"Preciso voltar ao trabalho."
Danielle estava contando. Foram dezenove dias sem sexo. Dezenove. Foram quase três semanas, o que fez parecer um mês.
Stefania não estava contando. Ela poderia facilmente listar dez prazos diferentes para o próximo mês, mas ela não conseguia perceber por si mesma que sua noiva estava ficando cansada de quão ausente ela agora parecia. E isso estava se tornando um problema.
"Posso te levar para um encontro?" Stefania olhou para Danielle momentaneamente e depois voltou para seu telefone.
"Um encontro?"
"Sim, um encontro." Danielle olhou para Stefania, uma carranca se formando em seu rosto. "Sinto que mal te vejo mais."
"Nós moramos juntas. O que você quer dizer com isso?"
"Quero dizer que mal conversamos, além da estranha conversa sobre o que você quer para o jantar ou uma pergunta aleatória sobre o casamento que nunca tem continuação." Respondeu Danielle, lutando contra a vontade de tacar o telefone de Stefania, que estava na mão dela, na parede.
"Bem, você sabe que estou sem tempo." Stefania falou baixinho.
"Tudo bem. Um encontro em casa. Quando você não vai ficar cansada?" Stefania olhou para Danielle e estava prestes a dizer a ela para deixar seu foco por um momento, mas ela percebeu que isso daria início a outra coisa.
"Eu... eu não tenho certeza." A CEO suspirou enquanto ela colocava o celular na bancada e esticava os braços acima da cabeça. "Você quer chá? Acho que preciso de um."
"Estou bem, obrigada." Danielle observou Stefania caminhar até a cozinha. Ela odiava parecer descuidada no momento, constantemente falhando em considerar como Danielle se sentia por ela estar tão focada no trabalho. Não era nem a falta de sexo que era o principal problema para Danielle, embora ainda importante, apenas a fazia sentir que era fácil esquecer. "Eu deveria ir dormir." Ela anunciou enquanto se levantava e caminhava em direção às escadas.
"Sério? Você geralmente fica acordada até pelo menos meia-noite."
"Talvez eu só tome um banho." Danielle olhou para Stefania, esperando que ela se oferecesse para se juntar. Mas ela não o fez. Ela apenas acenou com a cabeça e voltou a fazer seu chá. Danielle podia entender o estresse que Stefania estava passando, mas ela não conseguia entender por que ela estava recebendo o peso disso.
Em tão pouco tempo, Stefania passou de constantemente tocá-la e agradá-la e fazer de tudo para fazer Danielle sorrir, para mal oferecer-lhe um segundo olhar. Trabalho trabalho trabalho. Isso é tudo com que ela se importava.
Danielle estava tentando ao máximo ter empatia, e é por isso que ela continuamente deixava de lado o que sentia e tentava encontrar algum tipo de meio termo com Stefania. Foi cansativo porque Stefania não estava se esforçando tanto. Ou fazendo qualquer esforço.
No entanto, Danielle ainda achou em seu coração fazer esse encontro acontecer. Foi dois dias depois, oficialmente três semanas sem sexo, e Danielle estava cuidadosamente colocando frutas, sanduíches bem cortados e chocolates em forma de coração em uma cesta de piquenique que ela havia pedido no dia anterior. Um piquenique em casa seria fofo. Ela tinha um pacote de velas prontas para serem acesas e ela tinha vinho na geladeira e um vestido muito bonito sobre a cama.
Stefania disse que deveria terminar o trabalho às cinco, embora houvesse uma chance de que pudesse ser empurrada para seis. Então você pode imaginar a irritação de Danielle quando Stefania mandou uma mensagem para ela informando que ela poderia não sair antes das oito.
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The Assistant (Portuguese version)
Novela Juvenil"Você nunca espera que uma luxúria, aquela pessoa de uma noite acabar sendo a mesma pessoa que te entrevistaria para o emprego de assistente pessoal dela. As chances disso são quase nulas. Mas acabou acontecendo de Danielle ser a exceção. Pelo menos...