Gosto cítrico

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Faz 2 anos que Beomgyu descobriu amar observar as auroras boreais no céu daquela cidadezinha pequena do Alasca, porém ainda estava sendo sufocante viver nesse lugar

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Faz 2 anos que Beomgyu descobriu amar observar as auroras boreais no céu daquela cidadezinha pequena do Alasca, porém ainda estava sendo sufocante viver nesse lugar. O inverno é enorme e muitas vezes o sol não durava nem 4 horas, junto a um verão tão estranho que as noites são claras como dia. Ele não conseguia mais cuidar do cabelo com esse tempo louco e teve que voltar para os tons mais escuros.

A neve lhe trazia um sentimento de calmaria, porém com uma estranha solidão. As pessoas eram afastadas e quase não saíam de casa sem algum motivo importante. Tinha que aguentar, sabia disso. Sua mãe não queria se mudar mais de país em país, e seu pai estava fora de alcance por conta do trabalho.

Apenas estava vivendo uma vida de mesmice cheia de resfriados. No entanto, a algumas semanas, algo novo estava acontecendo, um estranho garoto começou a rodear sua casa de maneira suspeita. Sempre vindo com rosto e cabelo tampados. Então, com uma pulga atrás da orelha, sempre que podia o monitorava, tentando disifrar o motivo daquilo.

Com suas observações, notara que o garoto ficava no máximo uns 15 minutos e nunca saía de perto de sua bicicleta amarela. Quando contou isso para seus amigos só escutou coisas como "ele só deve morar perto da sua casa para de ser paranoico", "tá! foda-se, vamos jogar LOL e deixa isso pra lá", "ele deve limpar a neve da região, larga de ser atoa". Entretanto, movido pela curiosidade e tédio, não os ouviu, também, não e como se tivesse algo melhor para fazer, não conseguia mais imaginar seu sonho de ser um ator renomado ir pra frente. Perder tempo não era nada de mais.

Cansado dessa inquietação de pensamentos, saiu da escola com as mãos congelando. A neve havia dominado todo o estacionamento da escola. Era tudo tão branco que as vistas doíam, mas graças a isso, bem de longe Beomgyu pode ver um menino de gorro azul destacado. Ele parecia está irritado com as correntes que prendiam a bicicleta a um poste. Bicicleta tal que era famíliar, "um amarelo tão amarelo que parece um marca texto" pensou. Então, mais do que de presa, se aproximou tirando o celular da mochila, é.."clic" uma foto. Contudo, não imaginava que o som iria bater nas paredes e ecoar tão alto.

O garoto parou de mexer nas correntes e olhou com sangue nos olhos de uma vez só. Andou em passos rápidos e longos se aproximando. Beomgyu sabia que correr não iria adiantar, estavam relativamente pertos um do outro e a neve era escorregadia demais para uma corrida sem cuidados. Havia descidido fazer o que considera fazer de melhor, atuar.

— Ah? Me desculpe por isso. E que eu te achei tão bonito que tive que tirar uma foto sabe? Não e todo dia que se vê alguém gostoso andando por aí — Disse se fazendo de tímido, no entanto, o dono da bicicleta não parecia se importar com desculpas, e a única coisa que saiu de sua boca foi um grande suspiro nervoso. Ele tinha uma expressão tão estranha que Beomgyu não parou de olhar nem por um segundo. Se perdeu tanto naquele olhar que nem notou o momento exato que seu celular se desmontou no chão igual um brinquedo de lego.

Um silêncio terrível se fez. Estava em choque, havia se sentido muito intimidade pelo garoto que tinha um olhar tão forte e estranhamente morto. Beomgyu apenas o observou indo em bora com a bicicleta. Esperou um pouco até ter certeza que estava sozinho e surtou, gritou o que tinha que gritar, catou o resto do seu celular que nem dava sinal de vida e foi todo o caminho de casa chutando neve se sentindo um bananão.

Não teve coragem de contar nada para sua mãe, sabia que ela iria ficar irritada por ainda insistir naquele estranho que rondava a casa. E de qualquer forma se ela fosse à escola mais cedo ou mais tarde ia apanhar do mesmo garoto. Era uma pessoa medrosa tinha que admitir, ficou com tanto medo que teve que tomar um banho bem quente cheio de rosas para se acalmar.

Quando saiu do banheiro estranhou sua casa está com as luzes todas apagadas, mas julgou que sua mãe foi comprar algo. Entrou no quarto e sentiu uma terrível brissa fria passando por seu corpo ainda molhado, se assustou quando viu o chão cheio de neve e correu para fechar a janela que por algum motivo estava aberta. Quando olhou para baixo ficou de queixo caído, seus olhos acabara de se chocar com o estranho máscarado.

Beomgyu realmente não e de reagir, preferia observar em segurança, porém, só dessa vez estava muito frustado. Então resolveu se jogar dali mesmo, sem se importar se estava no segundo andar, apenas com uma toalha em seu corpo e com a temperatura talves beirando menos vinte graus. Esperava ansiosamente que a neve podesse lhe acolher do impacto e rezava que aquele estranho não tivesse uma faca escondida.

— Não foge filho da puta — Xingou (coisa que raramente fazia) caindo em cima do garoto que apesar das várias camadas de roupa tinha um porte parecido com o dele. E usou todo seu conhecimento sobre atuar para manter uma pose corajosa.

— Estou limpando a neve da região caralho — Gritou invertendo as posições, se mostrando mais forte. Beomgyu sentiu suas costas nuas queimando quando foi prensado contra o gelo, e, então em um reflexo desesperado puxou sem querer o gorro azul que nem notou antes. Por alguns segundos pode ver o cabelo do estranho que parecia um limão de tão amarelo, mas antes que pudesse fazer algo teve o único tecido que cobria seu corpo arrancado.

O estranho correu desajeitado tentando não escorregar na neve, deixando um Beomgyu confuso sem nada cobrindo suas partes íntimas. Até tentou se levantar, mas todo seu corpo travou de frio. Esqueceu totalmente que tomou um banho extremamente quente, e também não sabia se valia a pena correr pelado na neve atrás de um homem.

— Filho por que você está pelado aí? Você caiu? Está bem? — Beomgyu olhou para sua mãe cheia de sacolas na mão saindo do carro e indo em sua direção preocupada junto a Taehyun, seu vizinho que estudava na mesma escola que ele, e que as vezes costumava ajudar sua mãe com compras.

— Perdi o controle da minha vida — Diz Beomgyu sentido um horrendo gosto cítrico em sua boca enquanto via Taehyun rindo atrás de sua mãe.

— Perdi o controle da minha vida — Diz Beomgyu sentido um horrendo gosto cítrico em sua boca enquanto via Taehyun rindo atrás de sua mãe

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Obrigado por ler. Espero que tenham gostado ate o próximo capítulo (se tiver....)

Limão Congelado (Beomjun - yeongyu) (Em Correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora