O que move o teu coração?

539 44 94
                                    

Chegamos ao antepenúltimo capítulo! Tenham uma boa leitura e curtam o carnaval!


Na capa, nossa asgardiana de visual novo :)


***

Quando eu caí

Sem forças pra me erguer

De olhos fechados

Eu pude te ver

(Quando Eu Caí - Fresno)

De joelhos, Ane colocou as mãos sobre a ferida no abdômen do mentor, que sangrava insistentemente. Conectou-se com o mais profundo de seu âmago, fechando os olhos, sentindo toda sua energia percorrer por cada veia, nervo, célula de seu corpo.

Reabrindo os olhos, brilharam em um tom púrpura nunca visto anteriormente, assim como seus braços e dedos. Encarou-a abismado com o potencial que exibia, todavia, não conseguia proferir uma palavra sequer devido à intensa dor.

Canalizando sua energia para a ferida, demonstrava uma profunda concentração, enquanto Wong ajudava os alunos caídos no chão — agora sem poderes — a se reerguer. Todos circundaram os feiticeiros, perplexos com a cena que viam.

Pouco a pouco, a pele de Strange foi se regenerando, camada por camada. Simultaneamente, a dor diminuía, possibilitando-o soltar alguns suspiros de alívio mistos a um olhar curioso que encarava a ruiva ajoelhada à sua frente.

Cerca de alguns minutos depois, a ferida estava completamente fechada e não sentia mais nada, como se nunca tivesse existido.

— Você conseguiu! — Manifestou orgulhoso. — Obrigado Ane! — Enredou-a em um abraço forte.

Ela suspirou cansada, sem conseguir respondê-lo. Ainda abraçada a ele, o fitou com os olhos que iam voltando ao castanho corriqueiro. Sem conseguir dizer nada, seu corpo tombou para trás, sendo amparado por Stephen.

— O que aconteceu com ela? — Um dos alunos perguntou.

— Os poderes dela vêm da própria energia vital. Imagine que você passe dias sem comer... Seu corpo não terá energia para te manter em pé e você desmaiará. Ela gastou muita energia para me curar, então isso aconteceu. — Esclareceu, pegando-a no colo, deitada. — Irei deixá-la em seu quarto em observação. — Comentou, subindo as escadas do local com a asgardiana em seus braços.

[X]

Já era tarde da noite quando abriu os olhos com dificuldade, piscando algumas vezes até ter os sentidos restabelecidos. Direcionou seu olhar para uma poltrona que não estava lá outrora, todavia fora posta ao lado de sua cama. Nela, seu mentor a observava com um semblante preocupado.

— Doutor Estranho, está melhor? — Indagou com a voz fraca.

— Graças a você, sim. E você, como está?

Não conseguiu respondê-lo, apenas começou a chorar. Ele se levantou, se sentando em seguida na ponta do colchão, segurando ambas as mãos dela, levando acalento ao seu coração aflito.

— Aquelas pessoas perderam os poderes por minha causa! Elas poderiam ter morrido! — Balbuciou em meio ao pranto. — Deveria ter te escutado e seguido suas ordens.

— Não... — Protestou. — Se tivesse ficado na masmorra, provavelmente Mordo teria nos matado e roubado os poderes do mago supremo.

— E quanto aos outros alunos? E Jericho?

Natureza Caos - Doutor Estranho X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora