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Hashirama On:

– Tem certeza de que não quer um pouco?

Madara deixou de encarar a correnteza do rio à nossa frente para me olhar. Ele me dá um pequeno e discreto sorriso, causando uma reviravolta em meu peito.

– Não. Eles são para você.

Estamos em nosso usual local de encontro, nas margens do rio Naka, sentados sobre a grama macia e observando a calma correnteza das águas.

– Quer ir jogar pedras no rio? – Pergunto animado.

Madara apenas balança a cabeça em negação.

– Hoje eu só quero... ficar aqui com você... – Ele respondeu, virando o rosto para o lado. Tão fofo.

Sua resposta me pegou um pouco de surpresa, no entanto. Madara não costuma dizer coisas desse tipo - não que eu esteja reclamando -, talvez seja porque agora estamos namorando.

Uma semana se passou desde que eu pedi Madara para ser meu namorado, mesmo não entendendo muito do assunto. Ele ficou bastante surpreso e envergonhado com meu pedido, tive que insistir bastante para ele aceitar.

E quando ele aceitou, eu o abracei forte e rodei com ele em meus braços; não foi uma de minhas melhores ideias, pois ambos acabamos caindo no rio. Madara me chamou de idiota e me deu um tapa na cabeça.

Mas depois, acho que para me consolar, ele me deu um beijo no rosto. E, nossa, eu não sabia que meu coração podia bater tão rápido.

– Tá bom... – Sem conseguir esconder meu sorriso, me aproximo de Madara e o abraço forte, deitando minha cabeça no ombro dele de um modo desajeitado.

Eu não tenho muita certeza de como os namoros funcionam; mas pensar em Madara como meu melhor amigo não parecia mais ser o suficiente, então eu precisava de algo mais.

Desde que o conheci pela primeira vez, minha vida mudou por completo. Nunca pensei que algum dia encontraria alguém que acreditasse em meus sonhos de conquistar a paz. Madara não apenas me ouviu, como também sonhou junto comigo; nunca estive tão feliz...

Hoje, ele me trouxe um presente pela primeira vez: dangos! Estavam tão bons.

Madara me presenteou uma semana exata após meu pedido. Será que ele fez isso como uma forma de comemoração? Ou foi apenas coincidência?

– A correnteza está tão calma hoje... – Comentei, enquanto me ajeitava melhor ao seu lado.

– Sim...

Tomei um pequeno susto quando senti um dos braços de Madara rodear meus ombros, ele... está fazendo carinho no meu cabelo.

Os sentimentos bons que me tomaram quase foram o suficiente para me distrair, mas Madara está agindo um pouquinho estranho hoje.

Normalmente, quando eu o abraço assim, ele se envergonha; seu rosto fica todo vermelho e é muito fofo. Madara tenta esconder, mas às vezes, ele é bastante tímido.

Quando começamos a namorar, eu o ensinei o pouco que sabia sobre o assunto; abraçar, segurar as mãos, beijar o rosto. Ah, não posso esquecer dos presentes! Madara sempre fingiu não gostar quando eu lhe trazia flores, mas eu conseguia ver muito bem o sorriso que ele tentava esconder.

Infelizmente, ele não pode levar os presentes para casa, então os deixa aqui. Olhando em volta, posso ver várias flores jogadas por todo o canto, deixando nosso santuário ainda mais bonito.

Passar meu tempo com Madara têm sido a melhor parte de meus dias. Aqui, podemos ser nós mesmos; longe de toda aquela guerra e violência, sonhamos com um futuro melhor. Ele é meu santuário.

Last HugOnde histórias criam vida. Descubra agora