009, sillut

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HARDEL, sillut

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HARDEL, sillut

Intercalava o meu olhar entre Hacker e a delegada, que estava anotando algo em um papel.

Vinnie tentava explicar para a mulher que não roubou o moletom, mas ela não acreditava em nenhuma palavra que ele contava.

Escorreguei meu corpo no estofado confortável que estava na sala e soltei um suspiro, fazendo com que a mulher e o garoto me encarasse.

— E você? — A delegada me olhou. — Ele roubou e você era cúmplice, não pense que você vai sair impune dessa, mocinha.

Arregalei meu olhos e me levantei rapidamente. O medo era visível em mim, não conseguia disfarçar.

Eu não podia ficar presa.

— Mas moça, eu não ajudei em nada. — Falei desesperada, sentindo lágrimas se formarem em meus olhos. — Eu nem conheço ele.

— Como não conhece? A dona da loja deixou bem claro que vocês estavam juntos.

— É mentira! Não acredita nela. — Foi nesse momento que eu comecei a chorar.

Levei as mãos em meu rosto e neguei com a cabeça.

O choro foi intensificando até que eu comecei a soluçar. Vinnie estava calmo com as algemas no braço, mas o olhar dele estava de preocupado.

— Sinto muito, mas é a sua palavra contra a dona da loja. — A mulher morena falou, com o olhar de pena.

Me virei para Hacker e dei um chute na canela no garoto.

— Viu o que você fez? — Gritei, secando as lágrimas com a manga da blusa. — O que meus pais vão pensar de mim?

Todos os meus pensamentos foram interrompido com uma gritaria. Até que a porta foi aberta brutalmente.

Naomi, Chase, Jett, Powell, Charli e Huxhold entraram na sala da delegada, e um grupo de policiais vieram logo atrás.

— Minha bebê. — Naomi gritou ao me ver. Ela rapidamente me abraçou apertado, quase me sufocando.

— Eu não tenho palavras pra explicar o quanto eu odeio você, seu desgraçado. — Charli falou para Vinnie, e deu um tapa na cabeça do garoto.

Chase teve que segurar a garota, antes que a situação ficasse pior.

— Quero que todos dêem o fora da sala, antes que eu prenda todo mundo. — Foi a vez de um policial branco e careca gritar.

— Ah, cala boca. — Naomi se afastou de mim e mostrou o dedo do meio pro policial.

— Mulher, meu Deus do céu. — Powell reprendeu a garota.

— Isso é desacato a autoridade. — O policial falou ofendido e irritado, se preparando pra tirar as algemas da cintura.

— E eu com isso? — Ela retrucou, se virando para delegada. — A gente veio pagar a fiança, tia.

Espera, que?

Agora tudo fazia sentido, já que a delegada estava segurando o riso e não deixou o outro prender a Naomi.

Tinha ficado até despreocupada, ao saber disso.

— Essa vai ser a única vez que eu passo pano pra você, querida. — A delegada respondeu, apoiando o braço na mesa. — Pode ir, Carlos.

Ela liberou o policial, que saiu batendo a porta da sala.

— Você não precisa mais pagar a fiança, Vincent. — A tia da Naomi falou.

— Se depender de mim ele vai apodrecer aqui. — Naomi falou, lançando um olhar nada bom pro loiro. — Se fosse um cara negro, nem a fiança ia ter direito de pagar. Eu vou embora! Pode cobrar a fiança, tia.

Os meninos estavam segurando a risada, diferente de Hacker, que estava chateado com a atitude de Naomi.

— Por que a Sillut vai sair impune e eu não? — O garoto perguntou.

— Aqui vivemos em uma monarquia onde Sillut é a rainha. Sillut fala e nós escutamos. Sillut pede e nós obedecemos. — Charli falou, fazendo com que os outros garotos concordassem.

Naomi colocou a mão em meus ouvidos, fazendo com que eu ficasse sem entender nada. Até que eu prestei atenção na boca da garota.

Maldita hora em que eu fiz leitura labial. Ela soltou vários palavrões na delegacia.

Depois de mais ou menos um minuto, ela tirou as mãos do meu ouvido e beijou minha testa.

— Vamos, bebê. A gente vai te levar pra casa. — Charli e Naomi me puxaram para fora da sala, deixando os garotos lá.

Quando estávamos caminhando para saída, escutamos Powell gritar. — Meu Deus, eu esqueci que a Naomi bateu meu carro!

 — Meu Deus, eu esqueci que a Naomi bateu meu carro!

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naomi trabalhando com lacres amo

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