Por acidente amei você. (Reescrevendo).

Capítulo 01: Impensável. (Reescrita)

Harriet se sentiu em queda livre como se por vários dias, mas ela sabia que eram só minutos, ela podia sentir o vento, a escuridão tomava conta de sua vista, ela fechou os olhos com força tentando afastar aquela escuridão, ela se sentia solitária, fria e esquecida, ela não conseguia encontrar a si mesma e muito menos ter algum pensamento coerente durante aquela queda livre.

De repente, ela sentiu algo úmido tocar seu rosto, ao abrir os olhos, daquela vez ela encontrou um céu cinza e cheio de nuvens carregadas, como se estivesse prestes a chover, isso a fez franzir o cenho, ela podia ouvir carros, vozes distantes, mas o que chamou a atenção dela, foi o choramingo de uma criança, parecia um choramingo de um filhote de cachorro na verdade, mas ela sabia que era uma criança, pois ela fazia os mesmos sons quando era criança e apanhava de seus tios por fazer algo que eles consideravam errados.

Se sentando, ela olhou ao redor, não foi difícil reconhecer o lugar, ela estava na Rua dos Alfeneiros, na casa de número quatro, ela podia ouvir a televisão e a risada escandalosa de sua prima, Duda era uma vaca desde criança, ela a odiava com todas as suas forças.

Tentando se reorientar sobre o que aconteceu e se lembrar o que aconteceu com ela nessas últimas 24 horas, Harriet se levantou do chão tirando as folhas e matos úmidos de suas calças, parecia que já tinha chovido e ia chover de novo.

— Tia Petúnia, por favor, deixa eu entrar. — A voz tímida e pequena de uma criança falou e Harriet parou no lugar com o cenho franzido. — Tia Petúnia. — A vozinha chamou de novo, agora como se estivesse segurando o choro.

Harriet avançou alguns passos para o lado de trás da casa, e viu um garotinho sem camisa, com as costas machucadas e amarrado na árvore de frente para a cozinha, a cerca era alta, o que impedia dos vizinhos de ver aquela cena. A ruiva estava confusa, quem era aquele garotinho e por que ele foi trazido para a casa de seus tios pelo amor de Merlin!

Aqueles monstros deveriam ser mantidos longes de crianças, ela não podia em sã conciencia deixar aquele menino ali, ia chover de novo, e já parecia que ele estava ali a um bom tempo, isso apertou seu coração, ela não podia e não ia deixar aquele menino ali.

Reunindo o que seu professor de poções só poderia chamar de pura coragem estúpida Grifinória, Harriet caminhou abaixada de modo lento até o menino, quando ele a viu, ele ficou confuso, mas não deu nenhum piu sobre a presença dela ali, Harriet começou a se arrastar se mantendo baixa e quieta para não chamar a atenção de seus tios.

Pois de qualquer modo, ela deveria estar em Hogwarts, e não ali salvando aquele garotinho pequeno. Assim que o alcançou, Harriet fez um sinal de silêncio olhando para a porta de vidro da pequena estufa de tia Petúnia para ver se havia alguém vindo, mas aparentemente, ninguém ligava para o menino.

O garotinho assentiu para seu pedido de silêncio e o soltou dali, assim que estava livre, ele a olhou com desconfiança.

— Você está livre agora, quer vir comigo? — Questionou baixinho e o menino pareceu ficar assustado com o barulho de um raio.

— Qu-quem é você? — O menino gaguejou se encolhendo amedrontado com ela e Harriet ficou fascinada com o quanto aquele garotinho se parecia consigo.

— Harriet, meu nome é Harriet Potter, e você? — Questionou curiosa e o menino pareceu surpreso por sua pergunta.

— Harry, meu nome é Harry Potter, você é minha mãe? — O menino questionou com os olhos verdes arregalados e Harriet piscou os olhos confusa.

É o que? Ela tinha um irmão? Espera, não, não podia ser, seus pais morreram quando ela era bebê, e esse menino parecia ter entre 4 ou 6 anos, não sabia dizer, ele era muito pequeno e magro... Porém, ela foi tirada de seus pensamentos, quando um barulho dentro da casa chamou sua atenção, Harriet ficou assustada quando viu tio Vernon caminhar em suas direções parecendo um urso raivoso.