre isso Thaina, esse assunto não

Tata- por que isso te incomoda né? mas quando me incomoda não tem problema, você ter feito aquilo no beco me incomodou e aí?

Coringa- é foda conversar contigo viu, você é mor chatona

Tata- sou nada - falei segurando pra não rir da cara que ele fez mas ele percebeu e riu me fazendo rir também

foda que esse homem não consegue me deixar brava por muito tempo

Coringa- mas então carai, como você tá?

Tata- to bem, como vai o Santos? falando nisso, sacanagem tu morar no Rio e torcer pra time de SP - falei rindo

Coringa- acontece pô, meu peixe ta voando - respondeu rindo também - e você também né, torce pro Corinthians e é do Rio

Tata- eu não sou do Rio, sou de SP, só moro aqui

fiquei conversando com ele por mais um tempo e depois por algum motivo ele se ofereceu pra me levar em casa

aceitei, óbvio

nos despedimos e eu entrei em casa me jogando no sofá e assistindo minha série favorita

depois de um tempo fui tomar banho e me preparar pra dormir

amanhã é sexta-feira e tem baile que vai pocar pra caralho

único foda é que trabalho até as 19:00 e tenho pouco tempo pra me arrumar

———————————————————

nossa história Onde histórias criam vida. Descubra agora