CAPÍTULO 26

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NIKELLA BIANCHI

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NIKELLA BIANCHI

Pedi ao gerente pra sair antes do meu horário acabar, com a justificativa de que estava com um pouco de dor de cabeça, e, eu estava mesmo.

Como Riel não estava me esperando do lado de fora da loja, como sempre faz, saí da mesma distraída olhando a movimentação do shopping até chegar no estacionamento. Fiquei um tempinho mexendo no celular e olhando para os lados quando um veículo passava perto de onde eu estava.

Avistei o carro dele piscando não tão distante e fui ao encontro dele já sorrindo.

Eu não estava com bom ânimo desde que cheguei pela manhã e pensei detalhadamente no que tinha acontecido ontem. Quando o Dilipe me deixou em casa, mama estava na cozinha e mais uma vez desabafei sobre o meu dilema. Mama não passou a mão na minha cabeça, jogou algumas verdades na minha cara e enquanto eu ouvia, refletia.

Eu estava sendo uma escrota tanto com o Riel quanto com o Dilipe, e isso me deixou cabisbaixo. Estou fazendo a mesma coisa que fizeram comigo, traindo os sentimentos de uma pessoa, no caso o do Riel.

Entrei no carro dando oi e indo pro colo dele, o abracei sem dizer mais nada, apenas sentindo o seu cheiro, o seu toque quando retribuiu o gesto em silêncio, no momento parecia que tudo tinha parado. Me afastei de seu corpo, o beijando brevemente nos lábios e sentei no banco ao seu lado.

— Que foi isso, gatinha?

— Nada, só te abracei e beijei, estava com saudades, não posso?

— Você pode tudo, meu amor, só estranhei... Agora vem cá que não quero só um beijo mixuruca.

Comecei a rir. Riel é sério, porém tem um lado brincalhão e eu adoro. 

Ele me puxa para seu colo outra vez, segura meu rosto e começa a chuva de beijos carinhosos em toda a minha face, terminando em meus lábios. Me entrego a esse momento como se precisasse urgentemente para tirar as sensações ruins do meu peito. Fecho os olhos e minhas mãos logo ganham vidas próprias esquadrinhando o peitoral do Ri por cima da sua regata preta.

Nos beijamos loucamente, Riel apalpa minhas costas com uma mão enquanto a outra, pressiona minha nuca junto ao seu rosto. Desci as mãos procurando sua braguilha, mas não pude continuar, porque bateram no vidro do carro e pelo pedacinho que estava aberto vimos um rapaz fazendo gesto que queria falar, Riel desceu metade do vidro e o moço pediu pra tirar o carro do meio, pois estava mal estacionado atrapalhando a passagem dos outros carros na outra direção do estacionamento. Ofegantes olhamos para o rapaz que sorriu timidamente para nós e Riel pediu desculpas para ele. Voltei para meu lugar colocando o cinto de segurança e partimos.

No caminho contei sobre o sonho para o Ri. Ele disse para eu ficar tranquila, que isso não ia acontecer na realidade, falando para eu não dar importância a sonhos. Só que eu não pensava desse jeito.

𝙉𝙄𝙆𝙀𝙇𝙇𝘼 - Entre Toques & Suspiros Onde histórias criam vida. Descubra agora