Capítulo 4

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ESCRITA COM:
MrsMaviiix❤️

Continuação...

Dois meses depois do acidente se passou, Luiza foi para a casa da avó e ficou lá todo esse tempo, não ia ver o pai, achava ele um mentiroso, mas naquela manhã ela quis ir para casa ver ele, estava com muitas saudades. Dionisio por sua vez se afundou no escritório, trabalhava para não pensar que estava sem a filha, a única parte que restou de sua família, e ainda ela não queria nem atender as ligações dele.

Todos os dias eram torturantes naquele escritório, estava existindo, falava com a mãe todos os dias, trabalhava em casa pra não ter que ver ninguém.

Naquela manhã ,acordou desanimado, fez sua higiene e desceu, viu a porta se abrir, era sua mãe Branca, e Luiza, quando ela viu o pai, a mesma correu até ele e o abraçou pela cintura, ele quase teve um infarto com tamanha emoção de ver a filha ali o abraçando, chorou abraçando ela,não importou com nada a não ser a saudade que sentia.

– Papai, que saudades de você -falou chorosa, não querendo soltar ele.

Branca sorriu terna olhando eles, finalmente os dois estavam juntos como sempre deveriam ter estado, ele era um bom pai, e um grande homem.

– E o meu abraço? -se aproximou deles sorrindo com ternura.

– Mamãe! -olhou ela, estava destruído e ela sabia.

Ela se aproximou deles e abraçou o filho beijando sua testa e lhe dando sua benção. 

– Estamos aqui meu filho...

– Eu perdi tudo mãe, não tenho mais nada -falava ainda chorando.

– Claro que você tem meu filho, tem a Luiza e tem a mim -apertou ele em seus braços.

– Eu queria ter ido no lugar deles, não é justo.

– Não diga bobagens filho, se isso aconteceu é porque tinha que acontecer -foi com eles para o sofá.

– Mas não é justo mamãe, eu não merecia isso. - falou doloroso.

– Ninguém merece perder quem ama meu amor, mas a vida e Deus quis assim, então vamos ter que aceitar - beijou a testa dele.

– Papai, não fica assim, eu e a vovó estamos aqui, e a mamãe disse para mim que vai aparecer um anjinho em nossas vidas, que vai deixar o senhor e eu muito felizes -apertou ele em um abraço.

Dionísio olhou a filha e suspiro, não era bom que ela ficasse vendo a mãe morta, se preocupou com a filha, ficaram mais um tempo ali, depois foram tomar café.

– A senhora vai ficar aqui mamãe? -olhou a mãe atento.

– Sim meu amor, eu vou, se me deixar morar aqui com vocês, já que lá no povoado eu estou sozinha, e minha neta quis voltar para ficar com o pai - olhou ele, e tomou um gole de café.

– Que bom vovó! -bateu palminhas feliz por ela ir viver com eles.

– Sempre foi bem vinda aqui mamãe, pode vir a hora que quiser, pode morar, até dormir comigo se quiser.

– Olha que eu vou aceitar mesmo -riu um pouco e tocou o rosto dele- Eu te amo meu menino.

– Eu te amo mãe, agora mais do que nunca, eu preciso de você.

Sabia que a mãe não tinha ido morar com ele por causa do pai dele, foi uma relação muito conturbada e ele sempre ficou do lado da mãe, por isso o irmão por parte de pai o odiava e também por ele ter se casado com Mariana.

– Eu sempre vou estar ao seu lado, independente de qualquer coisa, sempre estarei com você e minha neta -beijou a testa dele- Agora vamos comer.

– Tudo bem mãe.

Ela sorriu, e eles tomaram café em perfeita armonía, Branca que foi levar Luiza na escola, ela estava estudando em casa nesse tempo que esteve longe, depois ela foi para casa ajeitar umas coisas, Dionísio tinha ido para o trabalho, ficaria lá até a hora do almoço.

Ela chegou a empresa, não estava muito bem, naquele dia era aniversário de sua pequena, mas ela tinha que trabalhar, já que tinha uma reunião muito importante dos acionistas, ela entrou em sua sala e suspirou, pedindo a Deus que Dionísio não ficasse infernizando sua vida como ele sempre fazia.

Dionísio chegou na empresa e foi direto para a sala de reunião, ja estava tudo pronto, a secretária veio dizer a ela que a reunião já iria começar, só estava faltando ela lá, a mesma se levantou e se dirigiu a sala de reuniões, deu bom dia e se sentou, Dionísio que tinha pedido essa reunião. Como sempre ele queria saber como estava o desempenho de cada um, e foi oque aconteceu, menos com ela que não disse e ele ficou a olhando, esperando ela falar, mas ela simplesmente saiu sem dizer nada e Dionísio suspirou puto e deu por encerrada a reunião.

Ela olhava o elevador querendo que ele abrisse logo, quando olhou para trás viu Dionisio, e a cara dele não era boa.

– Você vai me explicar agora mesmo oque foi aquilo.

– Do que está falando? - olhou ele.

– Isso aqui é uma empresa, não a casa da mãe Joana.

– Não fale desse modo comigo! -suspirou- O senhor não sabe do que está falando, e o meu desempenho está ótimo, estou conseguindo cuidar de tudo muito bem, só que você fica me infernizando -falou puta com ele- Hoje é o aniversário da minha filha Dionísio, mas ela morreu, e mais um ano eu não vou poder estar com ela, e nem nesse dia você me deixa em paz. -o elevador abriu e ela entrou.

Ele ficou parado sem conseguir dizer nada, realmente estava sendo grosseiro e não precisava, pediu desculpa e entrou no elevador também, iria embora, nem queria estar ali, viu ela olhar a porta do elevador colo se quisesse que chegasse logo, mas seu choro não esperou o elevador se abrir e ela começou a chorar alto, em meio aos soluços pediu desculpas.

Ele tirou o lenço e ofereceu a ela, sabia oque era àquela dor, mas ainda assim tinha uma certa implicância com ela que pegou o lenço e limpou o rosto tentando se recompor, estava envergonhada por aquilo, o elevador parou e ela saiu e agradeceu, quando chegou perto do carro sentiu a vista escurecer e a última coisa que viu foi ele indo até ela.

Dionísio levou ela pro saguão da empresa e logo chamaram um médico, ela foi examinada, eram os nervos e uma leve anemia que deveria ser tratada e ela acordou e olhou para os lados, suspirou e sentou no sofá.

– Você precisa se acalmar e comer, eu não posso permitir que saia nesse estado, toma -deu a ela um copo com água.

– Eu só preciso ir embora Dionísio -tocou a medalhinha.

– Se acalme, eu vou levar você para almoçar e depois te levo pra casa -olhou ela preocupado.

– Vai me levar pra almoçar por que? Eu já lhe disse que não tenho fome, muito obrigada -queria ir logo embora, precisava ir para casa e estar sozinha, ela pegou a bolsa e levantou, mas sentiu uma tontura.

– Tá vendo -segurou ela- Você não está em condições de negar Sra. Chaveiro.

Ela suspirou e olhou ele, tocou seu braço, e ficou o olhando por alguns segundos sem dizer nada.

– Tudo bem, só me prometa que depois vai me levar para casa -suspirou e se afastou um pouco.

– Se você for boazinha, te levo pra ver Luiza -sabia que se gostavam e a tempos não se viam, podia ser bom para as duas.

– Aah... -se animou um pouco e sorriu- Tudo bem então.

Ela se sentou mais um pouco para tomar um pouco de água e depois eles saíram, e ele a levou ao restaurante que tinha ao lado da empresa.

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Até a próxima!

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