Hello babies. Nova adaptação pro nosso mundinho em crise. Espero muito que gostem e boa leitura.
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Naquela tarde tão comum como as outras o sol já dava seus indícios de que em breve iria dar lugar a uma linda e fresca noite para aquele pequeno vilarejo que, apesar de singelo e rudimentar, trazia a tranquilidade para a garota que se encontrava pelas ruas daquele povoado caminhando em seu cavalo favorito. Se chamava Sarah, que com apenas vinte e dois anos já mantinha o peso de toda uma cidade nas costas. Seus lindos olhos verdes davam um contraste para sua pele extremamente clara e seus cabelos loiros.
O fim de tarde amarelado agradava a garota de um jeito enigmático, eram sentimentos bons demais para se conseguir traduzir em palavras. Ela gostava da paz que o lugar proporciona; da calmaria, porque sempre que ela voltava pra cidade era um inferno total, um completo caos.
A escassez da tranquilidade fazia qualquer momento pleno virar poesia.
Por ser a líder de Amster City e por viver em constantes guerras eram raros os momentos em que ela conseguia caminhar livremente sem ninguém aparecendo de repente informando algum novo problema.
Se permitiu descansar sobre a sombra da árvore que sempre costumava ficar. Seus olhos analisavam meticulosamente toda a extensão do lugar desde que chegou por aquelas terras, várias barracas se encontravam por ali, algumas vendiam frutas, outras verduras, também tinham aquelas que vendiam utensílios para casa; haviam alguns que faziam o serviço de ferreiro, sapateiros, entre outros. A simplicidade do lugar não tirava sua beleza, a grama bem aparada e com uma tonalidade verde de se dar inveja, as ruas de terra, o barulho dos pássaros dando seus respectivos 'boa noite' uns para os outros… tudo ajudava a dar graça e deixar a vista ainda mais agradável de se admirar aos olhos de Sarah. Um sorriso tímido brotou em seus lábios quando encontrou quem procurava.
Uma moça simples, trajada com um vestido branco e longo que dava poder à sua silhueta e avantajava seu belo traseiro, fazendo Sarah suspirar bobamente. Tal vestimenta deixava seus braços expostos e destacava o leve ondulado de seus cabelos negros. Seu sorriso era o que mais chamava a atenção da moça sentada sobre o cavalo, porém seus olhos, com um castanho diferenciado, não deixavam a desejar.
Sarah ia àquele povoado todos os dias, durante os últimos seis meses, apenas por ela. Costumava associar a garota à paz que sentia ao estar ali. Sempre dizia a si mesma que, mesmo sem conhecê-la, ela era sua calmaria após uma forte ventania.
A alegria que irradiava em suas feições era inebriante para Sarah. A mulher de olhos claros não entendia como alguém podia sorrir tanto de uma forma tão natural e espontânea.
Naquele mesmo horário, todos os dias, a moça sempre passava por alí, ficava uns minutos conversando com uma mulher que trabalhava em uma das barracas onde era possível encontrar verduras – que Sarah julgava ser sua mãe devido à quantidade de sermões que já reparou ao longo de todos esses meses que a mulher já havia aplicado na garota. – e após um tempo, saia saltitante para algum lugar, cujo qual Sarah desconhecia, pois não se atrevia a virar uma perseguidora da garota. O brilho nos olhos da simples moça fazia Sarah supor que a garota ia para algum lugar que era de seu total agrado.
Jamais se atreveu a se apresentar, porque estava bem ciente de que a garota jamais lhe daria atenção; tinha noção de que gostar de alguém do mesmo sexo não era algo considerado normal por aquelas redondezas, mas nem por isso abria a mão do privilégio de poder, ao menos, vê-la.
– Sabia que te encontraria aqui. – a voz tão conhecida pela loira a fez dar um último suspiro de paz antes de se virar e encarar sua amiga.
