Uma noite "normal"

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Narra: (S/n)

Ajustando o vídeo geme nó raque da televisão, cantarolei e bati meus pés ao ritmo da música que tocava no meu celular, que estava sobre o sofá a alguns passos atrás de mim. Atualmente estava tocando a trilha sonora de um dos meus shows de infância preferidos, Victoria Justice, que mesmo depois de muito tempo continuava sendo uma das minhas listas de reprodução favoritas.

A música animada e ousada que tocava era: "Freak the Freak Out", repleta de sequencias cheias de energia que me faziam dançar ao ritmo dela enquanto ainda me concentrava no meu pequeno serviço. Depois de me certificar de que o console estava bem conectando a TV, eu saí andando até a cozinha e peguei um copo de vidro no armário superior para depois ir a geladeira e pegar o refrigerante, que eu havia comprado mais sedo para acompanhar a pizza que eu tinha pedido. Já que morava sozinha, e era um sábado, eu podia me dar ao luxo de não ter que cozinhar hoje.

Levando os dois objetos pra sala eu coloco o copo sobre a mesa de centro e abro ó refrigerante para despejar seu liquido dentro do recipiente de vidro, depois coloco a garrafa na mesa ao lado do controle do vídeo game. Com tudo pronto eu faço o caminho até a cozinha mais uma vez, mas sou rapidamente parada pelo som familiar da campainha tocando do lado de fora da casa.

(S/n): Oh! Deve ser o entregador – falei num tom baixo, enquanto desligava a música, arrumava minhas roupas e meu cabelo e me dirigia até a porta a abrindo logo em seguida.

Lá estava um rapaz, de uns 17 anos, com um uniforme vermelho de entregador, com uma caixa de pizza ainda quente nas mãos e um olhar meio cansado.

Entregador: Boa noite senhorita, foi aqui que pediram uma pizza? – ele perguntou educadamente enquanto mostrava um sorriso um pouco forçado, tentando esconder as claras marcas de sono.

(S/n): Foi aqui sim – respondi simplesmente, puxando a carteira do bolço –  Quanto é? – perguntei logo em seguida, ele com o mesmo sorriso pega um pequeno papel que mostrava valor do pedido.

Entregador: São $:3,50 senhorita – respondeu o jovem, eu rapidamente peguei a quantia exata e entreguei ao rapaz que, ao receber o pagamento, me entrega a caixa de pizza com uma das mãos enquanto com a outra guardava o dinheiro num dos bolsos de trás – Obrigada, tenha uma boa noite! – exclamou ele com falsa animação, dando um aceno educado enquanto se afastava.

(S/n): Pra você também colega! – falei alto o suficiente para que ele ouvisse, logo em seguida eu me viro e fecho a porta atrás de mim.

Com a pizza em mãos eu volto pra sala e a coloco no criado mudo ao lado do sofá e depois vou até o raque ligo a TV junto com o console, aproveitando também para pegar o CD do jogo que eu jogaria naquela noite e inseri-lo no vídeo game, me certificando de que tanto a imagem quanto o som estavam bons o suficiente, para que assim eu pudesse finalmente me sentar confortavelmente no sofá.

(S/n): Vamos ver se esse jogo é tudo isso mesmo – disse levemente curiosa, pegando o controle com uma das mãos enquanto com a outra eu pego o meu copo de refri e tomo um gole, esperando pacientemente a tela de carregamento acabar, o que eu não precisei fazer por muito tempo, já que nem um minuto depois a tela finalmente havia parado de carregar sendo substituída pela música tema e da tela inicial do jogo: Cuphead.

Eu havia visto alguns vídeos, e até mesmo propagandas, sobre o "novo jogo do momento" e acabei ficando bem interessada pelo seu estilo de jogo e pelos curiosos personagens que eram apresentados. Tudo parecia feito de uma maneira simples, mas que ainda carregava seu charme único, e como a vivida amante de jogos e desenhos clássicos que eu sou, eu não podia perder a chance de experimentar esse jogo tão curioso e que reunia minhas duas velhas paixões.

Um pouco brega? Totalmente! Mas ainda assim eu adoro~

Apertei um botão e a tela do início apareceu junto com uma música de desenho animado antigo no fundo e com dois curiosos personagens com cabeça de xicara dançando, sem tempo a perder eu pressiono o botão "Play" e a introdução começa.

(S/n): Bom, vamos começar logo com isso! – falei animadamente, enquanto lia a história que passava na tela e esperava o jogo começar.

*Salto no Tempo*

Eu fiquei jogando no console por um bom e já havia conseguindo avançar bastante nas lutas contra os devedores das 2 primeiras ilhas e agora eu estava partindo para a 3 ilha. Claro que, não havia sido tão fácil como eu tinha pensado antes, algumas fases do jogo eram bem mais difíceis que as outras, tanto é que eu quase fiquei encalhada na fase da Hilda Berg, ou apenas mulher zepelim. 

Mas, enfim, guiei o meu personagem pela nova ilha desbloqueada, vendo o senário e as possíveis fases que eu teria que completar, mas não consegui ir muito longe, pois a passagem para os outros chefes estava bloqueada, então eu fui diretamente para a único boss liberado, que era a da Rumor Honeybottoms. Apertei start e a luta contra a abelha rainha junto com a música tema da fase começou, fique concentrada nos movimentos da abelha animada e dos seus zangões o máximo que podia, tomando extremo cuidado para não ser atingida pelos seus ataques consecutivos e ao mesmo tempo a atacando com tiros e ataques especiais, que eu reunia ao longo da luta.

De repente, eu ouço um barulho de aranhões e passos apresados que pareciam ter vindo da parte de trás do sofá, que para minha estrema surpresa, consegui perceber mesmo com o som parcialmente alto do jogo, então eu pauso a luta e olho ao redor da sala tentando encontrar a causa do estranho barulho. 

(S/n): Quem está aí? – perguntei em voz alta enquanto me levantava e dava uma olhada ao redor da sala, acabei não recebendo resposta alguma e muito menos havia percebido alguma coisa suspeita na área em que estava. Então eu apenas dou de ombros e volto a me sentar, eu sabia que tinha fechado todas as portas e janelas a um tempo atrás então não estava muito preocupada com isso, afinal, deve ter sido apenas a minha imaginação, não era? – Bom, chega de interrupções, vamos voltar ao que interessa de verdade! – disse de maneira confiante, voltando a minha atenção para a tela e continuando a jogar.

Apenas para sentir um forte e repentino golpe me atingir na nuca, eu pude sentir meus olhos ficarem pesados, minha fissão ficando turva e meus músculos amolecendo enquanto a dor se espalhava por todo o meu corpo, me incapacitando de ter qualquer reação. Mas antes mesmo de eu perder todo o conhecimento, eu pude ver a tela da televisão que, ao invés de mostrar a fase em que eu estava jogando, mostrava agora uma imensa fissura negra com detalhes em roxo e branco, que havia aparecido de repente, enquanto o console estava soltando faíscas e a música do jogo ficava toda distorcida. Daquele portal uma grande e estranha mão negra saiu da tela e começou a se aproximar de mim bem lentamente enquanto um longo e destorcido braço serpenteava pra fora da TV. Naquele momento eu não sabia se o que eu estava vendo era real ou não, e muito menos me importava com aquilo no momento, a única coisa que eu consegui pensar era:

(S/n): Mais que porra? –  foi a única coisa que eu pude perguntar antes de me render a dor e fechar finalmente meus olhos, caindo na total escuridão.

QUE O JOGO COMECE! (Vários! Cuphead x Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora