The beginning of a new era

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Sn point of view.

- PUTA QUE PARIU! _ Grito assim que vejo o horário, meus pais vão me matar.

Me levanto da cama correndo e vou em direção ao banheiro, tiro as minhas roupas e entro d'baixo do chuveiro.

Começo a me ensaboar, na verdade eu estou tentando tirar o meu coro. Ele está vermelho, não sinto dor. Acho que já me acostumei.

Termino o meu banho e escovo os meus dentes, vou para o meu quarto e começo a caçar uma peça de roupa. Fico uns 20 minutos fazendo isso.

Vejo um vestido preto e o pego. Me visto e arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado, calço um tênis branco e pego minha bolsa com todos os meus livros, saio do meu quarto e pego a chave de meu carro.

Tranco a porta de meu apartamento e sigo em direção ao elevador, tenho pavor dele, mas não vai dar tempo de ir  de escadas.

Entro dentro do mesmo, mas quando a porta está perto para fechar uma mulher grita.

-  ¡Espera por favor! ( Segure, por favor).

Assim eu faço, coloco meu pé e espero ela entrar. Ela vem andando rápido e entra dentro do mesmo.

Confesso que ela é bem bonita, cabelos claros, olhos claros, sobrancelha grossas, lábios finos e os dentes perfeitamente brancos e certos. Fico a olhando e nem percebi que ela já estava dentro do elevador.

-  Muchas gracias, si no fuera por ti. Habría tomado las escaleras y ciertamente habría llegado tarde. _ Diz ela olhando nos meus olhos.

- Ah, sí, bueno, odio tomar el ascensor, pero me alegro de haberte ayudado. 

Ela me da um sorriso tímido e abaixa o olhar.  Sinto que ela está olhando para o meu corpo - afinal todo mundo olha.- Mas eu não me sinto desconfortável com ela me olhando, sinto o meu estômago revirar, malditas borboletas! Vou tomar água sanitária para matá-las. Dá última vez que senti isso, não deu bom. A minha ex me traiu com o meu melhor "amigo" e para piorar, nós íamos nos casar.

O silêncio entre nós é bem confortável, até que o meu telefone toca e eu atendo.

~ Chamada on ~

_ Mãe!

_ Está atrasada.

_ Desculpe, eu fui dormir tarde ontem a noite por causa dos trabalhos da faculdade e perdi o horário. Isso não vai acontecer de novo, eu prometo.

_ Acho bom mesmo, não quero que você seja mais um desgosto para a família. Já não basta ser lésbica! Já imaginou se você não se formar? Quer ser que nem seus primos? Por isso que eu falo para o seu pai, gastar dinheiro com você foi perda de tempo. Você deveria ser que nem a sua irmã! Ela nunca se atrasaria para a faculdade. Você só tira notas baixas, nem namora! É sozinha. - Engulo seco e seco uma lágrima que caiu de meus olhos, sinto o olhar dela me queimando, mas finjo que nada aconteceu. _ Se você se atrasar de novo ou tirar notas baixas, eu juro que tiro todo o seu dinheiro! Vê se faz alguma coisa útil.

_ Tá bom, Mãe. Vou me esforçar mais.

~ Chamada off ~

Respiro fundo e guardo o meu telefone, me viro de costas e me olho no espelho do elevador. Meus olhos estão vermelhos, meu rosto está vermelho, meu braço está vermelho.

Sinto uma mão tocar em meus ombros e me viro. 

_ Eu sinto muito! Eu não queria ter ouvido, mas foi impossível! Sei que isso não é da minha conta, mas o que a sua mãe lhe falou foi tão duro e frio! Não se afete pela as palavras dela, não chore por isso! Sei que é difícil, mas você não deve dar muita importância! As vezes isso dói, eu sei, mas não deve se deixar abalar por isso!

- Deveria guardar suas palavras para realmente quem  as quer! - Digo em uma forma totalmente fria.

- Me desculpe! Não precisa ser grossa. - Se afasta um pouco.

Quando eu ia me desculpar, o elevador se abre e ela sai praticamente correndo. Me xingo mentalmente por ter falado aquilo, saio do elevador e vou em direção à porta de saída. Sigo em direção ao meu carro e entro dentro do veículo.

TIME SKIP
FACULDADE

Estaciono meu carro em frente da universidade, e saio de dentro do mesmo. Vou na porta traseira do carro e pego minha mochila e meus livros. Tranco o meu carro, e vou em direção a entrada da escola.

_  Sua vadia! _ Diz Cassie, minha melhor amiga.

_ Oi para você também, e eu estou bem. Obrigado por perguntar! _  Falo indo para o meu armário.

_ Desculpe, você está atrasada! Tive que apresentar o trabalho sozinha. E eu fiquei com muita vergonha, você tinha me prometido que ia chegar cedo.

_ Desculpe. Tive uns problemas aí. _  Coloco meu livros no armário.

_ Esses problemas se chama bebidas ? Você não bebeu, né? Você sabe o que acontece quando você bebe! _ Diz ela, me fazendo revirar os olhos.

_ Eu tô limpa a três meses! Eu não encostei nenhuma gota de álcool na minha boca durante esse tempo! Eu sei o que acontece quando eu bebo. Eu sei o que fiz, eu sei pelo o que eu passei! Você  está que nem a minha mãe. Qualquer coisa que acontece comigo vocês acham que bebi.

_ Ei, eu sei pelo o que você passou! Eu só achei que...

_ Você achou que eu tinha bebido, mas fica tranquila, eu não bebi. Agora você pode ir lá contar para minha mãe, fica a vontade.

Fecho o armário com força e vou em direção ao estacionamento.  Preciso resfriar a minha mente, se não eu posso matar uma pessoa.

[ Não revisado]

A Mulher Do Meu pai Onde histórias criam vida. Descubra agora