– O que houve? – Ela perguntou, se abaixando um pouco e alisando as costas de seu cavalo.
– Temos uma festa pra ir e você já sabia disso. – A outra garota informou em um tom repreensivo e acusador. Também montava um cavalo, mas diferente do de Sarah, seu cavalo não era branco. Logo deixou um suspiro sair. – Você já está bem grandinha pra eu precisar ficar tendo que avisar dos seus compromissos, Sarah.
– Não pedi pra me avisar sobre nada, Thaís.
– Mas, infelizmente, esse é o meu trabalho. Não pense que eu faço isso por ser uma amiga chata ou algo assim. – A mulher falou. Thaís, apesar de seus apenas vinte e um anos, era dona de belas curvas, cabelos lisos em tonalidade escura e era o braço direito de Sarah. Usava uma calça pescador branca, extremamente colada em seu corpo e um terninho azul, com abotoaduras douradas e um pequeno emblema no canto superior esquerdo, exatamente igual ao de Sarah, com um único diferencial de que o da mais velha tinha um emblema um pouco maior. Ambas usavam camisa branca por baixo do terno, deixando levemente o branco à mostra.
Sarah deixou um último olhar para a garota, que agora desaparecia em meio ao povoado, antes de apenas assentir e puxar as rédeas do cavalo, fazendo o mesmo começar a correr. Thaís a seguiu sem dizer mais nada durante o trajeto.
Assim que se aproximavam da cidade elas já podiam notar os enormes Zapelim's sobrevoando o lugar. Zaeplim era como era chamado toda barca que mantinha diversos balões sobre si, ou seja, enormes tochas de fogo aqueciam o ar dos balões acima do zapelim, fazendo o mesmo flutuar. Com o passar do tempo foram incrementando uma forma de fazer tal meio de transporte ser mais rápido e conseguir manobrar, mudaram os balões por enormes câmaras de ar quente e, depois de muito trabalho, conseguiram. Os mesmos eram muito usados em guerras. Sabiam que por serem fáceis de serem destruídos não durariam muito, então eles funcionavam mais com espiões quando qualquer tropa inimiga se aproximava, quem estava lá em cima já informava a cidade da aproximação do perigo. Também eram usados no ataque. Quando os inimigos estavam perto, os canhões – que já ficavam posicionados na proa dos veleiros voadores – lançavam tochas de fogo e bombas em direção aos inimigos.
Assim que chegaram em sua cidade cruzaram a ponte, que passava por cima de um rio com águas límpidas, antes de alcançarem os portões, que foram abertos rapidamente. Ao adentrar o lugar Sarah assumiu a postura séria e carrancuda e assim que chegou em sua casa, o que demorou longos minutos já que ela vivia bem no centro da cidade, justamente com a intenção de não ser facilmente atingida, pois era alvo principal de ataques por ser a comandante, autoridade de maior poder por ali, desceu do seu cavalo sem nem sequer reparar em quem tratou de pagá-lo, indo em direção ao seu quarto sem dizer nada a ninguém.
– Por que está tão irritada? – Thaís, que ainda a seguia, se pronunciou finalmente assim que chegaram em sua suíte. Sarah suspirou e passou a mão entre seus cabelos, tratando de ajeitá-los.
– Odeio essa coisa de festas. – Foi a única coisa que disse.
Thaís entendeu que sua amiga preferia ficar sozinha, já a conhecia suficiente para saber que quando sua amiga lhe dava respostas curtas o tempo inteiro provavelmente não estava para conversa e, por entender a vontade da amiga, apenas assentiu e se retirou do lugar, deixando Sarah a sós.
– Só espero que esse evento seja menos chato do que geralmente é. – Disse para si mesma antes de se despir e ir direto para a sua banheira, que já havia sido preparada por suas criadas a pedido de Thaís.
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Over the Rainbow - sariette
FanficOver the Rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Juliette, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Bil, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Fátima, deseja que a filha conquiste...