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Marqueses de Florence, ainda com o título oficial meus avós. Minha mãe era sua filha mais velha fazendo com que ela fosse a herdeira legítima mas com seu casamento, o título seria herdado pelo meu tio mais novo, que nasceu pouco antes de minha mãe se casar. Nossos avós preferem sua finca invés de estar na capital mesmo que tenham sua residência aqui, onde meu tio passa maior parte do ano. Ainda mantém bastante contato conosco, a morte de mamãe foi como se tivesse cravado uma estaca no peito de minha avó, ela ficou totalmente desamparada mas ainda sim fez muito mais por nós que nosso pai.

Assim que nossa mãe morreu passei 1 ano na finca dos Florences pelo menos até que meu tio nos permitisse voltar para casa, nosso pai havia se afundado em bebidas, para evitar essa influência sobre nós, meu avô tomou essa decisão. E foram momentos tristes mas acredito que foi crucial para que minha vó não tivesse desabado por completo.

Hoje em dia ela ainda fala sobre nossa mãe e todos sabemos como esse assunto lhe afeta mas ela diz que nunca vai deixar que a memória de sua filha se apague, pois ela foi a luz mais brilhante que já existiu.

- Você acha que virão? eu não quero incomodá-los - Michael sorri enquanto me olha

Mic: Claro, você é nosso tesouro - dou um abraço nele - Seu irmão vai dormir de seu lado como quando eramos crianças

- Sou uma dama, não deverias fazer isso - ele já estava totalmente confortável em minha cama

Mic: Sou teu irmão; não creio que sentiram qualquer maldade neste ato inocente. Apenas durma, irmã

Eu poderia dar mil motivos para não dormir ao seu lado mas também nenhum destes faria com que eu não dormisse ao lado de meu irmão.

- Sabes as vezes eu te odeio mas sempre te amo. Então mesmo que se decepciones comigo, nunca me deixes - abre um sorriso

Mic: Não te deixarias nem que me transforma-se em um sapo, sou teu irmão e mesmo quando estiveres errada meu dever sempre será te proteger - me aninha em seus braços

- Obrigada, Mic - não demora muito até que o cansaço de meu corpo se entregue ao sono

Acho que dormimos até metade da tarde, quando fui acordada pelos hábitos durante o sono de Michael. Realmente era horrível seu remexido na cama, depois de alguns empurrões lembrei-me o porque de parar de dividir cama com ele, meu sono era leve enquanto o de Michael era pesado e muito movimentado. Não era uma boa combinação.

Meu corpo estava muito melhor e sentia meu mana transbordando, precisava encontrar uma forma de poder usufruir sem passar metado do dia morrendo de dores por todos o corpo.

- Isabel, teve visitas ou cartas em meu nome? - pergunto quando passo pelas portas da biblioteca

Isabel: Uma carta do Conde Vladimir, senhorita - Arthur Vladimir, um nobre com ideias renascentistas e julgado pelas costas por tais ideias.

Arthur e eu trocamos algumas cartas ao decorrer dos anos, quando ele não está explorando territórios mas mentiria se não tivesse considerado seu nome em minha lista de prometidos. Meus irmãos não eram a favor mas ele tinha um status sólido e riqueza considerável, ou seja, independente de suas ideias pouco convencionais era um candidato à casamento formidável. Ele nunca fez questão de que suas cartas fossem cortejo mas peguei-me muitas vezes ansiando uma carta sua, afinal ele era um grande amigo mesmo que não houvesse nenhum sentimento envolvido.

Para minha querida amiga, Maybell Regis

Como estas? espero do fundo de meu coração que esteja bem.

Perdoe-me pela falta de cartas nestes últimos tempos, passei pela sua finca na esperança de que estivesse por lá mas apenas encontrei um velho duque um tanto quanto mal-humorado.

Estou neste momento escrevendo está carta sentado em uma taberna perto da fronteira de nosso reino mas voltarei em breve.

Tenho algumas coisas para conversar com a dama mas creio que pessoalmente seria muito melhor então deixo-a avisada de meu interesse em vê-la.

Creio que queira saber o lugar onde estou como todas nossas cartas irei lhe dizer que estou em um belo lugar, aqui as pessoas são bem simples mas seus sorrisos verdadeiros. Acreditas que eu ordenhei vacas? nunca em minha vida pensei que teria está experiência; meu pai, que deus o tenha, estar se revirando no túmulo em ver seu herdeiro fazendo serviços braçais entretanto me diverti demasiadamente, me senti livre ordenhando-as!Espero que saibas do tipo de sensação ao qual estou descrevendo.

Como disse no início de vossa carta, voltarei em breve. De acordo com meu assistente quando está carta for entregue em suas mãos, já estarei há caminho da capital então espero vê-la em breve!

De seu amigo, Arthur Vladimir

Leio sua carta com um sorriso no rosto, fazia meses que não via seu rosto pela capital. Seria um prazer ter sua companhia. Arthur era gentil, engraçado e inteligente; era alguém que não deixava espaço algum para o tédio, vivia sua vida do jeito que lhe era conveniente e eu o admirava por isto mas não sentirá desejo de sair por ai desbravando o mundo. Tenho meus momentos de revolta mas amo minha casa e minha família.  Não viveria longe dele nem que me fosse necessário.

Mic: Nem me acordastes - noto sua cara toda amassada - De quem é esta carta?

- De Arthur, ele está vindo para capital - seu rosto se contorce um pouco

Mic: Espero que não seja para pedir tua mão, não quero tu com um libertino daqueles - um dos defeitos de Arthur sua longa lista de moças que passaram por sua cama

- Arthur gosta de sua vida viajante, creio que se casará com alguém que esteja disposto a compartilhar seu modo de vida - encaro meu irmão - e eu não sou este tipo de mulher, infelizmente pois ele é um grande partido.

Mic: Creio que eu seja um partido muito melhor que ele - vira seu rosto fazendo birra como uma criança - Sabes quando chegará?

- Apenas disse que estava há caminho, creio que logo após do baile. Talvez - apenas vejo seu ombros se movimentarem

Eles eram grandes amigos, talvez pelo fato de que meu irmão também seja um libertino nato e seu companheiro de copo era Arthur, ou seja, os dois eram iguais menos pelas ideias pouco convencionais.

Amada do ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora