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Pov Jisoo

Às vezes paro e penso em muitas coisas vividas no passado. a falta de "amor" ou o excesso de dureza. Me admira como alguém pode mudar nossas ações, modo de falar e até de agir, sem nenhuma explicação, sem nem perceber.

Conheci Rosé ainda muito nova, eu com oito e ela sete anos. Nessa idade, ninguém ainda tem identidade definida, não sabemos nem como caminhar no mundo direito. Porém, ainda naquela idade, eu já era taxada como "fria". Na verdade, eu sempre fui mesmo, o que é bem triste vindo de uma criança de oito anos.

Era taxada assim porque nunca gostei de abraços, odiava beijos porque na minha cabeça eram grudentos e transmitiam bactérias mortais. Odiava dividir meus brinquedos, odiava ter que conversar com qualquer pessoa fora do meu ciclo de amigos

Nasci na Suíça, sendo filha de pais Coreanos. Vim para Paris ainda criança, aos oito anos. E já no primeiro contato com minha primeira casa, conheci uma loirinha fofa. Ela se apresentou de forma desconhecida por mim, estendendo a mão e sendo gentil, como se me conhecesse ou tivesse intimidade. De imediato eu me bloqueei, ou apenas me portei como de costume.

- Olá - ela se aproxima - me chamo Park Chaeyoung, tenho sete anos e moro na casa de número de quinze. qual é o seu nome?

- Jisoo.

Respondi apenas isso, sem emoção ou vontade de conversar com ela. Na verdade, nunca gostei de fazer amizades.

- Jisoo, é um prazer te conhecer - ela tenta novamente, estendendo sua mão em minha direção, e eu apenas neguei, olhado para sua cara sem emoção, querendo deixar claro que não queria conhecê-la. - Hum.. Então...

Mas mesmo assim, não lhe faltou simpatia e ajuda, a tal menina me entrega minha caixa do caminhão estacionado na frente da minha nova casa. Ela carregou algumas caixas fazendo careta pelo peso, vi seu rosto ficar vermelho, só então resolvo ajuda-la.

Mal eu sabia que seria ela, a única capaz de desabrochar em mim o lado que nem eu conhecia.

Foram tantas as tentativas de aproximação da garota serelepe e faladeira, que no fim, vendo seu esforço em querer conversar, sorri algumas vezes. achava fofo a forma que ela murchava quando não a respondia com a mesma alegria e empolgação. Daquela maneira, ela foi me cativando de forma que quando percebi, já estava brincando com ela de pega-pega no gramado da minha casa, dividindo com ela todos os meus brinquedos, sem nem sentir ciúmes de nenhum deles.

Com forme o tempo foi passando, algo começou a me intrigar. Depois de algumas brincadeiras tiradas de nossos amigos, percebi que meu trato com ela era diferente dos demais. Eles tiravam sarro da minha cara dizendo que eu a amava e que queria namorar com ela por toda vez perguntar se a mesma estava bem, se precisava de algo. Enquanto aos demais, eu era bruta e sem sentimentos. Mas eu não vou negar, eu realmente a trato diferente.

Foi em uma saída, uma viagem com a família Park, em um lugar isolado em Paris, que percebi que meu carinho e trato era definitivamente diferente sim, porque eu realmente amava ela. Sempre foi amor.

Flashback ativado

- Roseanne e Jisoo, quero que me escutem bem agora.

À caminho da tal casa, o senhor Park parecia apreensivo e talvez ansioso, ele apertava o volante com força, totalmente agoniado. a senhora Park estava alheia da situação, totalmente desinteressada.

Tínhamos acordado super cedo, então ainda estávamos em Nárnia, vivendo pra onde o vento levar.

- Quero que se comporte, não mexa em nada sem permissão, e por favor, sem bagunça, Jisoo.

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⏰ Última atualização: Mar 22, 2022 ⏰

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Cativeiro da Escuridão (Chaesoo)Onde histórias criam vida. Descubra agora