Eu estava presa, presa em um túnel, aquele no qual o farol brilhante de seus olhos iluminava-o , me possibilitando de chegar ao final, de chegar até você.
Me aventurei com você, por diversos lugares, eu nunca tive freios quando se tratava do seu calor. Mas você colocava vendas em meus olhos, me cegando de qualquer destino que nossas rotas tomariam.
Nós acelerávamos para longe das luzes das cidades e nos perdíamos nas curvas um do outro. Você sempre foi meu combustível e sempre me trazia de volta a realidade quando eu me perdia nas neblinas do meu coração.
Entrei no banco do seu passageiro, esperando que me levasse a um lugar dentro do seu coração. Mas por algum motivo, sempre me pedia pra descer quando via outro passageiro.
O teu rádio, sempre cantava músicas sobre términos e desamores, as estrelas que eu via pela janela desenhavam adeuses, e cada placa me dizia que estávamos cada vez mais perto do trevo em que os pronomes tomariam rumos distintos. Seria eu e você, e não mais nos.
Eu pedi pra descer no acostamento, não queria ver a dor que sua partida deixaria em meu motor. Tentei apagar sua placa de minha mente, para evitar que em momentos de solidão voltasse a te chamar.
Porque a gente foi um acidente de carro, amor.
E foi na curva do teu sorriso, que o meu coração deu perda total.
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Poemas - a chave do meu coração.
PoetryA chave para o meu coração se encontra em pequenas linhas, guardadas em um pedaço de papel...
