Capítulo 16

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Chou Tzuyu:

Assim que chegamos em Pequim, pegamos o primeiro Uber e eu dei o endereço onde eu morava, Nayeon estava sonolenta e provavelmente estava enjoada do vôo. Beijo o topo de sua cabeça e sinto ela adormecer em meu peito, até chegar em casa demorava mais de cinquenta minutos. Dava tempo para ela descansar, desbloqueei a tela do meu celular e mandei mensagem para os meus pais, precisava avisar que eu estava chegando em casa.

"Mãe, avisa que eu estou chegando em casa. Beijos - Tzuyu".

Estávamos chegando em minha casa, o motorista do Uber perguntou se eu morava realmente ali e eu sorri. O portão foi aberto para o carro passar, o motorista ainda estava embasbacado com o tamanho da minha casa. Acordei minha bebê que dormia, Nayeon acordou sorrindo e me abraçando aninhado seu corpo ao meu. 

— Vamos? Chegamos meu amor. — Eu falo e ela concorda comigo, o motorista desceu e ajudou com as duas malas pequenas que trouxemos. 

— Tzu… Preciso muito ir ao banheiro. — Pediu Nayeon segurando a boca com as duas mãos. Esse negócio de está grávida era tão difícil. 

— Eu vou te levar lá amor. — Pago o motorista pela viagem, pego as malas e levo Nayeon para o interior da residência.

Levei Nayeon para o lavabo da que ficava no hall de entrada, era o mais próximo. Esperei ela na porta e quando Nayeon saiu com as bochechas vermelhas e olhos opacos, me coração comprimiu. Eu sei que ela está gerando o nosso bebê, mas eu fico com muita dó do meu amorzinho.

— Quer uma água amor? — Perguntou beijando o topo da sua cabeça e ela aceita.

Um dos funcionários apareceram e eu pedi para levar nossas malas para o meu quarto, fui para a cozinha buscar a água de Nayeon. Quando escutei meus pais falando alto na sala de estar, peguei a garrafinha lacrada e levei para a minha namorada.

— Obrigada babe. — Agradeceu Nayeon.

Minutos depois escuto meus pais com passos apressados até a cozinha, meu pai está a com o olhar furioso para mim e minha mãe estava coçando a testa, provavelmente ele estava com fúria devido o meu sumiço nesses últimos dias. Deixei meus compromissos para Lisa resolver e acabei ficando mais tempo do que o previsto em Seul.

— Chou Tzuyu! Sua irresponsável. — Disse meu pai bravo e minha mãe cutucando seu ombro indicando que não estávamos sozinhos.

— Olá querida, quem é você? — Perguntou minha mãe se aproximando de Nayeon.

— Então era sobre isso que eu queria conversar. Essa linda mulher é a minha namorada, Im Nayeon. — Falo com um largo sorriso no rosto e minha mãe sorri brevemente para Nayeon e meu pai continua travando uma batalha comigo pelo olhar.

— Muito prazer em te conhecer querida. Infelizmente, nossa filha não falou que estava namorando, mas seja bem-vinda a família. — Disse minha mãe abraçando Nayeon que sorriu e abraçou ela de volta.

Eu senti que Nayeon estava desconfortável, meu pai continuava com cara fechada e eu já estava ficando irritada com ele, o que custa ser educado com a minha namorada? Ela não tem culpa de nada.

— Chou Tzuyu, no meu escritório. Agora! — Ele saiu na frente e eu revirei os olhos, beijei o topo da cabeça da minha namorada e depois pedi para ela ficar bem que eu iria resolver as coisas.

Quando sai, vi que a minha mãe ficou conversando amigavelmente com a Nayeon e sorri. Fiz os passos do meu pai até o escritório, entrei e sentei de frente para ele, já esperando o sermão.

— Eu te criei com as melhores das intenções Chou Tzuyu, você estudou nas melhores escolas e universidade desse país. Eu te treinei por anos, para você largar tudo e sumir. E voltar com um rabo de saia... Esse era o motivo de ter saído sem dar satisfação alguma para nós? — Eu disse que ele iria dá o sermão idiota dele sem querer saber a história direito.

