A Coleira - sope/yoonseok

CAPÍTULO SEIS

Hoseok ainda não tinha conseguido tomar uma decisão concreta sobre o que fazer a respeito do cio de Yoongi. Mas uma coisa era certa, não evitaria a presença de seu gatinho apenas porque não tinha se decidido sobre essa questão. Conversar com Jungkook naquele dia lhe deixou mais calmo, eles trocaram números de telefone e Jungkook disse que tentaria ajudar Hoseok como pudesse, mas como de costume, o hibrido de coelho era muito tímido e medroso.

Dessa vez, Hoseok era quem observava Yoongi a distância. Tinha decidido por impulso ir encontrar seu gatinho, eles tinham passado o fim de semana afastados por causa daquele pequeno detalhe; Yoongi estava na sala de musica tocando no piano, sozinho. De vez em quando ele parava, fazia alguma anotação na partitura e retornava a tocar. Hoseok ficou em silencio, observando seu gatinho focado na música.

Depois de algum tempo, o piano faz um som frustrado e Yoongi suspira derrotado. Não conseguia se concentrar, não conseguia se sentir calmo naquela situação; por instinto, suas mãos vão a coleira e seu peito aperta com mais força, desde que tinha explicado a Hoseok que era um ômega e que seu cio estava próximo eles não tinham se falado. Yoongi não o chamou, claro, deu tempo a ele para pensar e se decidir. Como Hoseok sempre foi muito carinhoso, estava sempre dizendo o quanto lhe amava e como sempre ficava excitado com as carícias de Yoongi, este não imaginou que o seu dono fosse ter algum problema com o fato de ser um ômega e ter um cio.

Será que estava enganado?

Ele era humano, a situação era bem diferente para Hoseok e a distancia deles naqueles dois dias estava deixando Yoongi mais enjoado que o costume; estava tão acostumado com o seu dono sempre lhe mimando que o tempo que passou sem notícias dele lhe deixou muito triste e confuso. Seu eu selvagem estava aflito e incomodado, Jimin já não aguentava mais ouvir seu constante miado no quarto.

Hoseok abre a porta e Yoongi se vira rápido demais, olhos surpresos e boca entreaberta. As orelhas estão esticadas e atentas e todo o seu corpo parece tremer um pouco. Hoseok se aproxima devagar, sem saber a que passo estão naquele momento, Yoongi parece surpreso com sua presença e ele mesmo não sabia o que fazer ainda, só sabia que não queria ficar longe de Yoongi por mais tempo.

Hoseok se aproxima e senta ao lado de Yoongi na pequena cadeira do piano. Yoongi observa seus movimentos de forma atenta e a íris fica felina quando funga e percebe que seu cheiro desapareceu quase completamente de Hoseok.

"Hoseok." Yoongi o cumprimenta com a voz baixa.

"Oi, meu gatinho." Hoseok diz esticando os braços na direção de Yoongi.

O hibrido de gato mia de forma alta por instinto, aproximando-se de Hoseok e afundando seu pescoço no pescoço do humano. Hoseok acaricia o cabelo de Yoongi, abraçando-o de forma firme. Yoongi começa a se esfregar em Hoseok, tentando marca-lo e o humano fica impassível, apenas sorrindo e deixando seu gatinho tímido fazer o que fosse que se sentisse confortável.

"Achei que tivesse perdido você." Confessa Yoongi baixinho, esfregando o rosto contra o de Hoseok.

"Jamais." Responde Hoseok, que segura o rosto de Yoongi quando este encosta em seu nariz "Posso ganhar um beijinho?"

Yoongi abre os olhos, encarando seu dono por um momento. Ele se aproxima ainda de olhos abertos e encontra os lábios de Hoseok, mas fecha logo em seguida; se levanta de leve para colocar as pernas ao redor da cintura de Hoseok que lhe abraça, colando seus corpos. Hoseok se afasta levemente do selinho para chamar seu gatinho, mas este tem outros planos e pela primeira vez, Hoseok sente a língua de Yoongi contra a sua.

Não havia qualquer razão que pudesse agarrar naquele momento; Hoseok realmente amava Yoongi.

Hoseok segurou a cabeça de Yoongi, virando sua própria para se encaixar melhor no beijo. O beijo de Yoongi era seco, sem muita saliva, e a sensação dos lábios e a língua levemente espessa contra a sua faziam Hoseok enlouquecer completamente. Hoseok retirou as mãos do cabelo de Yoongi e colocou em baixo da bunda do mais velho, levantando-se sem quebrar o beijo e trazendo o menino consigo.