E hoje eu sei do que nós dois somos feitos (Epílogo)

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Como prometido, aqui está o epílogo da história. Quero agradecer aos que acompanharam, comentaram e vibraram com cada momento. Sei que a fic foi curtinha, mas era necessário antes que meu bloqueio criativo voltasse. Como vou voltar a trabalhar amanhã, meu tempo fica bem escasso também, então achei melhor fazer uma shortfic, então achei melhor dar saltos temporais e encerrar a fic com poucos capítulos.

Tenho certeza que esse epílogo vai deixar vocês com gostinho de "quero mais" e quem sabe eu resolva fazer uma continuação?


Então é isso, vejo vocês por aí, boa leitura!


***

"Tá tudo mal, mas tudo bem

Eu sei que pra você também

Ao final, vamos além

De qualquer expectativa

(...)

E hoje eu sei

Do que nós dois somos feitos

Mas custo admitir que eu não sou capaz

De aceitar que a nossa natureza é o caos

(...)

E sorrateiramente

Você hackeou meus passos

Vou pra onde você for

(Não se atreva a duvidar de nós)"

(Natureza Caos — Fresno)

Algum tempo depois, Ane sonhava frequentemente com momentos que nunca foram dela e sempre Stephen aparecia, fosse como par romântico, amigo, mentor, rival.

Tinha breves visões suas diariamente e as mais curiosas eram uma em que era vilã e lutava contra o Doutor Estranho, envolvida romanticamente com Loki, em outra era uma vingadora treinada pelo mago e tinha um caso às escondidas com Tony Stark, outrora havia se tornado a maga suprema após ver os melhores amigos, Stephen e Wong morrerem em seus braços e se envolveu amorosamente com o Homem-Aranha, todavia, não conseguia se recordar de sua identidade ou rosto. Chegou a vislumbrar até mesmo uma luta ao lado dos Guardiões da Galáxia, que conheceu brevemente quando voltaram do blip e foram junto ao deus do trovão para Nova Asgard. Aparentemente neste universo Peter Quill e ela tinham grande desejo carnal um pelo outro.

Strange explicou que esses vislumbres eram uma espécie de efeito colateral por ter viajado pelo multiverso. Por ela ter um poder ainda em estudo pelo mesmo que a permitia viajar e teleportar outros entre as realidades, pode ter se conectado com suas variantes.

Estudava cada vez mais para entender o funcionamento dos poderes dela e os dele próprio. Inclusive, estava preocupada com a saúde mental dele cada vez mais decadente, todavia, o mesmo se recusava a buscar ajuda de um profissional para avaliar seu quadro.

Njordottir fazia o que estava ao seu alcance como namorada e companheira das artes místicas.

Ele passava horas na biblioteca sozinho e não gostava de ser incomodado de forma alguma quando estava lá, era como se o local tivesse se tornado um refúgio.

Contudo, aquilo começava a incomodá-la, que tinha o amado cada vez menos presente e a relação se tornava cada vez mais pesada, fria. Até entendia o problema dele, entretanto a asgardiana também queria tê-lo ao seu lado, aproveitando o relacionamento, vivendo, construindo momentos juntos.

A fim de agradá-lo e mostrar o quanto se importava, agoniada em ver a crise na relação, preparou o café da manhã, levou em uma bandeja. Bateu três vezes na porta de madeira da biblioteca, chamou pelo seu nome, entretanto não foi respondida.

Preocupada, lançou uma rajada de energia na maçaneta, a arrombando. Encontrou Stephen com os olhos fechados, sentado de pernas cruzadas no ar em meio a um círculo de velas com o Darkhold à sua frente.

— O que está fazendo? — Bradou. — Esse livro corrompeu a Wanda!

Instantaneamente abriu os olhos, encarando-a. Contudo, algo diferente nele lhe causou tamanho assombro, fazendo com que deixasse a bandeja escapar de suas mãos, que foram levadas imediatamente à boca para abafar o grito que soltou.

O Doutor Estranho estava com um terceiro olho aberto no meio de sua testa.

Uma figura conhecida apareceu por trás da asgardiana, que se virou para encará-lo com os olhos arregalados. Ele fazia América Chávez e Wong de reféns que tinham punhos algemados e bocas cobertas. A garota gemia e se retorcia a fim de se soltar.

— Ane Njordottir, — Reconheceu-o como Mordo do universo da rainha de Asgard. Junto a ele estava um homem de armadura prateada cintilante e outro que usava uma roupa preta com raios brancos desenhados na diagonal, paralelos um ao outro. — Stephen Strange, Wong e América Chávez, sua profanação da realidade não ficará impune.


Só pra reforçar aqui, como a Ane tem centenas de anos, imaginem que o Homem-Aranha que ela se relacionou seja uma versão maior de idade, hein hehehe


Quem quer uma segunda temporada, dá um grito kkkkk

Música do capítulo:

Natureza Caos - Doutor Estranho X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora