capítulo 2

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Fui para escola e da escola para o trabalho, mesmo esquema dos outros dias, infelizmente já era sexta a noite, minha mãe e Sra Rute passaram a semanas me dizendo como seria uma maravilha estar com pessoas da minha idade. O pastor da igreja disse que o ônibus sai amanhã por volta das 8:00hs, que legal ter que acordar cedo em um sábado.
_ Que bom que decidiu ir filha, você realmente vai achar ótimo, um tempo na natureza, relaxar a mente um pouco.- falou minha mãe como se eu tivesse aceitado e não ela me obrigado. Achei estranho até meu pai me empurrar para que eu fosse, sinto cheiro de Sra Rute nesse meio.
Jantei com meus pais e fui dar uma volta pela vizinhança, de cara encontro a Sra Rute e outra mulher passando com inúmeras sacolas nas mãos, me propus a ajudá-la.
_ Sua mãe disse que irá ao acampamento, fico feliz por sua decisão.- É incrível como todos estão me tratando como idiota hoje.
_ Na verdade, eu me sinto estranha, não que eu não goste dos jovens, mas não temos uma intimidade sabe, fico na preocupação de sobrar em meio a eles, tem meu pai também, e se ele piorar, e minha mãe não der conta, nem sabemos ao certo o que ele tem.
_  Ouça, criança! Deus te trará as respostas necessárias no tempo certo, e se está oportunidade se abriu neste momento, O seu trabalho já está começando, não apresse as coisas, apenas deixe as fruir com o tempo.
Por um momento a olhei, como se ela fosse maluca, não entendi absolutamente nada de suas palavras, mas agradeci mesmo assim.
Aquela noite foi longa, por horas olhei aos adesivos colados em minhas paredes, pensando que irei passar uma semana a fazer atividades que não gosto, com pessoas que não conheço, depois de tanto pensar, resolvo descansar, minha família não irá parar até que eu vá, e não faço ideia de por que isso, então vamos!
  Acordei um pouco mais cedo que o previsto, arrumei as últimas coisas, e desci, Clary estava a me esperar, já que a mesma arrumou um emprego no outro lado da cidade e por ser a mais velha e obviamente ter carteira, me deu uma carona.

_ Espero que tudo dê certo.- falou estacionando alguns metros antes da igreja.

_ Também espero.- falei e me despedi dela.

Sai do carro e senti os olhares dos meus companheiros de viagem em minhas costas o que me causou uma sensação ainda pior.

_ Olá, você deve ser a Caterine. - falou uma garota de mais ou menos 160cm, ruiva.

_ Oi, sou sim.- falei um tanto minimalista, por ainda não estar a vontade.

_ Sou Isabelle, filha do pastor, a Srta Rute e Sua mãe falaram muito bem de você.
Obviamente falaram.- resmunguei comigo mesma.

_ Vamos, tenho alguns amigos querendo te conhecer.

Antes que podesse pensar em me mover, um homem alto e moreno nos chama para perto do grande ônibus, onde por nomes ele foi chamando cada um para buscar seu assento.
Isabelle me apresentou seus amigos, que cantavam e brincavam juntos, todos pareciam não ter o que se preocupar.
Como o bosque não era tão próximo a cidade, levou cerca de 1hr30m para chegarmos.
O desembarque das malas foi uma loucura, nunca havia visto tantos jovens desesperados por um local em um quarto.

_Caterine, vão separar os grupos para a gincana, você vem?- perguntou enquanto eu colocava algumas coisas para fora da mala

_ Ok- apenas a segui.

Teve um rápido sorteio para dividir dois grupos para uma gincana que iria começar a tarde, então os responsáveis deram o horário do dia.

Agora são 9:35 vamos ao refeitório comer,  às 10 vai ter um momento de reflexão, ao meio dia almoço, e a partir de 14h teremos a gincana, e outras atividades (brincadeiras).

Como eu caí no time adversário de Isabelle, ela está me apresentando algumas pessoas do meu time, até que ela fala de um rapaz, ele estava conversando com Isa e seus amigos no ônibus, mais o resto da viagem foi completamente calado.

Ele se chama Levi, e disse que se eu precisar de ajuda em algumas das brincadeiras eu posso falar com ele.

Comemos, e fomos para a frente da casa que era um espaço grande, com vários troncos onde estavam servindo de assento...

Depois de longos 45 minutos de reflexão, nós liberaram para  nos prepararmos para o almoço.
Deitei em minha cama, que estava ao lado de Isa.

_ O que está achando?- a ruiva falou me olhando

_ É, até que tá sendo bom.

_ posso perguntar uma coisa?- falou novamente e eu assenti.

_ Você é atéia?

Ok, me pegou desprevenida, eu não me considero atéia, só não tenho essa voracidade de estar na igreja todos os dias, como muitos "cristãos".

_ Eu não me considero atéia,  sim eu acredito em Deus. Só que eu não vou sempre á igreja.

Ela ia falar mais algo, só que a Irmã da cantina, mandou chamar todos para comer.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2022 ⏰

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