A Herdeira da Lua

Capítulo 21

Narradora on

Os ataques dos leques de Douma ficavam cada vez mais intensos, assim como as defesas da Kamado, que não conseguia se defender direito.

Seu olho esquerdo, que tinha sido cortado, estava sangrando muito, então ela rasgou parte de seu uniforme para estancar o sangue, o que funcionou um pouco.

Yuna tinha corrido com Deishin ao ver que os dois ali só atrapalhariam. Kyara estava sozinha contra um lua superior.

Enxergar apenas por um olho era horrível, sem contar que a dor do corte era insuportável demais para qualquer humano aguentar muito tempo, parecia estar congelando.

Douma: vem cá, você não morre não? - perguntou um pouco irônico, não importava quantas vezes a derrubava, ela sempre levantava e ia com ataques mais forte.

Kyara: não agora! Eu não posso morrer agora! Não agora... - lembrou de seus irmãos, de seus amigos e de Giyuu.

Douma: o que foi? Não aguenta mais brincar? Hn? - perguntou debochadamente.

Kyara: maldito... - sussurrou.

Seus olhos ensanguentados queimavam em puro ódio, que estava estampado em sua face.

- Tsuki no kokyo, ju go no kata: mundansukuru mawaru. - se movimentou rapidamente, acelerando sua corrente sanguínea e movimentos, então com uma bela dança pulou para atacar Douma, parecendo até mesmo um anjo vindo da lua.

Tal golpe ainda estava sendo aperfeiçoado, mas sem ver muitas opções, Kyara o usou para tentar cortar de vez o pescoço daquela lua superior, seus cabelos mudaram de cor para um roxo púrpura e seus olhos ganharam um brilho intenso, luas crescentes rodeavam seu corpo conforme ela dançava. Era uma técnica de Kira.

Douma: isso é... Lindo...- nos últimos segundos, nos quais ela arrancaria sua cabeça, ele desviou bruscamente, acordando para a realidade, então Kyara pulou para o outro lado. - isso foi lindo. Linda moça, me diga... Qual o seu nome?

Kyara: Kamado Kyara! Guarde bem esse nome em sua cabeça! - disse confiante, apontando a ponta de sua espada para o oni.

Douma: jamais esquecerei... Você é encantadora... - sorriu, parecendo apaixonado.

Kyara: nani?! - gritou surpresa.

Douma: eu não quero matar você... - sorriu triste.

- Tsuki no kokyo, ju ichi no kata: Gesshoku. - de sua katana um brilho roxo surgiu, juntos as luas crescentes, dificultando a vista do oni.

Kyara foi de um lado para o outro em rápida sucessão, fazendo ataques silenciosos e bem planejados, que conseguiram derrubar o lua superior.

Ao tentar corta o pescoço do oni, pôde perceber que não era ele e sim um simples clone de gelo.

- Tsuki no kokyo, ju san no kata: Yoru no Iki. - como uma leve brisa noturna atacou o verdadeiro Douma, seus passos silenciosos e delicados em contraste com seus cabelos, agora roxos, balançando por causa da pequena brisa causada por sua respiração deixava Douma cada vez mais encantado.

Sua espada quebrou ao tocar o pescoço do oni superior, que sorriu ao ver a leve expressão de medo de Kyara.

Douma: eu nunca te esquecerei... Eu prometo. - aquilo soou como uma despedida, o que assustou a jovem garota.

- kekkijutsu: Muhyo - suiren bosatsu. - ele criou uma grande estátua Bodhisattva para atacar e destruir seus alvos, com a estátua capaz de criar fortes rajadas de vento, sendo capaz de congelar zero absoluto alguém até a morte.

- Tsuki no kokyo, ju ni no kata: mangetsu - natsu no atsusa. - essa forma foi capaz de criar uma barreira para a defender de ataques, criando uma barreira de calor visível. Diferente das outras formas, esta é muito dependente de quanto de sol a nichirin pôde absorver.

Douma: interessante... Você ainda está viva... - ele estava surpreso, ninguém tinha conseguido sobreviver aquilo.

Kyara: eu não posso e não vou cof cof morrer. - tossiu, se forçando a ficar de pé. O kekkijutsu forte de Douma afetou seus pulmões, mesmo com a barreira. - eu não posso perder...

Em um rápido movimento Douma apareceu atrás da Kamado, cortando suas costas com um dos leques. Sem forças, a garota caiu ao chão.

Douma puxou seus cabelos para trás, botando seus leques em seu pescoço, o que fez a jovem garota estranhar.

Douma: não se aproximem... - só então notou a presença de outras pessoas no local.

Ao forçar seu olho bom para abri-lo, pôde ver o olhar sério de Tomioka e de Muichiro e sentir a aura assassina de Sanemi e de Mitsuri.

Sanemi: não se atreva! - gritou, preparando para ir para cima, mas parando ao ver uma fina linha de sangue escorrer pelo pescoço da Kamado.

Kyara: tatakae! - gritou, o que chocou os seus companheiros. - não se preocupem comigo! Matem o oni! Matem o superior! Tatakae!

Giyuu: Kyara! - gritou, vendo o oni puxar seus cabelos para trás com força.

Muichiro: Kyara... - pequenos flashes dos acontecimentos com a Kamado vieram a sua cabeça e de seu olho direito escorreu uma lágrima solitária.

Mitsuri: Kyara-chan... - seu tom de voz era triste.

Em um ato de coragem, Kyara pegou um pedaço da lâmina de sua katana no chão e cortou seu tão amado e longo cabelo.

Se soltou e chutou o oni com o resto de suas forças, o fazendo ir parar longe. Ao ver que o sol logo nasceria, Douma correu, ignorando os hashiras gritando palavras de ódio.

Giyuu: Kyara! - gritou, vendo a garota em pé encarar o superior indo embora.

Kyara apenas soltou um pequeno sorriso antes de cair para frente, desmaiando.

Sanemi: Kyara! Ei! Se você morrer eu não vou te perdoar! - o tom desesperado em sua voz ficava falhado por conta das lágrimas grossas que caíam de seus olhos.

Muichiro: Kyara... - sussurrou fraco, sentindo suas pernas falharem e caindo em frente a ela.

Giyuu: "e-eu não... Eu não cheguei à tempo..." - se culpou mentalmente, mantendo apenas uma face preocupada por fora, mas estava completamente quebrado por dentro.

Sanemi: qual é o seu problema?! - o grito do Shinazugawa chamou a atenção do Tomioka. - sua companheira e única amiga está morrendo! Você não sente nada?! É realmente um monstro insensível!

As palavras de Sanemi esmagaram o coração fragilizado de Giyuu, que espremeu os lábios, focando em não chorar.

Giyuu: temos que leva-la para a mansão borboleta... Se não ela vai morrer... - tentou segurar, mas um pouco de desespero foi possível ser sentido em sua voz.

Sanemi: "ele está... Reprimindo os próprios sentimentos?" - se perguntou confuso.

Mitsuri jogou a Kamado em suas costas, tentando ser delicada, mas falhando miseravelmente. Correu o mais rápido que podia, não podia deixar sua melhor amiga morrer.

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Obrigado pelos 1,15K de views, véi. Eu tô muito filiz! Obrigado mesmo! Não achei que fosse chegar tão longe!