ESCRITA COM: MrsMaviiix❤️Continuação...
– Papai, bom dia! -foi até ele o abraçando- Eu também estou com saudades deles.
– Bom dia minha filha! - sorriu pra ela.
– O que está fazendo pra gente? -abraçou ele pela cintura.
– Estou fazendo panquecas minha princesa.
Que delícia papai. - sorriu.
Dionísio sorriu e logo estava tudo pronto, ela se sentou com ele na mesa e comeram, ela estava tentando fazer o pai sorrir, depois do café ele ajudou ela a se vestir para a escola, a levou, depois teve que ir às empresas, já que era a apresentação da nova sócia.
Ele ficou em sua sala sozinho, não queria ver ninguém, só foi la por isso.
Refugio chegou a empresa, estava com um vestido tubinho vermelho, os cabelos soltos e uma maquiagem leve, e entrou na sala de reuniões, estavam todos la, menos ele.
– Seja bem vinda senhora Chaveiro! -falou assim que entrou na sala e sentou.
– Muito obrigada, Dionísio, me chame apenas de Refugio -se sentou.
– Não temos essa intimidade, vamos começar a reunião.
– Bom, todos aqui podem me chamar de Refugio -se sentiu mal com a grosseria dele.
Dionísio fingiu que não ouviu e seguiu com a reunião, apresentou a ela tudo que faziam, em cada setor e quais seriam as atividades dela como sócia majoritária, ele olhou no relógio depois de algumas horas e deu a reunião por encerrada e saiu apressado, enquanto ela ficou mais um tempo conhecendo a empresa, e arrumando alguns detalhes de sua sala, queria que ficasse tudo do jeitinho dela.
Enquanto isso lá estava ele buscando a filha que o esperava ansiosa para almoçarem no restaurante favorito dela, procurava ao máximo fazer com que a filha se distraísse, ele também precisava, mas não podia se afundar no trabalho e deixar ela de lado, só tinham um ao outro.
Ela sentou no banco da frente, raramente isso acontecia, mas naquele dia ele deixou ela sentar lá ao lado dele, ela olhou para trás e sentiu falta dos irmãos, mas sabia que eles estavam bem, fazendo aquela "viagem para o céu". Eles pararam em frente ao restaurante e desceram do carro, entraram no restaurante, ele escolheu uma mesa para os dois e se sentaram, Luiza pegou o cardápio e olhou os pratos que tinha.
– Papai, o que vamos comer hoje? -sorriu para ele.
Olhou a filha e sorriu, olhou o cardápio e mostrou a ela oque comeriam.
– Tabom então, e qual vai ser a nossa sobremesa? -sorria para ele.
– Eu quero torta de limão.
– Eu vou querer um bolo de chocolate -sorriu, e logo ele chamou o garçom e o pedido foi feito.
Em um dado momento, Luiza olhou para os lados e viu Refugio sentada a duas mesas ao lado da deles, ela sorriu e olhou o pai.
– Papai, a Refugio tá aqui também.
– Filha, vamos comer aqui só nós dois, pode ser?
– Tudo bem, mas posso cumprimentar? E falta de educação não cumprimentar os conhecidos, a mamãe ensinou isso -não era mentira e o pai sabia disso.
– Sua mãe era boa demais minha filha.
– Ela era mesmo papai, e é ainda... O senhor disse que ela só foi fazer uma viagem e logo vai voltar, eu já volto.
Ela caminhou até a mesa onde Refugio estava e sorriu, tocando o braço dela.
– Oi Refugio.
– Oi meu bem! Como você está? -sentiu uma paz ao vê-la naquele lugar.
– Eu estou muito bem, e a senhora? -sorriu para ela, a mesma era muito bonita.
– Melhor agora, com quem você está?
– Eu estou com o meu pai, a senhora está sozinha?
– Estou, as vezes eu gosto de almoçar aqui, que bom que está com ele -deu um sorriso amarelo.
– A senhora não tem família? - sentou olhando ela.
– Não, minha filha e meu marido morreram num acidente, a alguns anos -suspiro com pesar.
– Eu sinto muito... - olhou ela, e viu que a ficha realmente caiu, os irmãos e a mãe estavam realmente mortos, ela chorou.
-Refúgio abraçou ela e a consolou sem nem mesmo entender oque estava acontecendo, era desligada de redes sociais, então não sabia oque tinha acontecido, achou estranho Dionísio trata-lá daquela forma depois daquele dia no parque, pensou se ele ficou bravo porque ela disse a esposa dele que compraria as ações, mas como ela podia saber?
Os pensamentos turbilhavam sua mente enquanto mantia àquela linda menina agarrada em seu peito.
Dionísio viu a filha chorar, e Refugio a abraçar com tanto carinho, ele se aproximou querendo entender porque ela estava chorando daquele modo, e tão triste, sendo que agora pouco ela estava sorrindo, e tentando animar ele, o mesmo tocou as costas dela.
– Filha, oque aconteceu?
– O senhor mentiu para mim! - se afastou se afundando nos braços de Refugio.
– Sobre oque eu menti meu amor? - falou carinhoso.
– Você disse que eles tinham feito uma viagem para o céu papai, mas eles não vão voltar, não vão voltar nunca mais.
Refugio olhou aquela cena e suspirou, sentia aquela dor da perda, e era o pior sentimento que alguém poderia sentir, parecia que nunca tinha fim, e quanto mais tempo passava, maior era a dor que pelo menos ela sentia.
– Eu sinto muito minha princesa, eu não queria que ficasse assim - suspiro com a voz embargada.
– Por que o senhor não me disse logo a verdade papai? Por que? -olhou ele.
Refugio tocou o bracinho dela, e deu um leve sorriso meiga, mesmo sem conseguir entender muita coisa.
– Meu amor, seu pai falou isso para te proteger, e para que você não sofresse -alisou os cabelos dela- Ele só falou isso para seu bem, hum.
– Eu não menti filha, ele fizeram uma viagem, só de ida pra morar com o papai do céu, eu sinto muito meu amor -olhou refúgio e limpou o rosto- Vamos comer.
Ela olhou ele, e assentiu, o sorriso que tinha no rosto já não estava mais ali, ela se afastou de Refugio.
– Até logo Refúgio. - beijou seu rosto e foi para a mesa, esperando o pai.
Ele olhou a mulher e agradeceu, saiu indo até a filha, a comida não teria gosto, sentou na mesa com ela e a comida chegou, Refugio suspirou, lhe partiu o coração ver Luiza daquele jeito, ela era tão boa, e meiga, deveria sempre andar sorrindo, e não triste.
A olhou a comida e depois olhou o pai, começou a comer, mas comeu pouco e deixou o resto, tomou um pouco de água.
– Eu quero ir ficar uns dias com a vovó.
– Eu só tenho você Luiza, não pode se afastar de mim agora, mas se é oque quer, vou te levar.
– Você mente pra mim, mentiu sobre a mamãe, disse que era só uma viagem, mas eles morreram e nunca mais vão voltar.
– Tudo bem Luiza, você é muito jovem pra entender.
Ela olhou a mesa e chorou, a sobremesa chegou e ela comeu o bolo todo, quando estava triste a pequena gostava de comer doces para de certa forma deixar ela alegre, a mesma levantou com ele, e saíram do restaurante, entraram no carro e ele dirigia para casa.
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Até a próxima!
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Construindo Um Amor
أدب الهواةOs dois tiveram perdas, feridas abertas que pensaram que nunca poderia parar de doer, mas com o amor, a companhia e a amizade que um vai ter pelo outro, vão construir um amor, a base de suas feridas.