𝗛𝗘𝗔𝗥𝗧 𝗢𝗙 𝗬𝗢𝗨𝗥𝗦【Eren Jeager】{✓}

𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑: 𝐬𝐮𝐠𝐚𝐫 𝐚𝐧𝐝 𝐟𝐥𝐨𝐮𝐫

Você desceu o caminho empoeirado da principal área central de Marley. O ar fresco enchendo seus pulmões enquanto você entregava moedas para a senhora que vendia açúcar e farinha para sua mãe. Ela entregou o saco para você com um pequeno sorriso e você retribuiu o sorriso, pegando o pesado saco de farinha e açúcar. Você pelo menos tinha que ter quinze quilos de cada - o que infelizmente não duraria nem duas ou três semanas.

Você se esforçou para segurar a bolsa em suas mãos, a bolsa firmemente pressionada contra o peito do seu vestido verde sálvia. Você nunca entendeu por que sua mãe fez você fazer isso e não seu irmão, sempre foi uma luta levar os sacos de açúcar e farinha de volta para a padaria. Mas era muito melhor carregar a bolsa no outono do que no sol quente do verão.

Sua braçadeira Eldian firmemente amarrada em seu braço, evitando que ele caia. Embora sua mãe nunca lhe contasse o que aconteceria se você simplesmente não usasse um; você ainda o manteve. Na verdade, se você tirasse, as pessoas só o veriam como um Marleyano. O que você achava que não era diferente de ser um Eldian. No entanto, nunca te incomodou que você tivesse que usá-la; simplesmente dizia às pessoas que você era um Eldian.

Mas o que o incomodava era como você tinha que ser dividido em um grupo, ou como era chamado de segregação. Mas você sabia que os Marleyans já foram oprimidos pelos Eldians que não eram a nova geração de pessoas, era a velha geração. Contra você foram guardados rancores que você nunca fez, você nunca contribuiu também. Talvez seus bisavós tenham, mas você como pessoa nunca fez.

A única coisa que os Marleyanos estavam fazendo para manter vocês separados era aumentar o ódio contra os dois grupos, um ódio que deveria ter sido abandonado há muito tempo. Mas você sabia que o ódio não iria cair tão cedo.

Os prédios do centro de Marley pareciam se erguer sobre você, a pintura dos prédios gasta ou nova. Muitos prédios eram
casas ou pequenas lojas como a sua. A ilha parecia ter centenas, senão milhares de prédios como esses. Muitos podem ter sido abandonados, mas ainda eram lares, o que significa que tinham memórias neles. Tudo no mundo tinha memórias ligadas a eles; fosse uma árvore, um campo de grama ou mesmo um lápis. Tudo tinha uma memória com ele bom ou ruim.

As lembranças ruins não definiam um objeto como um lápis sendo quebrado, e era assim que você pensava nas coisas. Como as pessoas no Paraíso. Embora fossem vistos como o antigo império Eldian, algo que todos odiavam, você nunca parecia vê-los como demônios. Porque mesmo que uma vez tenham sido ruins, isso não significa que ainda sejam ruins. Eles poderiam ter mudado seus caminhos e até deixado o passado para trás. Para você, comparar o novo Paraíso era como comparar uma maçã e uma laranja; algo tão bobo e ridículo. Mas para todos os outros, comparar o Paraíso e os demônios era como comparar uma maçã com outra maçã.

Você bufou, irritado com seus pensamentos e com o peso da bolsa que segurava com força. A bolsa só parecia ficar mais pesada para você à medida que avançava; ainda tão longe de sua loja. Você fez uma anotação mental de que da próxima vez que for ao mercado, precisará pegar seu irmão e dizer a ele para ir com você.

"Ei estranha." Você virou a cabeça para a voz familiar. Você foi recebido com Eren, seu cabelo castanho não no coque meio preso como da última vez, mas sim todo para baixo. Seus olhos cor de esmeralda brilhando na luz enquanto ele sorria suavemente para você. Suas roupas pareciam da última vez, nada chamativo. Embora ele parecesse básico, ele parecia ser perfeito. "Oi Eren." Você sorriu.

"Onde você está indo?" Ele perguntou, um pequeno saco de papel na mão. "De volta à minha loja, minha mãe queria mais farinha e açúcar, mas, para minha sorte, tive que ir buscar." Você riu, "Eu estava na sua loja, peguei um donut para Armin e eu." Eren sorriu e ergueu a pequena bolsa marrom sinalizando que havia de fato dois donuts ali. "Um pouco chato, embora eu tenha ido lá principalmente para ver você." Ele sorriu. Você não pôde deixar de sentir um tom rosado em suas bochechas quando ele disse isso.