Caminhos do tempo ( Tempo de Amar)

Epilogo

Sem revisão

Quinze anos  depois

Julieta

Bate mais uma vez no quarto , eles estavam lá como todo os dias , o amor entre a minha e o filho do Marquinhos começou desde que tinham pouco mais de cinco  anos, eu ainda me lembro do pequeno Pablo indo até a Ivy dando um beijo na bochecha  dela , claro que meu marido ficou muito bravo , correu pra tirar ela de perto dele e  gritou com Marquinho pra que levasse seu filho pervertido  pra bem longe da sua princesa.  Sorri com as lembranças.

- Eu trouxe um lanche pra vocês- Falei Já entrando  no quarto - Ivy, querida , o que seu pai já falou a respeito sobre a porta?

- Mantenha ela sempre aberta e blá blá blá- Ela zombou

- Desculpa senhora Julieta, é que a gente estava estudando e  não queria que o bagulho dos pirralhos lá fora  nos atrapalhasse

- É  mamãe, controle seus  filhos- Sua mão estava na cintura e ela balançava a cabeça , sorrir, era autoritária igual ao pai

- São crianças, filha , eles querem brincar

- Mandem brincar lá fora

- Você sabe que está chovendo, pare de ser mandona , eles são seus irmãos, você ja teve a mesma idade que eles

- Que chato - Cruza  os braços , a adolescência estava deixando ela cada vez mais arisca - Já deixou o lanche , já pode sair mamãe

- É assim? Não vai me dá nem um beijo ? Um " Obrigada , mamãe " ou um " Eu te amo, mamãe " ?

- Eu te amo, mamãe- Ela ms abraçou , beijei sua testa saindo do quarto

Caminhei até a sala vendo meus três pequenos brincando. Romeu tinha seus cinco  anos , Carlos tinha  seus três e  o mais novo com apenas dois aninhos, quando descobrir que estava grávida  dele quase surtei , Na época Carlos era muito pequeno, mas aí o meu lindo marido me acalmou e  falou que tudo ficaria bem e  de um jeito ou de outro ficou.

- É  hora de começa a guarda os brinquedos , quando eu conta até três cada  um de vocês vai coloca um carrinho dentro da caixa - Eles sorriam , correndo entre si - Um ... dois ...

- Três  - Fui agarrada por trás com vários beijão em meu pescoço- Hum... está tão cheirosa

- Amor , já estava com saudades, onde está Pérola? - Ela era a nossa segunda bebê, veio logo em seguida da Ivy, tinha seus dez anos e  vivia grudada no pai

- Está no escritório lendo alguns livros sobre plantações, agora  ela quer ajudar nas plantações

- Nossa menina é tão inteligente, na verdade ela quer fazer tudo que você faz, ela te venera 

- Sou seu super herói- Sorrir me beijando ainda mais

- Super... super heroi... papai- Nossos pequenos gritavam pra chamar a atenção do pai

- Meu garotos  travessos, venham aqui- Ele se abaixa  ficando na altura deles - Um pequeno  ... dois pequeno  ... três pequeno  e  - Ele olhou ao redor- falta alguém aqui - Seu rosto já estava vermelhos- Onde está a Ivy ?

- Bom ... você sabe onde ela está- Falei sem jeito já sabendo a bronca  que vinha pela frente

- O garoto tá aí de novo ? Ele não cansa não de ficar atrás da minha princesa? Vou ter que conversar sério com o pai dele

- Deixem eles, Ivy está descobrindo o amor, não vamos interromper isso

- Aaa...mor? Acha mesmo que minha bebezinha gosta daquele garoto magrelo ?

- Tenho certeza e digo mais , é recíproco, ele também gosta dela

- Santo Deus- Senta  no sofá com a mão na testa- A culpa é do pai dele , se tivesse continuado na cidade grande e  não voltado com esse moleque pra cá, minha bebê nunca teria conhecido ele

- São os caminhos do tempo , meu amor, não podemos mandar nisso, o tempo virou e  o amor bateu na porta dos nossos filhos.