— Responde. — Ele eleva a voz.

— O que o senhor quer ouvir de mim? Eu fui atrás do amor da minha vida. Eu conheci a Nayeon na viagem que eu fiz para Milão. Nos apaixonamos assim que trocamos o primeiro olhar. Lembra que eu falei para o senhor que iria ficar o restante da semana com os meus amigos? Era com ela que eu fiquei. Foram os melhores dias da minha vida e eu sabia que era ela... A minha pessoa. — Dei uma pausa e continuei.

— Quando retornei para Pequim, prometemos uma a outra que iríamos manter contato e nos vermos em breve, mas eu tinha perdido o meu celular, copiei o meu chip para acessar minha agenda de contatos, mas infelizmente tinha salvo o seu número no celular e não no chip ou conta. Por isso eu sofri todos esses dias, longe dela. — Meu pai escutava atentamente e vi seu semblante mudar de muito irritado para mais tranquilo.

— Eu tinha esquecido o meu celular em um dos agasalhos de Nayeon, quando ela desfez a sua mala encontrou ele e tentou acessar, mas tinha senha. Demorou dias para que alguém quebrasse a senha e finalmente ela entrou em contato com a Lisa, porém eu já estava decidida a procurá-la e estava a caminho de Seul. Lisa passou meu contato e finalmente nos reencontramos. — Cheguei perto do fim da história, eu queria falar que a minha namorada está grávida, mas não acredito que seja o momento certo.

— Você fez tudo isso por amor? — Ele me pergunta.

— Desculpa pai, mas eu faria de novo se fosse necessário. Eu a amo com todas as minhas forças, algo que eu nunca senti em minha vida. É um reencontro de almas, eu quero viver para sempre ao seu lado e poder amar e cuidar dela. — Meu pai nunca ouviu eu falar assim de outra pessoa, para ele era completamente novidade Chou Tzuyu está apaixonada.

— Eu quero conhecê-la, saber se é uma pessoa apropriada para você. — O seu tom arrogante, eu desconhecia esse lado do meu pai.

— O senhor, simplesmente poderia ter falado com ela! Mas ignorou a presença da mulher que eu amo. — Confrontei ele, que fechou o semblante novamente.

— Para mim isso não era sério. Me desculpe, eu errei, agora vamos jantar e conhecer a moça. — Nos levantamos e meu pai foi na frente e eu soltei a respiração presa em meus pulmões.

Chegamos na sala de visita minha mãe conversava animadamente com a Nayeon. Ela me viu chegando na sala e sorriu para mim, era como se estivesse me confortando com o seu lindo sorriso, sentei ao seu lado e beijei o topo de sua cabeça. Sussurrei que tudo estava bem e que ela não precisava ficar preocupada com nada. Ela me olhou e voltou a prestar atenção no que minha mãe dizia.

Em seguida meu pai convidou para que todas nós fossemos para a sala de jantar, Nayeon estava ao meu lado e segurava a minha mão em baixo da mesa, durante a conversa meus pais perguntaram algumas coisas para minha namorada, onde nasceu, se tinha feito faculdade, se trabalhava e por um acaso tinha irmãos, Nayeon respondia prontamente ela não tinha o que esconder, tinha uma áurea que exalava confiança e autoestima.

— Impressionante. É tão jovem e está se firmando no mundo dos negócios sem ajuda de ninguém. — Meu pai estava ouvindo toda história de Nayeon e ficou encantado com a minha namorada. Pelo o seu esforço e inteligência para os negócios.

Mas sinceramente viria muitas outras coisas pela frente que eu não sei se eles dois reagiriam bem, primeiro eu precisava ficar em Seul e o motivo era o meu número um da lista de prioridade, Nayeon e meu filho que logo mais iria nascer, eu preciso está ao lado da minha namorada em todo esse percurso. Por isso iria pedir minha mudança para o polo de Seul e espero que meu pai e minha mãe possam entender meus motivos e respeitar assim como eu sempre respeito os dois. O jantar terminou e eu levei Nayeon para o meu quarto, tomamos um banho e finalmente estávamos deitadas para descansar e nos despedir desse dia.

Continua...

Unpredictable Love - NaTzu - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora