[CONCLUÍDA] O amor vem de todos os lados, lugares, de todas as pessoas e formas. Vem de onde desejamos e de quem queremos ou de onde nunca imaginámos que pudesse alguma vez vir.
No meu caso, o meu amor, vem da forma como os dedos dele dedilham as co...
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- 'Tava batendo punheta, né? Safado.
Quis esmurrar o sorriso zombeiro para fora do rosto de Yoongi. Ele tinha aquela mania insuportável de primeiro, aparecer na minha casa sem mais nem menos e, segundo, de não bater à porta do meu quarto.
Ele parecia um gato por completo. Desde as feições até à forma como conseguia ser sorrateiro, entrar em qualquer lugar sem fazer o mínimo barulho e depois quase matar as pessoas do coração.
Fechei o laptop com tanta força que acho incrível ele não ter ido de um lado ao outro da secretária.
- Não. - Estalei a língua. - Eu não estava. E não, você não pode ver o que eu estava fazendo.
A sua mão pousou no meu ombro, me olhando com o olhar compreensivo falso e a boca reta.
- Está tudo bem, a maioria das pessoas faz isso!
- É sério, eu não estava! - Era verdade.
Ele se afastou, tirando a mala do violão das costas e a pousando no chão em frente à minha cama. Era costume seu carregá-lo consigo.
- Não precisa ter vergonha, Koo. - Voltou a falar e eu revirei os olhos, girando a cadeira de novo em direção a onde estaria a tela levantada e pensei seriamente em levantá-la mas nem morto. - Faz bem para a saúde, na verdade. Seokjin me contou que melhora o humor, sabia?
- Ótimo! - Levantei as mãos como se louvasse a Deus. - Você deve ser a pessoa mais feliz do mundo, então.
Yoongi não era fácil de se atingir, muito menos por aquele tipo de brincadeiras. Gargalhou apenas para, logo de seguida, retorquir a minha provocação:
- E você está precisando gozar um pouco.
Voltei a girar sobre a cadeira, mostrando a minha expressão falsa de felicidade. Levantei o dedo do meio na sua direção, recebendo um beijinho voador como resposta que me fez revirar os olhos mais uma vez.
Mas talvez ele tivesse alguma razão.
- O que veio fazer aqui, afinal?
- Uhm, - Tinha o violão no colo, mexendo em algumas cordas e fazendo alguma coisa que eu não entendia patavina. - O Eunwoo precisava da casa silenciosa e eu preciso afinar o violão para um trabalho, além de que preciso tocar um pouco... E, bem, isso é tudo menos silencioso.
- Entendi. - Murmurei. - Não é fácil dividir a casa com alguém...
- Você que o diga, filhinho de mamãe.
- Mas, - Ignorei as suas palavras para dar continuidade ao que dizia antes, com o indicador levantado. - Isso não te dá o direito de não bater na merda da porta.
- Apenas admita que estava batendo uma, Koo.
- Mas eu não estava! - Tentei reforçar, nem sei porquê já que Yoongi queria mais me provocar do que realmente saber se eu estava ou não.