- Assim como bateu na nossa - Ele completa- Tenho que agradasse tanto a esses caminhos que me trouxeram até você, hoje eu tenho a maior riqueza de todas , uma família linda e  feliz ao meu lado . Eu amo você .

- Eu te amo por toda vida e  além dela.

Pablo

Minhas mãos estavam suando frio, eu a tinha beijado, um beijo na boca, era tão apavorante . Sai dali correndo feito louco no meio da chuva , eu precisava vê meu pai e  o meu avô.

- Pai  ... Pai pai - Bate na porta do seu posto de saúde , depois que ele tinha se formado como médico tinha voltado pra fazenda pra ajudar as pessoa carentes e  uma delas ele descobriu que era seu pai, um homem  honesto que trabalhava na plantação de rosas da família, ele estava doente e precisava de um tipo de sangue muito raro e só o meu pai tinha , foi aí que ele descobriu que era seu filho.

- Oi filho , o que ouve? - Ele me  olha assustando

- Eu a beijei como você mandou- Estava tremendo- Tem algo no meu estômago, parece borboletas - Ele sorrir

- Borboletas ? Eu  tenho um nome melhor pra isso , se chama amor

- Eu a amo ? E  se ela não me amar ? Eu estraguei tudo .

- Fique calmo - Entramos juntos dentro do posto- O amor é paciente, se ela aceitou seu beijo de bom grado é porque ela também te ama , amanhã a noite você vai vê ela na quermesse, tenho certeza que vai da tudo certo

No dia seguinte

Ivy

Olhei meu lindo vestido no espelho, estava tão nervosa depois do beijo que ele me  deu , eu era muito nova ainda , mas sabia que o amava desde sempre. Pablo era a primeira coisa que pensava de manhã e  a última antes de dormir , ele me fazia sorrir e  me deixava  boba  com seu cuidado comigo.

- Pequena- Meu pai me chamou- Já está pronta?

- Sim pai , já estou indo - Ele entra dentro do quarto com um sorriso no rosto , ele sempre estava sorrindo, dizia que depois que conheço minha mãe seus dias  eram feitos de risos e  de fato eram . - Posso te perguntar uma coisa ?

- Claro pequena , o que você quiser?

- Quando soube que amava a mamãe? - Ele ms olhou lembrando  de algo

- Essa é fácil , quando eu toquei pela primeira vez em seu rosto e  sentir uma eletricidade passar por o meu corpo , foi ali que eu vi que estávamos ligados pelo resto da vida, que ela seria o meu oxigênio e que não poderia ficar um dia longe dela

- Acho que senti  isso também quando o Pablo me beijou

- O que? Aquele garoto te beijou? Eu mato ele . - Ele levanta da cama com a mão em punho

- Não pai , eu deixei  ele me beijar, eu acho que gosto dele , mas estou com medo- Baixo  a cabeça com os olhos cheios de lágrimas

- Ei pequena - Ele levanta meu queixo pra que a gente se olhe - Se realmente sentiu o que eu descreve, vá atrás dele , é o seu oxigênio e  vai precisar pra poder  viver- Sorrio

Abraço ele antes de sair correndo atrás do Pablo, eu iria dizer que o amava, que eu queria mais um beijo .

- Pablo - Falei assim que cheguei na frente da porta da sua casa , ele estava lá com seu irmão mais novo - Eu preciso te dizer algo 

- Pedrinho, entre, eu vou conversar com a Ivy coisas de adulto

- Não estou vendo nenhum adulto aqui- Ele zombou entrando na casa

- Me desculpe, Ivy , pelo beijo de ontem, eu ... não sei o que deu em mim - Antes que ele termine de falar eu beijo sua boca

- Você sentiu ?

- Uma eletricidade passando pelo meu corpo, você também sentiu? - Ele pergunta com um sorriso no rosto

- Sim , meu pai falou que é amor , então eu ...- Antes que eu termine ele me beija de novo

- Te amo, Ivy

- Eu amo você, Pablo

Fim