Boa leitura, flores da meia-noite
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Jeon estava deitado em sua cama, do lado de fora chovia bastante e dentro de casa também, lágrimas escorriam de seu rosto. Estava tão triste, e tudo que Jimin disse para si passava em sua cabeça repetidas vezes.
Se sentia culpado. Se sentia sujo por não conseguir manter a amizade que eles tinham, e sabendo que em parte aquilo era sua culpa doía mais ainda.
— Filho tudo bem? Trouxe comida, oh meu amor - Sua mãe entrava com um copo de leite e um pão na mão.
— Desculpa, pode colocar aí eu já como - Se sentou, secando as lágrimas rapidamente.
— O que está magoando meu pequeno? - Ela colocou a comida na escrivaninha e se sentou na cama fazendo um leve carinho nas madeixas escuras de Jungkook.
— Não é nada, mãe. Nem tenho motivos para ficar triste - Deu uma risada fraca na tentativa de amenizar o clima.
— Você diz que não tem motivos para ficar triste, não é? Então por que você está? - O tom de voz dela era calmo e acolhedor o que fazia Jungkook conseguir ter confiança nela.
— Eu estou gostando de uma pessoa, mas eu não deveria gostar já que a gente nunca teve nada - Na hora Senhora Jeon percebeu que não era de uma garota que ele estava falando e deu um fraco sorriso.
— Mas aconteceu, meu anjo, é de verdade. Está dentro de você. Será que você pode validar seus sentimentos e expressa-los por inteiro? Ria! Ame! Chore! Não viva pela metade, Jungkook. Se você está sentindo é porque é de verdade - Jeon tinha os olhos fixos em um ponto aleatório de seu quarto, apenas refletindo sobre o que tinha acabado de ouvir.
Quando percebeu o que ela tinha lhe falado chorou, como um neném com fome, se encolheu mais querendo apena voltar para dentro do ventre de sua mãe e nunca mais sair de lá, pelo menos lá ele tinha paz e não precisa se preocupar com nada de hormônios, escola, amizades, paixões.
— Você tem que validar seus sentimentos, meu anjinho, não pode simplesmente tentar anular eles e fingir que não existem, porque estão aí. Você é um ser humano como qualquer outro, você tem sentimentos e opiniões também. Me prometa uma coisa... Nunca, jamais, deixe ninguém desvalidar seus sentimentos, ok?
— Tudo bem - Ele soluçava, o choro havia se cessado, mas sua mente ainda estava em um turbilhão de pensamentos. O cheiro de chás que sua mãe tinha era agradável e o fazia lembrar de sua infância.
— Se alguém falar para você só porque é um garoto e não pode chorar, ou não pode demonstrar muito seus sentimentos, vá lá e mostre pra essa pessoa que você pode sim, porque você é um ser humano, ok?
— Eu te amo, mãe... Muito.
19 anos depois...
Era dia, porém estava tudo escuro dentro e fora da casa dos Jeon's, era para ser apena um almoço em família, apenas uma compra no supermercado do outro lado da cidade. Depois de algumas horas curtindo, a mulher dona da casa, senhora Jeon, resolve comprar algo para fazer uma sobremesa para todos antes de irem embora.
No caminho para o mercado, o pior aconteceu, a vida do Jeon mais novo desabou naquele momento que recebeu a notícia desolada de seu pai. Sua mãe estava morta. Enquanto senhor Jeon conversava no telefone com os policiais, alguns familiares presentes na casa estavam espalhados em cada canto aflitos esperando uma resposta do Jeon mais velho sobre o que tinha acontecido. Na cabeça daquele jovem rapaz as piores hipóteses atravessavam seus pensamentos por segundo, imagens de dor e sofrimento o corroía por dentro.
Seu pai volta, e conta tudo com os olhos vermelhos, a voz embargada. Nunca em sua vida tinha visto seu progenitor chorar, nem mesmo quando ele ficou doente no hospital quando era mais novo. Nunca tinha visto ele com tanta dor, angústia e sofrimento.
Sua dor não era tão diferente, perder a mãe, sua progenitora que cuidou de você desde que estava em seu útero até a idade adulta, imaginar as cenas em sua cabeça não era bom, mas era inevitável.
Seus pensamentos incontroláveis o deixaram pensando sobre qual fora suas últimas palavras, qual seria a sobremesa que ela iria fazer, que roupa ela iria usar depois do banho, ou que tipo de frase ela iria postar em alguma rede social pela manhã. Seu mundo estava desabando, a ficha não caia, era impossível pensar que quem estava ali em menos de uma hora está morta.
Senhor Jeon teria que reconhecer o corpo no necrotério, ele sentia que tudo naquela casa e na sua vida iria ficar preto e branco. Ele só queria voltar algumas horas antes, queria ter amado mais, elogiado mais, ajudado mais, fazer ela rir mais, se divertir mais, ter mais memórias.
Do outro lado da cidade, a família Park estava ainda mais afastada que o comum a casa inteira em um silêncio mórbido comum a anos, até que o telefone da sala toca. A mais velha vai lentamente com sua cara dura como rocha. A notícia a chocou tanto que teve que se sentar no sofá, não conseguia acreditar que aquilo tinha acontecido, que ela tinha morrido. Lentamente as lágrimas começaram a se formar em seus olhos e escorrendo até que batesse em sua saia. Jimin, com certo medo do que tinha acontecido já que conseguiu ouvir leves soluços vindo da sala, desceu correndo as escadas preocupado.
— O que aconteceu, mamãe? - Ansioso, questiona a mais velha, logo tentando a consolar passando a mão por suas costas.
— Senhora Jeon faleceu - Sua voz parecia tão vazia, tão sem vida.
Quando a notícia chegou em seu cérebro, parecia que os segundos viraram horas, as cenas de Jungkook desabando de chorar era a única imagem que passava pela sua cabeça.
A morte é algo que apesar de separar duas pessoas, pode juntar duas almas.
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Hi, voltei dps de séculos, Sorry, vou tentar atualizar com mais frequência, sinto falta de vocês e das interações.
Hoje é meu aniversário😁
Eu ia postar em fevereiro só q esperei até aqui, gostaram? 😕
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Meu Nepente {Jikook}
Fanfiction[EM ANDAMENTO] ⁷ Depois de um longo período de tempo longe de seu melhor amigo, Jungkook percebe que Jimin era seu nepente, que ele conseguia eliminar toda a dor que havia em seu cerne apenas com um sorriso ou uma gargalhada. Mas eles iram voltar a...