CENA 11

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Sinceramente estou exausta, estressada, era a quinta vez que gravavavamos essa cena, e nem era uma cena complicada, os dedos das minhas mãos formigavam, meus pés ardiam como brasas, os passos das pessoas passando, a câmera se movimentando de acordo com a cena, tudo me irritava. Estava prestes a recomeçar a cena quando ouço Lis

— Corta ! Nicole tire um tempo e respire por que seja lá oque está te impedindo, resolva, em cinco minutos retornamos pessoal — diz Lis

— desculpa pessoal — digo me sentido péssima

As meninas tentam me confortar dizendo que acontece, entre outras coisas, mas estava irritada comigo mesma por não conseguir ser proficional e separar o pessoal do trabalho — rango os dentes e sinto meus dedos se contorcerem bruscacamente, descontando minha raiva, em uma área mais afastada do set

— se continuar apertando e rangendo assim vou pensar que quer me atacar

— oque ?

Observo a garrafa em meus dedos e decido por beber logo de uma vez, em um golê rápido, volto meus olhos para o mesmo encontrado no batente da porta me encarando, Timothée

— parece irritada

— por que será !? — digo em desdém, tão baixo para que não ouvisse mas o mesmo ouviu

— vamos, já te vi atuando você é boa, alguma coisa aconteceu, mas como só temos exatamente 3 minutos vou deixar essa passar - diz verificando a hora em seu relógio de pulso

— quando me viu atuar ? Ainda nem gravamos juntos

O mesmo arquea as sobrancelhas — isso não vem ao caso agora estamos falando de você 

— não, não, não, agora estamos falando de você, estava me espionando ? — indago

— você não estava agora mesmo irritada com algo e esmagando garrafinhas inofensivas de água

— você tava me espionando ! — sorrio de orelha a orelha ao constatar que estou certa

O mesmo desfaça na mesma hora pondo uma fachada firme, o ambiente muda de uma hora hora para outra, engulo em seco, olhando diretamente em seus olhos, continuo parada no mesmo lugar, petrificada, o espaço parece estar diminuindo, não parece o suficiente, enquanto o memso se aproxima de mim, acabando com qualquer distância entre nós,me instiga como consegue mudar de uma hora para outra

— você adoraria não é — diz com um sorriso cafajeste

Seus olhos continuam firmes nos meus, sinto meus lábios secos e minha garganta fechar, passo a língua entre eles " preciso de água " estamos muito próximos, posso ouvir o som de nossas respirações entre cobertas, " por que estou ofegante ? Eu quero ? Sinto que quero desesperadamente , eu quero

— relaxe — sussurra rente aos meus ouvidos

Antes que eu reaja, sinto o impacto de seus lábios juntos aos meus, imponentes, brutos, mas de uma jeito bom, muito bom, nossas línguas se entrelaçam

Minha pele se arrepia com o toque de  suas mãos em minha cintura me prensando contra a parede de forma possessiva

Quando o beijo acaba por falta de ar, ofegantes, mas sem tirar as mãos de mim , com a pele queimando de tensão e desejo
 
Antes que eu diga algo o mesmo me silencia com outro beijo só que esse é mais rápido

— shiii — o memso sussurra entre o beijo — só aproveita o momento e deposita um selinho   — você tem uma cena agora

O esmo sorri e pisca para mim, reprimi um gemido ao não sentir mais seus toque em mim, suspiro ao ver o mesmo passando pela porta, ainda petrificado tomando conhecimento do que acabou de acontecer, minha pele ainda formiga onde seus dedos haviam tocado, ele aparece novamente, na verdade acho q nunca saiu

fora das câmeras || TIMOTHÉE CHALAMET Onde histórias criam vida. Descubra agora